Preste a completar quarenta e um anos de idade o ator Marcondys França celebra seus trinta anos de carreira exercendo seu ofício com amor, dedicação e muito trabalho.
Nem sempre sua trajetória foi repleta de flores, como todo bom libriano, determinação sempre foi seu lema, entre elogios e críticas, construiu uma carreira sólida que não se abala as dificuldades do dia-adia.
Neste entrevista encontramos um homem maduro, bem humorada, que mostra com firmeza porque suas convicções o tornaram uma pessoa melhor sem deixar de lado suas convicções transformando valores e reescrevendo uma nova história.
Você sempre dedicou sua carreira ao teatro... o que te levou a se enveredar pelo cinema e televisão?
Tudo questão de oportunidade, creio que estava escrito, sempre tive vontade de conhecer essas duas outras linguagens, mas não tive naquela ocasião essa oportunidade, e do ano passado para cá, assim, por acaso, aconteceu. E confesso estou amando.
Sentiu muita diferença entre o teatro, cinema e televisão?
Já sabia que havia diferença, tudo isso teoricamente, mas agora exercendo, estou conhecendo na prática. E é muito complicado, porque o teatro te d´um certo tempo para você trabalhar as emoções, enquanto a tv e o cinema, é muito mecânico, imediato, onde o ator tem que está preparado. é tudo muito visual.
É verdade que quando se transita por todos os veículos há sempre uma preferencia, como muitos que declararem seu amor pelo teatro?
O teatro é sem sombra de dúvida a grande escola do ator, mas é muito bom ter esse contato com o cinema e com a televisão. Quando você faz todos esses veículos, tem a chance de se testar de várias formas, é um exercício constante, pois cada um exige de você técnicas diferentes, e no fim deste exercício todo, o ator é quem sai ganhando. Quanto maior experiência, maior domínio das técnicas.
Depois de trinta anos de carreira da pra se dizer que você é uma pessoa bem sucesso?
Cada pessoa tem uma visão sobre o sucesso e isso é extremamente pessoal. Existe pessoas bem sucedidas independente da profissão que exerça, não sou uma celebridade, mas me considero um cara bem sucedido, sempre me mantive exercendo o meu ofício, e se sucesso for reconhecimento por fazer bem... então creio que sou um cara de sucesso, ao contrário de muitos profissionais, sou cumprimentado com sinceridade, os que me admiram, admiram pelo resultado do meu trabalho.
Como conciliar vida pessoal com todo esse montante de trabalho?
Sempre trabalhei bastante, assim como sempre fiz questão de preservar minha vida pessoal, nunca quis que a minha vida pessoal fosse mais interessante que minha vida pessoal. Minha família sempre foi meu porto seguro, e nesta profissão de altos e baixos, precisamos contar com o amor, o carinho e o acolhimento da família.
Quando resolveu fazer faculdade pensou em largar a profissão de ator?
Nunca se passou por minha cabeça parar, desde que me conheço por gente faço isso, é o que faço de melhor, mas sempre tive a convicção que o estudo é muito importante para nossa formação. Então surgiu a oportunidade de fazer pedagogia e encarei o desafio, e claro que isto me afastou um pouco, mas nesse período tive a chance de liderar como coordenador artístico do Gambiarra Cultural, onde assumi a direção artística e fizemos juntos trabalhos memoráveis. Só de perceber que de um projeto social revelamos talentos incríveis, isto foi para mim a maior recompensa.
E isso não parou por ai... ? Além da faculdade agora você está concluindo a pós graduação... há um objetivo maior?
Tudo tem acontecido meio que por acaso, assim que terminei a faculdade decidi que não faria mais nada por enquanto, pois desejava retornar ao teatro, e já estava retornando, foi quando surgiu a televisão e em seguida uma amiga me convidou para fazer um curso de Arte Educação com duração de um ano, achei interessante, e conciliei com o trabalho na televisão e no cinema.
Participar da novela Amor á Vida na Tv Globo mudou sua rotina?
Participar da novela Amor á Vida na Tv Globo mudou sua rotina?
De certa forma sim, apesar de ser uma pequena participação tinha que me desdobrar, pois não estava acostumado ao ritmo de gravações, muito mal dava tempo de descansar, mas por outro lado foi super bacana, aprendi muito com tudo esse processo, estava ali, ao lado dos maiores artistas da televisão brasileira e de um time de profissionais de primeira. Então, aproveitei cada segundo, absorvendo tudo que pude, foram vinte dias intensos de gravações, mas para mim, foi uma grade escola. Depois, dessa participação muitas outras portas se abriram e eu, que não sou nada bobo aproveitei cada oportunidades.
