novembro 23, 2013
novembro 19, 2013
CURRÍCULO
M A R C O
N D Y S F R A N Ç A
DRT/PB Nº
1189 (ATOR)
C.C.M
3.801.421-1
Rua XXXXXXXXXXXXXXXX CEP: XXXXX-XXX
São
Paulo/SP
Tel: 11
3869-5418 (Res) / 43064147 (Res) / 8011-3878 (OI) / 86592563 (TIM)
FORMAÇÃO ACADEMICA:
Ensino Superior – Pedagogia
Pós Graduação – Arte Educação
Artes Cênicas
CURSOS / QUALIFICAÇÕES:
1995 Prefeitura Municipal de
Guarulhos e Secretária de Educação e Cultura
Curso: Formação de Atores – Coordenador: Carlos Simões
Escola Recrearte
Curso: Teatro – Coordenador: Miro Rizzo
1996 EPAC “ Escola de
Pesquisa das Artes Cênicas”
Curso: Formação de Atores – Coordenador: Carlos Simões
1997 Prefeitura Municipal de
Guarulhos e Secretária de Educação e Cultura
Curso: Técnicas Para Atores – Coordenador: Luis Peres
Curso: Formação
de Atores
– Coordenador: Carlos Simões
1999 Maquiagem
Curso: Artística e Social Coordenador: Jorge Marcos Paulo Machado
2000 Oficina
Cultural Oswald de Andrade
Curso: Cenografia e Figurino – Coordenador: Luís Rossi
Tragédias Cariocas – Coordenador: Cibele
Forjas
Oficina
Cultural Amácio Mazzaropi
Curso: Cenas Rodrigueanas – Coordenador: Moises
Miastkowosky
2001 Oficina
Cultural Amácio Mazzaropi
Curso: Maquiagem Teatral – Coordenador: Osvaldo Gonçalves
Curso: Criação
de Personagens /Shakepeare – Coordenador: Heitor Saraiva
2002 Biblioteca
Monteiro lobato Cia Truks
Curso: Teatro de animação – Coordenador: Henrique Sitchin
2004 Oficina
Cultural Oswald de Andrade
Curso: Expressão corporal e Vocal – Coordenador: Hélio Cícero
Curso: Dramaturgia – Coordenador: Laerte Mello
Curso: Espaço
Cênico – Coordenador: Milhen Cortas
2005 Oficina
Oficina Cultural Amácio Mazzaropi
Curso: Iluminação – Coordenador: Celson Pivete
Curso: Artes Plasticas
(Aquarela ) – Coordenador: Rosa Higari
2007 Oficina
da Palavra – Casa Mário de Andrade
Curso: O Ator, A Palavra e o
Silêncio –
Coordenador: Eduardo Aguilar
Oficina Oficina Cultural Amácio
Mazzaropi
Curso: Circo Teatro – Coordenador: Fernando Neves
2008 Oficina Cultural Oswald de Andrade
Curso: Dança de Salão – Coordenador: Luciana
Mayumi
Curso: Teatro de
Sombras –
Coordenador: Irani Cippiciani
2010 Oficina
Oficina Cultural Amácio Mazzaropi
Curso: Os Comediantes – Coordenador: Jetson Kartá e Arnaldo D’Ávila
2009 -
2012 Faculdade Sumaré
Curso de Graduação: Pedagogia
2013 Faculdade Brasil
Curso Pós Graduação: Arte Educação
EXPERIÊCIAS
PROFISSIONAL NO TEATRO:
1985 Dona
Sapa / 1989 Uma Escola Muito
Atrapalhada/A Floresta Encantada/Dona Sapa/ 1990 A Filha de Jairo (Texto e Direção)/O Reinado de Dom Leão
I(Texto e Direção)/ 1991 O
Casamento(Texto e Direção)/Meninos de Rua(Texto e Direção)/O Verdadeiro sentido
do Natal(Texto e Direção)/ 1992 O
Jovem e a Família(Texto e Direção)/ Show de Caloucos (Texto e
Direção)/Pedreiras das Almas/ 1993
Homem do Campo (Texto e Direção)/O Pequeno Engraxate(Texto e Direção)/ Em Busca
do caminho(Texto e Direção)/ 1995
Imaginação (Texto e Direção)/Castelo de Bruxos/O Cara Metade/ 1996 O Príncipe e a Moça/ Brincadeiras
