novembro 06, 2012

O CORPO ( Ato III Cena VIII à XII)


ATO III – CENA VIII
EGÍDIO: - Ednaldo...
EDINALDO: - Senhor.
EGÍDIO: - Temos que abafar o caso...
EDINALDO: - Sei disso senhor...
EGÍDIO: - Não podemos deixar essa história vazar.
EDINALDO: - Seria um grande escândalo.
EGÍDIO: - Aqui reportezinha de quinta! Cada vez chega mais perto da verdade.
EDINALDO: - Isto seria muito ruim para sua campanha.
EGÍDIO: - Temos que convencer esta mulherzinha insolente a desistir de publicar o que sabe sobre o caso.
EDINALDO: - Suborno?
EGÍDIO: - Se for preciso.
MARA: - Por que subornar alguém para não contar a verdade?
EGÍDIO: - Mara?
MARA: - Perdão! Foi inevitável ouvir a conversa.
EDINALDO: - Com licença. (Sai)
MARA: - O que esta escondendo de mim Egidio?
EGÍDIO: - Eu... Escondendo? Nada, nada...
MARA: - Não me traga como idiota. Não subestime minha inteligência...
EGÍDIO: - Não querida...
MARA: - Chega Egídio. Que mesmo que eu descubra a verdade através dos jornais?
EGÍDIO: - De que verdade você esta falando?
MARA: - A verdade que me esconde. O que realmente aconteceu com meu filho?
EGÍDIO: - Mara...
MARA: - Vai continuar mentindo pra mim?
EGÍDIO: - Não. Que mesmo saber?
MARA: - Quero.
EGÍDIO: - Nosso filho foi assassinado.
MARA: - Já imaginava.
EGÍDIO: - Foi isso.
MARA: - Por que?
EGÍDIO: - A polícia continua...
MARA: - Não me venha com essa baboseira de que estão investigando. Você sabe muito mais que isso...
EGÍDIO: - Seu filho eu um pederasta, estava naquele lugar se encontrando com outros homens...
MARA: - Outros homens?
EGÍDIO: - Para praticar sexo...
MARA: - Não pode ser...
EGÍDIO: - Vê por que não queria que soubesse? É vergonhoso para nossa família.
MARA: - Por que o mataro?
EGÍDIO: - Isso ainda não sabemos.
MARA: - Estava noivo.
EGÍDIO: - Sempre foi contra. Este noivado aceitou só de fachada.
MARA: - Não faz sentido.
EGÍDIO: - Sei que é um choque. Mas tem que aceitar os fatos por piores que sejam... Ainda descobriremos muito mais... Coisas que serão difíceis aceitar.
MARA: - Por que nunca nos disse?
EGÍDIO: - Por que é vergonhoso.
MARA: - Era meu filho.
EGÍDIO: - Mas está morto. E nós temos que prosseguir. Almoça comigo?
MARA: - Não me sinto bem. Quero ir pra casa.
EGÍDIO: - Pedirei ao nosso motorista para leva-la.
MARA: - Obrigado! (Saem)
ATO III – CENA XI
(Num bar)
RODRIGUES: - Pensei que não viesse...
MÔNICA: - Espero não me arrepender.
RODRIGUES: - Tenho certeza que não se arrependerá.
MÔNICA: - O que tem pra mim?
RODRIGUES: - Hei, calma! Relaxa.
MÔNICA: - Não acha que só por que vim até aqui vai conseguir levar pra cama...
RODRIGUES: - Que pensamento fértil!
MÔNICA: - Não é atoa que sou jornalista.
RODRIGUES: - Sabe que não é uma má ideia.
MÔNICA: - Péssima!
RODRIGUES: - Ao menos um drink você bebe comigo...
MÔNICA: - Não bebo em serviço.
RODRIGUES: - Não estamos em serviço.
MÔNICA: - Eu estou. Preciso finalizar esta matéria o quanto antes.
RODRIGUES: - Não tem medo?
MÔNICA: - Na minha profissão não há espaço para medos...
RODRIGUES: - Está mexendo com gente graúda.
