Enquanto o nossos governantes colocam suas caras de pau na
televisão em horário nobre para divulgarem o aumento dos índices que revelam a
irradicação do analfabetismo no Brasil e as melhorias nas escolas com seus
programas de ajuda as famílias beneficiando-as com materiais escolares, merenda
de qualidade e promessa de escola integral, encontramos, uma escola em colapso,
com grande índice de crianças e adolescentes que não correspondem nem mesmo ao
esperado em suas seriações, que chegaram ao ensino médio sem a devida
preparação por uma visão incoerente idealizada por muitas vezes por pessoas que
se declaram especialistas em educação, mas que em boa parte de suas carreiras,
nunca se deram ao trabalho de frequentarem uma sala de aula, nisto nosso
sistema educacional a duas décadas vem empurrando esses alunos série a série sem
ao menos terem aprendido o ensino básico, tornando a educação no Brasil uma
vergonhosa piada.
Como pedagogo, me deparo com crianças e adolescentes que
estão no ensino médio e não sabem ler e escrever, tornando o trabalho dos
professores difíceis uma vez que não há tempo para pararem suas disciplinas e
fazerem o trabalho que deveriam ter sido feito há quase oito anos atrás.
Que escola é essa de falo? São as escolas que estão sendo
oferecidas aos filhos dos cidadãos brasileiros, uma escola de péssima
qualidade, não por falta de bons profissionais, mas por falta de um bom gestor
publico que enfrente a triste realidade de frente, com coragem e determinação.
Não poderia deixar de tocar num assunto delicado que muito
tem chamado a atenção, mas nossos políticos fazem questão de maquiar e fingir
que não existe, que a violência dentro das escolas. Segundo pesquisa divulgada
esta semana pelo Instituto Data Popular a pedido do Sindicato da categoria
(Apeoesp), na capital oito em cada 10 professores da rede estadual relatam
casos de violência sofrido em suas escolas, também foi constatado que 57% dos
docentes consideram as escolas públicas onde lecionam violentas.
Veja o índice de violência contra os professores:
Agressão verbal: 74%
Bullyng: 60%
Agressão Física: 52%
Essa pesquisa feita entre fevereiro e março de 2013 revela
que 44% dos 1.400 docentes ouvidos em 167 cidades paulistas sofreram algum tipo
de violência.
Como enfrenta essa realidade em tempos de diversidade e
distorção de valores, onde o professor não representa mais nada, sofre com o desrespeito
dos educandos e de toda sociedade que
não conseguem visualizar um ser humano a gente de um sala de aula entupida de
alunos que por estarem protegidos por uma Lei que não pune, fazendo-os
acreditar que tudo podem, e que não sofreram nenhuma punição pelo simples fato
de serem menores. O que não sabem é que já estão sendo punidos, pois sairão
dessas escolas cercadas de grades por todo lado, para uma sociedade competitiva
e que a seu modo pune de forma cruel e tão violenta quanto a violência que
demonstram dentro desses espaços que chamam educacional.
Fonte: Jornal Metrô News, pg 13 de 10/05/13.