e Palhaçadas/Pluft, O Fantasminha/ 1997
O Médico a Força/O Noviço/As Loucuras de Um Pedestre/A Mandrágora/1998 O Santo Inquérito/ 1999 Confusões e Palhaçadas/ 2000 Perdoa Por Me Traíres/Toda Nudez
Será Castigada/Cenas Rodrigueanas/A Estranha vida de Hilletje Jeans(Assistente
de Figurino e Adereços)/Mais Vale Um Reinado Que Um Cajado(Iluminação)/ 2001 O Príncipe e a Moça/Sonhos de Uma
Noite de Verão/Sorrir e Cantar é Só Começar!/ 2002 Auto da Camisinha (Figurinos e Adereços)/ 2003 Hoje Tem Festa!/ Nina e o Sapo/ 2004 Num dia Comum (Dramaturgia)/Sorrir e Cantar é Só Começar!/ 2005 Mosaico de Emoções (Iluminação) / 2006 Por Que Choras Palhaço?/ Vamos
Brincar de Que? 2007 Os Homens são
Singelos, As Mulheres Não / Lágrimas de Mãe / O Rapto do Papai Noel/ 2008 Mãe Sempre Mãe /O Príncipe e a
Plebéia /Aniversário do Menino /Sorrir e Cantar é Só começar! (Textos e
Direção) 2009 O Fantasminha
Atrapalhado / Escola de Bruxas e Circo Mambembe / Fuzuê e Casamento No Arraiá
(Textos e Direção), 2010 A Paixão de
Cristo, Calada!, Um Curumim No Sítio do Pica-Pau Amarelo, Pluft, O Fantasminha
e O Rapto do Papai Noel (Adaptação e Direção), Circo Picadeiro da Alegria
(Texto e Direção), 2011 Folia do
Coração, Sinhá Aninha (Textos e
Direção) e Romeu e Julieta (Adaptação e Direção), 2012 O Anel Mágico (Textos e Direção).
OUTRAS EXPERIÊCIAS:
1990 – Fundação do Grupo
Cultura Jovem de Mataraca/PB (Diretor Artístico)
1991 – Dia Municipal das
Crianças Mataraca/PB (Produção)
1993 – Abertura Oficial do
Natal Mataraca/PB (Produção)
2003 – 21ª CIOSP “Congresso
Internacional de Odontologia” Criançodromo
- Anhembí São Paulo-SP (Recreador)
2004 – Lançamento do Livro do
Mago (Personagem: Mago) Livraria Saraiva São Paulo/SP
2000 á 2008
– Turma
do Papai Noel “BPM-SP” (Recreador)
2009 – Movimento Comunitário
de Promoção Humana/ Ação Comunitária São Benedito/Associação Metodista de Ação
Social (Coordenador de Oficinas de Teatro)
2010 - 2012
Ação
Comunitária São Benedito ( Educador Sócial)
RÁDIO:
1998 – Rádio Ponto FM 102,2 Programa Encontro Com o Sucesso Guarulhos/SP (Produção)
TV/PROGRAMAS:
1995 – Topa Tudo Por Dinheiro
– Programa Silvio Santos – SBT
2010 – Pegadinha (Gêmeos Na Lata
de Lixo) - Programa Silvio Santos – SBT
2013 – Pegadinha (Libido
Masculino) – Programa Pânico na Band – Tv Bandeirantes
Pegadinha (Grátis Um Brinde) –
Programa Silvio Santos – SBT
Pegadinha (No banheiro) – Programa
Pânico na Band – Tv Bandeirantes
Programa Feira do Riso – Rede TV
Programa Legendários – Quadro: É
Anão ou Não - Tv Record
TV/NOVELAS
2011 – Carrocel – SBT
2013 – Amor á Vida – Tv Globo
Chiquititas – SBT
Programa do Gugu – Tv Record
Pedro e Bianca – Tv Cultura
Eumiro Miranda Show
A Mulher do Prefeito – Tv Globo
De Volta Pra Casa – Programa do
Ratinho
Sete Minutos – Tv Record
TV/PROPAGANDAS:
2012 – Horário Eleitoral -
PT
2013 – Libert Seguros
City Bank
O Boticário
CINEMA:
1999 – Onde o Mundo Acaba (Curta)
2008 – Família Vende Tudo.