MÔNICA: - Me interesso pela verdade. E é isso que pretendo publicar.
RODRIGUES: - E por isso seria capaz de qualquer coisa...
MÔNICA: - Menos ir pra cama com você.
RODRIGUES: - Sou tão repugnante assim?
MÔNICA: - Sinceramente? Não. Mas não confundo trabalho com diversão.
RODRIGUES: - Então tenho uma chance?
MÔNICA: - Quem sabe!
RODRIGUES: - O rapaz tinha um relacionamento.
MÔNICA: - Disso eu já sei. Aliás, dois.
RODRIGUES: - Já tenho o endereço do cara com quem o defunto se relacionava.
MÔNICA: - Isso é bom. É quente?
RODRIGUES: - Quentíssimo!
MÔNICA: - Então me passa...
RODRIGUES: - Que recebo em troca?
MÔNICA: - Quanto vale?
RODRIGUES: - Apenas um beijo teu.
MÔNICA: - Isso é golpe baixo.
RODRIGUES: - Pegar ou largar.
MÔNICA: - No rosto.
RODRIGUES: - Sendo assim... Rasgo no meio...
MÔNICA: - Não! Tá bom... Eu beijo...
RODRIGUES: - Ótimo. (Ela o beija) Nossa! Que frio. Por um instante pensei que estivesse beijando um cadáver.
MÔNICA: - Queria o que meu bem, um beijo apaixonado?
RODRIGUES: - Não... No mínimo caloroso.
MÔNICA: - O endereço...
RODRIGUES: - Acho bom caprichar! (Ela o beija)
MÔNICA: - Satisfeito?
RODRIGUES: - É... Não foi o que eu imaginava, mas já é um começo... (Entrega o papel) Aqui...
MÔNICA: - Valeu!
RODRIGUES: - Hei... Boa noite pra você também...
MÔNICA: - Boa! (De longe)
RODRIGUES: - Ainda te pego de jeito! (Bebe e sai)
ATO III – CENA X
(Na mansão)
SELMA: - Bom dia...
LUDIMILA: - Preciso falar com Mara.
SELMA: - Perdão senhora. Mas Dona Mara não está.
LUDIMILA: - Não tem problema eu espero.
SELMA: - Mas senhora...
LUDIMILA: - Que faz ai parada? Sirva-nos alguma coisa...
NANCÍ: - O que está acontecendo aqui Selma?
ISABEL: - Desculpe-nos Nanci, já estamos de saída. Vamos mamãe?
LUDIMILA: - Engano seu filhinha. Viemos conversar com Mara...
NANCÍ: - Dona Mara não está.
LUDIMILA: - Sendo assim... Não vejo outra opção, a não ser esperar.
NANCÍ: - Creio que não seja uma boa idéia.
LUDIMILA: - Você não é paga pra crer e sim pra obedecer. Por tanto se ponha na sua condição de...
ISABEL: - Mamãe!
LUDIMILA: - Empregada. E como boa empregada que deva ser. Peça a sua subordinada para nos servir um drink.
NANCÍ: - Como boa empregada... Só sigo ordens dos meus patrões. E só não peço para os seguranças lhe arrastarem daqui pra fora em respeito a sua filha que é um doce.
LUDIMILA: - escute aqui sua insolente...
ISABEL: - Mamãe, chega!
NANCÍ: - Se deseja espera... Que espere. Vamos Selma. (Saem)
ISABEL: - Que desagradável mamãe.
LUDIMILA: - Essa empregadinha má educada não perde por esperar... Deixa você entrar de vez pra essa família.
ISABEL: - Não viaja mãe. Acabou! Será que não percebeu? Marcos está morto.
LUDIMILA: - Escuta aqui sua imbecil... Eu falo, você fica calada. Vê se não estraga tudo.
ISABEL: - Que está planejando desta vez?
LUDIMILA: - O teu futuro.
ISABEL: - Não vou ficar aqui pra presenciar esse circo de horrores...
LUDIMILA: - Melhor mesmo. Vá... Em casa conversamos.
ISABEL: - Nancí?
NANCI: - Senhora?
