maio 12, 2013

EDUCAÇÃO NA UTI

Enquanto o nossos governantes colocam suas caras de pau na televisão em horário nobre para divulgarem o aumento dos índices que revelam a irradicação do analfabetismo no Brasil e as melhorias nas escolas com seus programas de ajuda as famílias beneficiando-as com materiais escolares, merenda de qualidade e promessa de escola integral, encontramos, uma escola em colapso, com grande índice de crianças e adolescentes que não correspondem nem mesmo ao esperado em suas seriações, que chegaram ao ensino médio sem a devida preparação por uma visão incoerente idealizada por muitas vezes por pessoas que se declaram especialistas em educação, mas que em boa parte de suas carreiras, nunca se deram ao trabalho de frequentarem uma sala de aula, nisto nosso sistema educacional a duas décadas vem empurrando esses alunos série a série sem ao menos terem aprendido o ensino básico, tornando a educação no Brasil uma vergonhosa piada.


Como pedagogo, me deparo com crianças e adolescentes que estão no ensino médio e não sabem ler e escrever, tornando o trabalho dos professores difíceis uma vez que não há tempo para pararem suas disciplinas e fazerem o trabalho que deveriam ter sido feito há quase oito anos atrás.

Que escola é essa de falo? São as escolas que estão sendo oferecidas aos filhos dos cidadãos brasileiros, uma escola de péssima qualidade, não por falta de bons profissionais, mas por falta de um bom gestor publico que enfrente a triste realidade de frente, com coragem e determinação.

Não poderia deixar de tocar num assunto delicado que muito tem chamado a atenção, mas nossos políticos fazem questão de maquiar e fingir que não existe, que a violência dentro das escolas. Segundo pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto Data Popular a pedido do Sindicato da categoria (Apeoesp), na capital oito em cada 10 professores da rede estadual relatam casos de violência sofrido em suas escolas, também foi constatado que 57% dos docentes consideram as escolas públicas onde lecionam violentas.

Veja o índice de violência contra os professores:
Agressão verbal: 74%
Bullyng: 60%
Agressão Física: 52%

Essa pesquisa feita entre fevereiro e março de 2013 revela que 44% dos 1.400 docentes ouvidos em 167 cidades paulistas sofreram algum tipo de violência.

Como enfrenta essa realidade em tempos de diversidade e distorção de valores, onde o professor não representa mais nada, sofre com o desrespeito  dos educandos e de toda sociedade que não conseguem visualizar um ser humano a gente de um sala de aula entupida de alunos que por estarem protegidos por uma Lei que não pune, fazendo-os acreditar que tudo podem, e que não sofreram nenhuma punição pelo simples fato de serem menores. O que não sabem é que já estão sendo punidos, pois sairão dessas escolas cercadas de grades por todo lado, para uma sociedade competitiva e que a seu modo pune de forma cruel e tão violenta quanto a violência que demonstram dentro desses espaços que chamam educacional.

Fonte: Jornal Metrô News, pg 13 de 10/05/13.

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