2011 – Cine Rincão
Bala Perdida. Direção: Rafael Radesco
2013 – Os Lascados
Sou São Paulo
Amor em Sampa
Os Homens São de Marte
novembro 14, 2013
ESTUDO SOBRE RELIGIÃO: BUDÍSMO
O Budismo é de origem do oriente extremo, na Índia e descende do judaismo e do hinduísmo. Fundada por Sidata Gautama, ex príncipe que resolveu encontrar a cura para os grandes males do mundo. Se sentou ao pé de uma árvore e, após semanas de meditação, alcançou o que almejava, a iluminação espiritual que leva o homem ao estado de Buda.
Para Buda vivemos presos ao samsara (mundo das coisas, das leis,das convenções, das aparências), num mundo onde tudo se transforma. O sofrimento está relacionado ao apego material e que se deve olhar para vida espiritual sem se apegar a sentimentos, coisas, pessoas para não gerar desprazer e insatisfação.
Para se libertar de todo sofrimento é preciso compreender as quatro nobres verdades:
1- toda existência é sofrimento;
2- sofrimento vem do apego as coisas, pessoas e sentimentos;
3- a cessação do desejo e do apego leva a extinção do sofrimento e
4- a cessação do desejo é obtido através do Caminho Óctuplos, que o levará à libertação completa; tudo é um só; é Deus.
O Nirvana (libertação espiritual) é a renúncia exagerada a partir da meditação.
ESTUDO SOBRE RELIGIÃO: HINDUÍSMO
O Hinduísmo surge no oriente extremo em 1.500 A. C. se originando na Índia, sendo fundada por uma união de tradições religiosas.
Os Hindus acreditam em um espírito supremo cósmico que é adorado de muitas formas, representado por Brahma, o Criador, Vixnu, o Preservador e Shiva, o Destruidor, veneram milhões de deuses, com crença que todos são representações de um só deus.
Para os Hindus, todos temos almas imortais que se transportam de um corpo para o outro, em alguns casos renascem como animais.
Seus códigos morais está fundamentado em nos fundamentos do Vedas e nos Upanishads. Sendo conhecida mais a sociedade em castas, fazendo que o homem aceite sua realidade conforme suas restrições sociais.
Assim são as castas conforme seu Karma:
Os brêmanes ou sacerdotes
Os governantes e guerreiros
Os mercadores e lavradores
Os trabalhadores
Os dalits (intocáveis)
Os Hindus acreditam em um espírito supremo cósmico que é adorado de muitas formas, representado por Brahma, o Criador, Vixnu, o Preservador e Shiva, o Destruidor, veneram milhões de deuses, com crença que todos são representações de um só deus.
Para os Hindus, todos temos almas imortais que se transportam de um corpo para o outro, em alguns casos renascem como animais.
Seus códigos morais está fundamentado em nos fundamentos do Vedas e nos Upanishads. Sendo conhecida mais a sociedade em castas, fazendo que o homem aceite sua realidade conforme suas restrições sociais.
Assim são as castas conforme seu Karma:
Os brêmanes ou sacerdotes
Os governantes e guerreiros
Os mercadores e lavradores
Os trabalhadores
Os dalits (intocáveis)
PECADO (TEXTO TEATRO) ATO II
PECADO
De: Marcondys França
JOEL
EZEQUIEL: (PAI DE JOEL)
RUTE: (MÃE DE JOEL)
SUNAMITA: (IRMÃ DE JOEL)
MIDIÃ: (NOIVA DE JOEL)
SAULO: (PAI DE MIDIÃ)
HELENA: (MÃE DE MIDIÃ)
ISAC: (IRMÃO DE MIDIÃ)
DAVI: (AMIGO DE JOEL)
SARA: (MÃE DE DAVI)
PASTOR
PASTOR
SEGUNDOO ATO
CENA I
(Joel
entra agitado e passa pelos pais feito um foguete)
EZEQUIEL: -
Que tens? Parece inquieta.
RUTE: -
Sinto uma agonia. Algo está me sufocando.
EZEQUIEL: -
Então ore.
RUTE: -
Não tenho feito outra coisa.
EZEQUIEL: -
Vai passar.
RUTE: -
Espero que sim. Estou preocupada com Joel.
EZEQUIEL: -
Joel está bem. Esta na presença de Deus.
RUTE: -
Tens razão. Deve ser bobagem da minha cabeça. Coisa de mãe.
EZEQUIEL: -
Vá se deitar.
(Entra
Joel chorando)
RUTE: -
Filho...
EZEQUIEL: -
Deixa... Eu vou lá.