ISABEL: - você pode abrir a porta pra mim?
NANCI: - Sim senhora. (Isabel sai. Voltando, campanhia toca) Dona Mara... Ludimila esta a sua espera.
LUDIMILA: - Mara querida!
MARA: - Como vai?
LUDIMILA: - Melhor agora...
MARA: - Pena que não estou em condições de lhe dar atenção minha querida...
LUDIMILA: - Há que pena! Pois o assunto que me trás aqui é muito importante...
MARA: - Em outro momento.
LUDIMILA: - O sobre o Marcos.
MARA: - Meu filho?
LUDIMILA: - Sim. Tenho boas novas...
MARA: - Não entendi.
LUDIMILA: - Vamos ser avós.
MARA: - Que?
LUDIMILA: - Isso mesmo! Não é maravilhoso? Isabel está grávida.
MARA: - Grávida?
LUDIMILA: - É grávida.
MARA: - Não entendo...
LUDIMILA: - Como não? Cinco anos de namoro...
MARA: - Então, meu filho ia ser pai?
LUDIMILA: - Exatamente. Estou tão radiante! Isabel se sentiu mal, então a levei ao hospital e o médico confirmou... Claro que é bem recente. Mas de certo modo, Marcos continuará entre nós através deste filho.
MARA: - Estou surpresa.
LUDIMILA: - Também fiquei. Mas confesso, estou feliz.
MARA: - Meu filho... Ia ser pai.
LUDIMILA: - Achei que tinha que lhe dar esta notícia...
MARA: - Vez bem. E Isabel?
LUDIMILA: - Sentiu-se mal. Então achei melhor que fosse pra casa. Sabe como é... Gravidez, no começo... Indisposição, enjoo... Bem mas agora que lhe dei a notícia, deixa eu ir... Isabel precisa dos meus cuidados.
MARA: - Isabel terá toda assistência que precisar...
LUDIMILA: - Quanto a isso, não tenho nenhuma dúvida. Beijos querida!
MARA: - Nanci, acompanhe-a... (Ludimila sai) Isabel grávida!
NANCI: - Senhora acredita nesse mulher?
MARA: - Você não?
NANCI: - Essa mulher é tinhosa. Capaz de tudo pra se dar bem.
MARA: - Até mesmo articular uma história como essa?
NANCI: - Ela é capaz de coisas que até o diabo duvida.
MARA: - Se for uma invenção, será logo desmascara.
NANCI: - isso lhe trouxe esperança.
MARA: - Filho do meu filho!
NANCI: - Se fosse a senhora pedia DNA.
MARA: - Não tenha dúvida. Egídio irá exigir.
NANCI: - Certo ele. Nessa gente não dá pra confiar.
MARA: - Vou para meu quarto. Estou um pouco indisposta.
NANCI: - Se precisar de alguma coisa...
MARA: - Obrigada, minha querida. (Saem)
ATO III – CENA XI
(Na delegacia)
RODRIGUES: - O senhor mandou me chamar?
NILTON: - Sim... Veja.
RODRIGUES: - Que é?
NILTON: - O laudo definitivo.
RODRIGUES: - Então... A causa da morte... Algo perfurante, possível material ponte agudo de superfície plástica. Suposto assassino canhoto...
NILTON: - Exatamente. Isso elimina muitos suspeitos.
RODRIGUES: - Quando começamos a ouvir a família e amigos?
NILTON: - A partir de amanhã.
RODRIGUES: - Ótimo. Mas o que vamos fazer quando descobrir a verdade?
NILTON: - O que tem que ser feito.
RODRIGUES: - Arquivar o processo?
NILTON: - Exatamente. Há muitos interesses por trás desse caso.
RODRIGUES: - Entendi. Mas se tudo deve ficar como está, porque ouvi as testemunhas?
NILTON: - Seguir protocolos, meu caro.
RODRIGUES: - Frustrante!
NILTON: - É a lei do poder. Manda quem pode, obedece quem é inteligente.
RODRIGUES: - Com licença.
NILTON: - Toda.
ATO III – CENA XII
(Mônica vai a casa de Júnior)
MÔNICA: - Olá...