Recentemente você fez um trabalho para tv onde você vivia um travesti. Como foi essa experiência?
Foi uma experiência muito louca, porém, muito gratificante. É muito bom para um ator fazer uma personagem completamente diferente do que sou. E foi um grade desafio, pois só tive três dias para compor a personagem.
E não teve medo das críticas? A essa altura do campeonato não dá pra por o medo em primeiro plano, se falam mal ou bem, o importante é que falem bastante.
Já se incomodou com críticas? Claro! Principalmente se essas críticas são negativas ou agressivas...
E isso já aconteceu? Sim. Já ouvi de um certo diretor, que foi meu mestre, não sei se por pura maldade, ou por acreditar que agente só aprende na porrada, chegou a gritar diante de todo elenco, que eu não ara nada, que jamais seria um ator. Naquela época isso me magoou muito, mas aconteceu algo dentro de mim, uma convicção, que me impulsionava a seguir adiante, e a entender, que ele, o diretor, não era o dono da verdade e da razão. Percebi, que ninguém poderia dizer, que eu não capaz.
Esse mundo ao mesmo tempo que é mágico deve ser muito cruel... como você lida com a vaidade?
Venho do teatro, o teatro é minha segunda casa, conheço as dificuldades, sei também que por mais que você se torne uma celebridade hoje, ganhe muito dinheiro, mas tenha os pés no chão, que vaidade atrapalha, ofusca, nos cega, e que, se você não souber fazer um bom investimento, não digo só financeiro, mas também afetivo, quando tudo isso passar, o risco de cair no esquecimento é imenso.
Foi uma experiência muito louca, porém, muito gratificante. É muito bom para um ator fazer uma personagem completamente diferente do que sou. E foi um grade desafio, pois só tive três dias para compor a personagem.
E não teve medo das críticas? A essa altura do campeonato não dá pra por o medo em primeiro plano, se falam mal ou bem, o importante é que falem bastante.
Já se incomodou com críticas? Claro! Principalmente se essas críticas são negativas ou agressivas...
E isso já aconteceu? Sim. Já ouvi de um certo diretor, que foi meu mestre, não sei se por pura maldade, ou por acreditar que agente só aprende na porrada, chegou a gritar diante de todo elenco, que eu não ara nada, que jamais seria um ator. Naquela época isso me magoou muito, mas aconteceu algo dentro de mim, uma convicção, que me impulsionava a seguir adiante, e a entender, que ele, o diretor, não era o dono da verdade e da razão. Percebi, que ninguém poderia dizer, que eu não capaz.
Esse mundo ao mesmo tempo que é mágico deve ser muito cruel... como você lida com a vaidade?
Venho do teatro, o teatro é minha segunda casa, conheço as dificuldades, sei também que por mais que você se torne uma celebridade hoje, ganhe muito dinheiro, mas tenha os pés no chão, que vaidade atrapalha, ofusca, nos cega, e que, se você não souber fazer um bom investimento, não digo só financeiro, mas também afetivo, quando tudo isso passar, o risco de cair no esquecimento é imenso.
Aparência é tudo para sobreviver nesta área?
Aparência ajuda sim, ainda mais nos dias atuais, onde o chamado perfil tem sido muito mais importante que o próprio talento.
Aos quarenta você demonstra uma boa aparência... Você recorre a algum procedimento estético?
Não o quanto eu gostaria. Ando meio paradão, tive que parar com os exercícios físicos por conta de uma hérnia de disco na região lombar. Mas também fiz há dois anos atrás um procedimento de correção entre as sobrancelhas com preenchimento com metacrill e ano passado tentei botox mas odiei o resultado... (Risos)
Se preocupa com a idade? Com a idade não. Mas me preocupo com as marcas que o tempo vão deixando na gente. Claro que desejava chegar aos 50 anos com o rosto de trinta. E acho que o que puder fazer para retardar farei, pois trabalho com imagem, e o quanto estiver inteiro, creio que me possibilitará oportunidades.
Claro que quando mais jovem acreditava que envelhecer seria um processo tranquilo, mas hoje quando vejo algumas transformações no meu corpo, principalmente na face, entro em desespero.
Aparência ajuda sim, ainda mais nos dias atuais, onde o chamado perfil tem sido muito mais importante que o próprio talento.
Aos quarenta você demonstra uma boa aparência... Você recorre a algum procedimento estético?
Não o quanto eu gostaria. Ando meio paradão, tive que parar com os exercícios físicos por conta de uma hérnia de disco na região lombar. Mas também fiz há dois anos atrás um procedimento de correção entre as sobrancelhas com preenchimento com metacrill e ano passado tentei botox mas odiei o resultado... (Risos)
Claro que quando mais jovem acreditava que envelhecer seria um processo tranquilo, mas hoje quando vejo algumas transformações no meu corpo, principalmente na face, entro em desespero.