RUTE: -
Está bem. Vou preparar um chá.
EZEQUIEL: - (Caminha até o filho) Filho?
JOEL: -
Meu pai?!
EZEQUIEL: -
Que houve?
JOEL: -
Nada pai, nada.
EZEQUIEL: -
Como não? Está chorando. Chorando!
JOEL: -
Estou bem.
EZEQUIEL: -
Quem pensa que quer enganar?
JOEL: -
Só estou triste. Triste! Só isso.
EZEQUIEL: -
Triste. E o que te fez ficar triste?
JOEL: -
Preocupado pai. Preocupado!
EZEQUIEL: - E
que preocupação é essa filho?
JOEL: -
Esse casamento pai...
EZEQUIEL: -
Há! Entendo... Sabe filho, isso tudo, essa insegurança, essa incerteza, é
natural...
JOEL: -
Não sei se é o momento, se é isso mesmo que quero.
EZEQUIEL: -
Senta aqui filho. Sabe, quando decidi casar com tua mãe, também tive duvidas.
Confesso... quanto mais próximo chegava do casamento, mais em pânico eu ficava.
JOEL: - É
pai. É só uma pequena tensão.
EZEQUIEL: -
Você ama Midiã?
JOEL: -
Sim... amo.
EZEQUIEL: -
Que bom.
JOEL: - O
senhor pode me deixar um pouco sozinho?
EZEQUIEL: - Claro! Mas se
precisar... é só chamar! Fique em paz!
JOEL: -
Ficarei. (O pai sai) E agora? Meu
Deus! Deus? Que farei? Me guia Senhor... Não me deixes cair em tentação.
Livrai-me Senhor dos laços malignos, desse cerco do inimigo... Me perdoe
Senhor, eu pequei! (Chora)
CENA
II
SARA: -
Já em casa filho? (Beija-o) Como
foi? Que foi filho?
DAVI: - Nada.
SARA: - Que
cara é essa? Está pálido.
DAVI: - É sono.
SARA: - Sei
que não... Não quer falar, né? Ah, meu filho! Sabe que temos um pacto de
confiança. Sou sua mãe, amiga, pode confiar em mim...
DAVI: - Não me sinto a
vontade pra falar sobre isso...
SARA: -
Tudo bem filho. Seja o que for que está lhe deixando assim... Sabe que pode
contar comigo. Vou deixa-lo só. Mas se precisar... Estou ao lado.
DAVI: - Obrigado mãe.
SARA: -
Boa noite filho. (Beija-o e sai)
DAVI: - Burro, burro,
burro... burro! Estraguei tudo. Tudo! Droga!
CENA
III
MIDIÃ: - A
paz do Senhor Pastor!
PASTOR: - A
paz! Entre minha jovem.
MIDIÃ: -
Vim conversar com o senhor...
PASTOR: - E
fico muito feliz. Sente-se.
MIDIÃ: -
Obrigada!
PASTOR: -
Sabe por que pedi que viesse aqui?
MIDIÃ: -
Já imagino. E o irmão Pastor não sabe o quanto ansiava por esse momento.
PASTOR: -
Imagino! É sobre seu casamento com o jovem Joel.
MIDIÃ: -
Sim...
PASTOR: -
Vejo que a irmã esta muito empolgada com esse casamento.
MIDIÃ: -
Deus sabe o quanto espero por esse momento.
PASTOR: -
Deve amar muito o jovem Joel.
MIDIÃ: -
Muito Pastor.
PASTOR: - É
bom ter essa certeza. Mas a irmã sabe que um casamento trás muitas
responsabilidades.
MIDIÃ: -
Sei Pastor.
PASTOR: -
Vendo seu entusiasmo me sinto convicto que realizar esta cerimonia de casamento
será um passo certo...
MIDIÃ: -
Sinto que Joel é o homem que Deus preparou para mim. Sempre o amei...
PASTOR: -
Que bom. Agora só resta conversar com o jovem Joel pra saber que pensa sobre
tudo isso.
MIDIÃ: -
Claro Pastor.
PASTOR: -
Então, já pode ir...
MIDIÃ: -
Obrigada Pastor.
PASTOR: -
Não esqueça. Ore!
MIDIÃ: - A
paz!
PASTOR: - A
paz, minha doce jovem...
MIDIÃ: -
Amém!
PASTOR: -
Amém. (Ela sai)
CENA
IV
SUNAMITA:
-
ISAC:
-
A paz do Senhor Sunamita!