JÚNIOR: - Posso ajuda-la?
MÔNICA: - Creio que sim. Há, sou Mônica...
JÚNIOR: - Nos conhecemos?
MÔNICA: - Ainda não. Posso entrar?
JÚNIOR: - Claro.
MÔNICA: - Obrigada. Aconchegante seu ap.
JÚNIOR: - Obrigado.
MÔNICA: - Você e o Marcos?
JÚNIOR: - Você o conhecia?
MÔNICA: - Infelizmente só conheci, depois de morto.
JÚNIOR: - Você é dá polícia?
MÔNICA: - Não.
JÚNIOR: - Então o que quer?
MÔNICA: - Apenas conversar com você...
JÚNIOR: - Conversar? Não entendo...
MÔNICA: - Júnior... Como sabe, será investigado... A polícia já sabe de sua ligação com o Marcos...
JÚNIOR: - Quem é você?
MÔNICA: - Hei, calma. Sou apenas uma jornalista investigativa...
JÚNIOR: - Não tenho nada a lhe dizer. Por favor saia.
MÔNICA: - Sabe que será um dos suspeitos...
JÚNIOR: - Não.
MÔNICA: - Você e Marcos estavam juntos a quanto tempo?
JÚNIOR: - Não é da sua conta.
MÔNICA: - Posso lhe ajudar.
JÚNIOR: - Não preciso de sua ajuda.
MÔNICA: - Acha mesmo que a família do Marcos vai aceitar sua versão numa boa?
JÚNIOR: - Não me interessa a opinião deles. Nunca me interessou.
MÔNICA: - Meu caro, você será o primeiro suspeito... Vão deduzir que ele queria cair fora e você não aceitando poderia ter o matado.
JÚNIOR: - Isso não é verdade. Estávamos muito bem.
MÔNICA: - Mesmo?
JÚNIOR: - Ele iria acabar o noivado e vinha morar comigo.
MÔNICA: - Então amam-se de verdade.
JÚNIOR: - Claro. Só não estávamos morando juntos por causa da família. Marcos tinha medo que descobrissem e esse escândalo acabasse interferindo na vida pública do pai.
MÔNICA: - Então sacrificava-se pela família.
JÚNIOR: - A família era tudo pra ele.
MÔNICA: - E você aceitava numa boa ser colocando em segundo plano?
JÚNIOR: - Nunca fui posto em segundo plano. Os momentos que tínhamos juntos eram plenos. Eu era amado tanto quanto amava.
MÔNICA: - acho bonito isso. Imagino o quanto era difícil pra você dividir o homem que amava com uma mulher.
JÚNIOR: - Tranquilo. Eles não tinham intimidades.
MÔNICA: - Você está me dizendo que eles não transavam?
JÚNIOR: - Exatamente.
MÔNICA: - Então, era um noivado de fachada?
JÚNIOR: - Não exatamente.
MÔNICA: - Como assim?
JÚNIOR: - Ela não sabia que ele era gay.
MÔNICA: - Então, ela era enganada.
JÚNIOR: - Não sei, acho que queria se enganar. Cinco anos... E nada.
MÔNICA: - Tem casal que quer se preservar até o casamento.
JÚNIOR: - Fala sério! Só cego não vê o que é obvio!
MÔNICA: - Como soube da morte?
JÚNIOR: - Notícia ruim corre rápido. Vi na teve.
MÔNICA: - deve ter sido um golpe duro.
JÚNIOR: - Foi. Mas o pior é ir aquele velório e não poder me despedir dele como o grande amor da minha vida.
MÔNICA: - Percebi teu sofrimento... Confesso que estranhei.
JÚNIOR: - Está sendo muito duro continuar sem ele.
MÔNICA: - ele que o mantinha?
JÚNIOR: - Não. Trabalho. Vivo do meu trabalho. Construímos isto juntos.
MÔNICA: - Bom gosto.
JÚNIOR: - Vai escrever sobre ele?
MÔNICA: - Pretendo.
JÚNIOR: - Sabe que se falar sobre nós... Destruirá a imagem que a sociedade tem sobre ele.