Você apesar de conviver a tanto tempo no mundo artístico, e uma pessoa que nunca foi vista em escândalos...
Detesto escândalos. Sempre quis manter minha vida íntima e particular no anonimato... também nunca foi uma pessoa baladeira, levo uma vida simples, tranquila... não curto bebidas ou cigarros...
Nunca lhe ofereceram drogas?
Claro. Já me ofereceram maconha, mas sempre demonstrei ser careta. Deixo bem claro que, não curto, e que meus amigos podem até usar, mas bem longe de mim.
Seus relacionamentos... alguns não deram certo. Acredita que sua carreira atrapalhou?
Tive relações bem duradoras e não considero que não tenha dado certo, foram boas, enquanto duraram. E meu trabalho nunca interferiu até esse momento em minha relação afetiva. Preservo meu relacionamento, e não o exponho.
Sujeito Oculto é um projeto que vem anunciando há um tempo... Quando saíra do papel?
Devido ao montante de trabalho que venho tendo, que além de fazer tv e cinema, ainda dou aulas para o ensino fundamental, e isto, tem me tomado bastante tempo. Mas até o fim do ano pretendo concretizar as filmagens deste filme que é um projeto pessoal, além de retornar ao teatro.
Você tem algum problema com relação a nudez? Pelo que consta você foi convidado a fazer uma participação numa série simulando sexo...
Não tenho nenhum problema com a nudez em si, só me incomoda a nudez gratuita. Não faço um trabalho no qual não me sinta á vontade. Esse foi o quarto convite relacionado a aparecer em cena nu e todos eu rejeitei por não achar que acrescentasse nada de especial a minha vida pessoal ou profissional.
Se pudesse voltar o tempo o que você mudaria em sua história de vida?
Creio que eu não deixaria o medo de sentir medo me abalar tanto, arriscaria muito mais, me desapegaria as coisas pequenas que me limitavam tanto, seria mais honesto comigo mesmo, não tentaria provar o tempo todo o meu valor, deixaria a vida fluir e me levar de modo mais leve e com maior tranquilidade.
Mas também manteria essa minha essência, que só os que me conhecem, enxergam sem julgamentos precipitados. Esperando que percebam que atrás do artista, há um homem com sentimentos parecidos a tantos outros.
Detesto escândalos. Sempre quis manter minha vida íntima e particular no anonimato... também nunca foi uma pessoa baladeira, levo uma vida simples, tranquila... não curto bebidas ou cigarros...
Nunca lhe ofereceram drogas?
Claro. Já me ofereceram maconha, mas sempre demonstrei ser careta. Deixo bem claro que, não curto, e que meus amigos podem até usar, mas bem longe de mim.
Seus relacionamentos... alguns não deram certo. Acredita que sua carreira atrapalhou?
Tive relações bem duradoras e não considero que não tenha dado certo, foram boas, enquanto duraram. E meu trabalho nunca interferiu até esse momento em minha relação afetiva. Preservo meu relacionamento, e não o exponho.
Sujeito Oculto é um projeto que vem anunciando há um tempo... Quando saíra do papel?
Devido ao montante de trabalho que venho tendo, que além de fazer tv e cinema, ainda dou aulas para o ensino fundamental, e isto, tem me tomado bastante tempo. Mas até o fim do ano pretendo concretizar as filmagens deste filme que é um projeto pessoal, além de retornar ao teatro.
Você tem algum problema com relação a nudez? Pelo que consta você foi convidado a fazer uma participação numa série simulando sexo...
Não tenho nenhum problema com a nudez em si, só me incomoda a nudez gratuita. Não faço um trabalho no qual não me sinta á vontade. Esse foi o quarto convite relacionado a aparecer em cena nu e todos eu rejeitei por não achar que acrescentasse nada de especial a minha vida pessoal ou profissional.
Se pudesse voltar o tempo o que você mudaria em sua história de vida?
Creio que eu não deixaria o medo de sentir medo me abalar tanto, arriscaria muito mais, me desapegaria as coisas pequenas que me limitavam tanto, seria mais honesto comigo mesmo, não tentaria provar o tempo todo o meu valor, deixaria a vida fluir e me levar de modo mais leve e com maior tranquilidade.
Mas também manteria essa minha essência, que só os que me conhecem, enxergam sem julgamentos precipitados. Esperando que percebam que atrás do artista, há um homem com sentimentos parecidos a tantos outros.