SUNAMITA:
-
A Paz.
ISAC:
-
Posso falar contigo?
SUNAMITA:
-
Já está falando, não está?
ISAC:
-
Mas é que é um assunto sério.
SUNAMITA:
-
Isac, numa boa... Não quero me irritar contigo.
ISAC:
-
Por que me trata tão mal?
SUNAMITA:
-
Por que é inconveniente. Por isso!
ISAC:
-
Precisa me tratar tão mal?
SUNAMITA:
-
Olha Isac, numa boa... Se vai falar sobre namoro, já sabe minha resposta. Nunca
vou namorar com você, nunca. Fui clara? Misericórdia! Me deixa em paz. (Sai)
ISAC:
-
Isso é o que veremos! (Sai)
CENA
V
RUTE:
-
Bom dia irmã Sara?!
SARA:
-
Bom dia! A paz!
RUTE:
-
Bom irmã... Vim até aqui para lhe fazer um convite.
SARA:
-
Um convite?
RUTE:
-
Exato.
SARA:
-
Então diga irmã.
RUTE:
-
Eu e a irmã Helena vamos dar um jantar especial, como boas vindas a você e seu
filho.
SARA:
-
Me sinto lisonjeada!
RUTE:
-
Será uma coisa simples, mas feita de coração.
SARA:
-
Nem sei como agradecer.
RUTE:
-
Agradeça comparecendo hoje a noite em minha casa. As sete.
SARA:
-
Claro. Será uma grande honra.
RUTE:
-
Então até a noite. A paz irmã. (Sai)
SARA:
-
A paz! Uma recepção de boas vindas? Ual! (Sai)
CENA
VI
JOEL:
-
Irmão Pastor?!
PASTOR:
-
Oi! Entra Joel.
JOEL:
-
A paz do Senhor!
PASTOR:
-
A paz! Entre, sente... Já o esperava. O irmão me parece tenso.
JOEL:
-
Sinto-me perdido... confesso!
PASTOR:
-
Meu jovem, Deus está contigo! Não temas.
JOEL:
-
Me sinto inseguro.
PASTOR:
-
E porque se sentes assim?
JOEL:
-
De uns dias pra cá... estou tomado por dúvidas.
PASTOR:
-
Sobre?
JOEL:
-
Sobre mim...
PASTOR:
-
Explique-se.
JOEL:
-
Meus sonhos, minhas vontades, meus desejos...
PASTOR:
-
Somos humanos, temos nossas fraquezas... Mas nem por isso podemos por em dúvida
a nossa fé, nossas convicções, a nossa salvação. A bíblia é clara, vigiai e
orai. És um homem de fé Joel... Disto não tenho dúvida, mas sinto que estás tão
aflito. Tem haver com o casamento?
JOEL:
-
Sim pastor. De certo odo sim.
PASTOR:
-
Meu jovem... Se abra comigo. Quem sabe eu possa lhe ajudar.
JOEL:
-
Não sei...
PASTOR:
-
Não amas Midiã?
JOEL:
-
Amo. Mas não me sinto preparado. Não sei se só amar é o suficiente para subir
ao altar e jurar lealdade até o fim de nossas vidas.
PASTOR:
-
Entendo. Meu Deus! Sabes o quanto Midiã irá sofrer se este casamento for
adiado.
JOEL:
-
Sei sim senhor Pastor. Mas quero ter certeza de que estou dando o passo certo.
Mesmo por que sei o quanto isso significa para ela.
PASTOR:
-
Entendo.
JOEL:
-
Só que se eu não subir ao altar com Midiã... Tenho medo.
PASTOR:
-
Medo?
JOEL:
-
Irá frustrar não só a ela mas também as nossas famílias.
PASTOR:
-
Não pretendes terminar o noivado, pretendes?
JOEL:
-
Não...
PASTOR:
-
Então podemos marcar uma data simbólica de preferencia para alguns meses à
frente para você pensar mais sobre o assunto.
JOEL:
-
Não sabes o quanto ficarei grato!
PASTOR:
-
Irmão estou aqui para cuidar desse rebanho. E também uns dias a mais não irá
matar ninguém. Escute irmão Joel, volte para casa, pense, ore e peça a Deus
para iluminar sua mente. Gostar da moça, sei que gosta, se não é amor, pode vim
com o tempo, com a convivência. O amor, principalmente no matrimonio é uma
construção que vem com a convivência do dia a dia. As vezes as pessoas
confundem o amor com essas paixões avassaladoras. O perigo meu caro, é que
paixão passa, amor não.
