abril 23, 2012

OBSERVAÇÃO

QUANDO FOR OBSERVAR-ME
OBSERVE-ME, SEM PRESSA
OBSERVE CADA DETALHE
VEJA-ME  COMO SOU
OLHE-ME DETALHADAMENTE
NÃO ENCHEGUE APENAS MEUS DEFEITOS
NÃO IGNORE AS MARCAS
QUE O TEMPO ESCUPIU EM MINHA FACE
POR MAIOR QUE SEJA MINHA LUTA CONTRA ELE
ELE SEMPRE VENCE
MEU SORRISO?
AINDA TÍMIDO,
AMARELADO,
NÃO PELO DISCUIDO
MAS PELA FALTA DE CUIDADOS
DISTANTE A MINHA REALIDADE.

NÃO IMPLIQUE
COM MINHA PELE
JÁ SEM VIÇO
NEM TÃO FIRME
QUANTO AUTRORA
MEUS CABELOS FALHOS
ENFRAQUECIDOS
DE TANTAS LUTAS
EM BATALHAS EM VÃO
TRAVADAS CONTRA O DESTINO.
OBSERVE-ME  COM ATENÇÃO
AS PALAVRAS QUE DISCURSAM
NEM SEMPRE TÃO SUAVES
TRAQUILAS,
FIRMES,
CONVICTAS,
MAS NUM CONFORMISMO
QUE SÓ QUEM JÁ PASSOU PELA VIDA
CONSEGUE OLHAR PARA O PASSADO
E SEGUIR ADIANTE.

NÃO ME IGNORE
POR QUE O TEMPO POR  MIM PASSOU
COMO UMA BRISA
ALGUMAS VEZES SUAVE
OUTAS VEZES ASPERA
MAS SEMPRE PRESENTE
MAS QUANDO AUSENTE
ENTÃO...
NÃO ME IGNORE
PORQUE O TEMPO PASSOU
ME OBSEVE
E PERCEBA O RGULHO QUE SINTO
DA VIDA QUE VIVI
POIS QUEM VIVEU INTENSAMENTE
SABE DISTINGUIR
O QUE ILUSÓRIO DO REAL
E ASSIM PERCEBRÁ
QUE AMBOS SOMOS REFLEXOS
COMO UM REPELHO
QUE MOSTRA
QUE A VIDA SEMPRE SE REPETE.

MAIO/2012

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