MÔNICA: - Prefere que esta vida de mentirinha que ele criou em torno de vocês permaneça?
JÚNIOR: - Muitos sofrerão com a verdade.
MÔNICA: - E sua dor, não importa?
JÚNIOR: - Posso lidar com ela.
MÔNICA: - Por que você acha que o mataram?
JÚNIOR: - Não sei. Não faço ideia. Marcos era gente boa, pacato, não tinha inimigos.
MÔNICA: - você tem certeza que a noiva e a família dele não sabiam de nada?
JÚNIOR: - Pelo menos, acho que não.
MÔNICA: - Obrigado por conversar comigo.
JÚNIOR: - Mônica...
MÔNICA: - Sim?
JÚNIOR: - Não publica nada, não.
MÔNICA: - Quando for publicar... Te aviso.
JÚNIOR: - É justo.
MÔNICA: - Obrigada por me receber.
JÚNIOR: - Obrigado por ouvir minha versão.
MÔNICA: - Fico feliz que tenha tido uma linda história de amor.
JÚNIOR: - A mais linda, acredite.
MÔNICA: - Acredito. Bom, bom nessa... Até.
JÚNIOR: - Até. (Sai)
ATO III – CENA XIII
(No apartamento de Ludimila)
ISABEL: - Até que enfim...
LUDIMILA: - A sorte foi lançada.
ISABEL: - Do que está falando? Que você andou aprontando desta vez?
LUDIMILA: - Isso é jeito de se falar com sua mãe? Me prepara um drink.
ISABEL: - Não tem.
LUDIMILA: - Como não?
ISABEL: - Acabou.
LUDIMILA: - Droga! Mas isso é por pouco tempo...
ISABEL: - É? Posso saber por que?
LUDIMILA: - Por que, depois da conversa que tive com Mara...
ISABEL: - Tenho até medo de perguntar o teor desta conversa...
LUDIMILA: - Claro que foi sobre você...
ISABEL: - Eu?
LUDIMILA: - Claro. Tinha que resolver sua situação.
ISABEL: - Que situação.
LUDIMILA: - Filha! Você é viúva de um dos caras mais ricos desta cidade...
ISABEL: - Não sou viúva, não éramos casados.
LUDIMILA: - Mas tem que cuidar do bebê.
ISABEL: - Que bebê?
LUDIMILA: - Deste bebê que esta esperando.
ISABEL: - Ficou louca?
LUDIMILA: - Não filhinha! Esta é nossa cartada final.
ISABEL: - Não acredito que...
LUDIMILA: - Fique feliz! Você será a mãe do ano.
ISABEL: - Você é louca!
LUDIMILA: - Mara ficou feliz.
ISABEL: - Vou procura-la e desfazer esta história criada por sua cabeça doentia.
LUDIMILA: - Preste atenção... Você vai querer viver uma vidinha medíocre o resto de sua existência. Está é sua única chance...
ISABEL: - Você é louca. Não estou grávida.
LUDIMILA: - Mas pode ficar.
ISABEL: - Que?
LUDIMILA: - Isso não é difícil.
ISABEL: - Não acredito no que estou ouvindo da minha própria mãe.
LUDIMILA: - Quero providenciar o seu futuro...
ISABEL: - Será que você é tão burra? Ainda que eu apareça grávida... Vão pedir teste de DNA.
LUDIMILA: - Isso agente dá um jeito.
ISABEL: - Que jeito?
LUDIMILA: - Compramos um.
ISABEL: - Você é louca. Não farei parte disso.
LUDIMILA: - Fará sim. Me deve isso. Renunciei minha vida por você.
ISABEL: - Não... Não farei. (Sai)
LUDIMILA: - Há, fará. Se fará. Ou não me chamo Ludimila. (Sai)

JOÃO ASSUNÇÃO PREFERE SEGUIR CAMINHO DIFERENTE DE PAI FAMOSO

Segundo publicado no site NA TELINHA, João Assunção filho de  Fabio Assun ção decidiu trilhar um caminho diferente do pai e ir p...