JOEL:
-
Obrigado Pastor.
PASTOR:
-
Vá em paz Joel. E se precisar, quando quiser conversar estarei aqui.
CENA
VII
SUNAMITA:
-
Trago boas novas...
MIDIÃ:
-
Não vai dizer que... Não?! Falou com Davi?
SUNAMITA:
-
Imagina! Quem me dera! Ah,, que varão!
MIDIÃ:
-
Então porque essa empolgação?
SUNAMITA:
-
Advinha quem procurou o pastor hoje?
MIDIÃ:
-
Não?! Meu Deus! Olha? Estou até tremendo...
SUNAMITA:
-
Meu irmão foi conversar.
MIDIÃ:
-
Que benção!
SUNAMITA:
-
Logo teremos casório.
DAVI:
-
A paz?!
SUNAMITA:
-
A paz irmão Davi!
MIDIÃ:
-
A paz do Senhor Jesus irmão Davi.
DAVI:
-
Perdão... Mas ouvi falar de casamento.
SUNAMITA:
-
Midiã e meu irmão... vão marcar a data.
DAVI:
-
Há é?! Parabéns! Fico feliz por vocês.
MIDIÃ:
-
Obrigada! Bem, eu tenho algumas coisas pra fazer... Então depois a gente se
fala. A paz1
SUNAMITA:
-
A paz cunhada! Ela está muito feliz.
DAVI:
-
Imagino.
SUNAMITA:
-
E você?
DAVI:
-
Que tem eu?
SUNAMITA:
-
Não namora?
DAVI:
-
No momento não.
SUNAMITA:
-
Deve ter deixado um monte de moças apaixonadas...
DAVI:
-
Que nada.
SUNAMITA:
-
Ainda é humilde!
DAVI:
-
Bem... Eu preciso ir.
SUNAMITA:
-
Há, mas já?
DAVI:
-
Sim. Realmente preciso ir.
SUNAMITA:
-
Aparece lá em casa. Joel vai gostar, e eu também.
DAVI:
-
Claro! A paz.
SUNAMITA:
-
A paz!
CENA
VIII
RUTE:
-
Não acha que a irmã Sara está demorando um pouco.
HELENA:
-
Que nada! Esta no horário.
RUTE:
-
Caprichou, hein?:
HELENA:
-
Tudo pelo Pastor.
EZEQUIEL:
-
MIDIÃ:
-
E Joel?
SUNAMITA:
-
No quarto. Vou chama-lo...
PASTOR:
-
Como está nosso jovem irmão?
EZEQUIEL:
-
Bem irmão... E como foi a conversa?
PASTOR:
-
Proveitosa.
EZEQUIEL:
-
Achei meu filho tenso com toda essa história.
PASTOR:
-
E que não ficaria? Meu caro irmão... casamento é coisa série.
SAULO:
-
Tão sério que devemos logo arcar essa data.
MIDIÃ:
-
Não acha estranho?
HELENA:
-
O que?
MIDIÃ:
-
Joel mãe. Já devia está aqui. Faz tempo que chegamos e nem veio falar comigo.
HELENA:
-
Calma filha! Se não assusto o rapaz.
RUTE:
-
Venham comigo... Quero mostrar algo especial que preparei.
HELENA:
-
Algo especial? Essa irmã está mesmo com moral.
MIDIÃ:
-
Mãe! Misericórdia... (Saem)
EZEQUIEL:
-
Irmão Pastor venha...
SAULO:
-
Irmão Ezequiel e suas engenhoca... É melhor ir com ele, ou vai achar que não
damos importância a seus experimentos. (Sai)
SUNAMITA:
-
Joel?
JOEL:
-
Que foi?
SUNAMITA:
-
Que está rolando?
JOEL:
-
Deixa papai ouvi você falando assim...
SUNAMITA:
-
Você não irá contar.
JOEL:
-
Devia.
SUNAMITA:
-
Estão perguntando por você.
JOEL:
-
Inventa uma desculpa.
SUNAMITA:
-
Me pedindo pra me mentir?
JOEL:
-
Não é difícil pra você.
SUNAMITA:
-
Que imagem tem de mim! Olha Joel sei que algo muito ruim está acontecendo...
JOEL:
-
Vidência é pecado! Vindo de você só pode ser charlatanismo...
SUNAMITA:
-
Misericórdia... Que horror!
JOEL:
-
Vou orar por você.
SUNAMITA:
-
Falando sério... Tua noiva te espera.
JOEL:
-
Não quero descer.
SUNAMITA:
-
Por que meu irmão? Estou preocupada. Apesar desse meu jeitinho transloucada...
percebo as coisas.
JOEL:
-
E o que percebe?
SUNAMITA:
-
Que está sendo desonesto.
JOEL:
-
Que quer dizer?
SUNAMITA:
-
Se vai continuar com essa farsa pra agradar a todos... Ao menos faça um esforço
para parecer natural. Olha, se não descer por vontade própria, Midiã vem te
escoltar. Te espero lá em baixo. (Sai)
JOEL:
-
Dai-me forças Senhor! (Sai)
(Na
sala)
HELENA:
-
Nossa! Você caprichou... Deu até uma invejinha!
MIDIÃ:
-
Mãe?!
HELENA:
-
Invejinha branca.
RUTE:
-
Esquenta não irmã Helena... Farei um almoço especial só pra você.
MIDIÃ:
-
E Joel?
SUNAMITA:
-
Já desce.
SAULO:
-
Nossos convidados...
RUTE:
-
Irmã Rute?!
HELENA:
-
Chegaram.
SAULO:
-
Joel? (chama)
RUTE:
-
Entrem fiquem a vontade!
SARA:
-
A paz!
PASTOR:
-
A paz meus irmãos... Sejam bem vindos! Que bom que chegaram... Estávamos
ansiosos, loucos para provar das delícias que a irmã nos preparou. (Todos riem)
JOEL:
-
A paz do Senhor irmãos?!
TODOS: - A
paz!
MIDIÃ:
-
Joel?
JOEL:
-
Como vai Midiã?
MIDIÃ:
-
Melhor agora.
RUTE:
-
Helena, vamos mostrar a casa para irmã Sara...
HELENA:
-
Claro.
EZEQUIEL:
-
Sejam breves... Estamos famintos.
SAULO:
-
Nisso concorda.
SUNAMITA:
-
Que bom que veio. Fico feliz irmão Davi.
DAVI:
-
Obrigado!
SUNAMITA:
-
Sinta-se em casa. Fique a vontade!
DAVI:
-
Como vai irmã Midiã?
MIDIÃ:
-
Ótima! Na paz.
DAVI:
-
Posso conversar com você irmão Joel?
SUNAMITA:
-
Midiã vem comigo...
MIDIÃ:
-
Com licença.
DAVI:
-
Precisamos conversar...
JOEL:
-
Não temos o que conversar...
DAVI:
-
Como não? Então não significou nada pra você?
JOEL:
-
Enlouqueceu?
DAVI:
-
Seja adulto e enfrente a realidade de frente.
JOEL:
-
Meu Deus! Venha comigo... (Saem)
MIDIÃ:
-
Que está acontecendo?
SUNAMITA:
-
Não faço ideia...
EZEQUIEL:
-
Meninas... Cozinha.
SUNAMITA:
-
Vamos Midiã...
EZEQUIEL:
-
E Joel?
MIDIÃ:
-
Subiu com irmão Davi. Vou chama-los...
SUNAMITA:
-
Eu chamo.
MIDIÃ:
-
Para! Já sou de casa.
EZEQUIEL:
-
Vamos Sunamita. (Saem)
CENA
IX
JOEL:
-
O que está tentando fazer? Destruir minha vida?
DAVI:
-
Diz que pra você não foi importante... (Midiã
escondida ouve)
JOEL:
-
Não sei do que está falando...
DAVI:
-
Quer que eu grite pra que todos ouçam?
JOEL:
-
Enlouqueceu?
DAVI:
-
Não consigo parar de pensar um só segundo...
JOEL:
-
És um pecaminoso. Estás sendo usado pelo inimigo...
DAVI:
-
O demônio não tem culpa pelo desejo que sentimos um pelo outro.
JOEL:
-
Cala-te. És um pervertido!
DAVI:
-
Você gostou... Correspondeu aquele beijo.
JOEL:
-
O pecado do homossexualismo, de acordo com a Bíblia, é o estágio final da
queda moral e espiritual de uma sociedade que rejeita a revelação de Deus. Eram maus os
varões de Sodoma, e grandes
pecadores contra o Senhor.
DAVI:
-
Pecado? É pecado amar? É pecado, sentir-se feliz ao lado de alguém que amamos?
Pecado é essa mentira que stás criando em torno dessa farsa...
JOEL:
-
Farsa? Que farsa?
DAVI:
-
Esse casamento com Midiã. Não percebe que se seguir adiante, só a fará sofrer?
JOEL:
-
Amo Midiã...
DAVI:
-
A quem quer enganar? És um conhecedor das escrituras e sabes que não há quem
engane a Deus.
JOEL:
-
Foste enviado pelo inimigo para testar a minha fé.
DAVI:
-
Não. Fui enviado por Deus para evitar que cometa o maior erro da tua vida.
JOEL:
-
O homossexualismo é um vício, a
Sagrada Escritura não hesita em incluir os homossexuais entre os que não
herdarão o Reino de Deus.
DAVI:
-
Deus julga os seus pela pureza dos seus corações. E o que sinto por você é
puro, é amor...
JOEL:
-
Isso é uma abominação.
DAVI:
-
Se a homossexualidade fosse prática tão condenável,
como justificar a indiscutível relação homossexual existente entre David e
Jônatas?! Eis a declaração do salmista para seu bem-amado: "Tua amizade me
era mais maravilhosa do que o amor das mulheres. Tu me eras deliciosamente
querido!" (II Samuel, 1:26).
JOEL:
-
Não distorça a palavra...
DAVI:
-
Joel...
JOEL:
-
Não chegue perto...
MIDIÃ:
-
Joel!
JOEL:
-
Midiã? A quanto tempo estava ai?
DAVI:
-
Ouvi nossa conversa?
MIDIÃ:
-
Estão nos esperando... Vamos?
JOEL:
-
Sim... Vamos. (Saem)
CENA
X
SARA:
-
Pensei que a irmã Helena não ia parar de falar... enumerando a felicidade
conjugal e familiar... Filho, que houve? Está chorando.
DAVI:
-
Sou o homem mais infeliz da face da terra mãe.
SARA:
-
Não diga isso filho! Oh, meu Deus! O que está acontecendo contigo filho?
DAVI:
-
Nada mãe, nada.
SARA:
-
Como nada. Filho... estas sofrendo. Se abra comigo.
DAVI:
-
Aconteceu de novo mãe.
SARA:
-
O que filho?
DAVI:
-
Você sabe... sabe de que estou falando.
SARA:
-
Meu filho! Imagino o quanto estejas sofrendo. Mas, escuta, sempre estarei ao
seu lado, sempre.
DAVI:
-
Obrigado mãe.
SARA:
-
É Joel, não é?
DAVI:
-
Como sabe?
SARA:
-
Intuição! Ai meu Deus! Ele sabe?
DAVI:
-
Nega. Nega os próprios sentimentos.
SARA:
-
Filho... Joel está noivo, vai casar...
DAVI:
-
Fuga. Fuga, mãe.
SARA:
-
Ah, Davi meu filho... Ainda que ele queira viver isso... Não percebe o quanto
sofrerão com o preconceito?
DAVI:
-
Amo Joel Mãe... Amo.
SARA:
-
Oh meu filho!
DAVI:
-
Você é incrível.
SARA:
-
E você um filho maravilhoso. Vá descansar. Pensaremos num solução.
DAVI:
-
Boa noite mãe...
SARA:
-
Boa noite.
DAVI:
-
Mãe? Você acha que...
SARA:
-
Que?
DAVI:
-
Pessoas como eu, será condenado no juízo final?
SARA:
-
Filho... Para Deus, o importante é amar... o amor é que importa.
DAVI:
-
Oh, mãe... A paz!
SARA:
-
A paz filho. Onde vai?
DAVI:
-
Dá uma volta.
SARA:
-
Cuidado. Não demora. (Ele sai. Ela
chora)
CENA
XI
IZAQUE:
-
Preciso falar com você...
RUTE:
-
Aqui não Izaque.
IZAQUE:
-
Não estou mais conseguindo lavar meu casamento adiante.
RUTE:
-
chega Izaque! Não é hora e local de falar sobre isso. Meu marido e meus
filhos...
IZAQUE:
-
Amanhã te espero lá...
RUTE:
-
Enlouqueceu? Sabe que não posso.
IZAQUE:
-
Pode. Vou lhe esperar... (Ele sai)
CENA
XII
HELENA:
-
Teu pai?
MIDIÃ:
-
Foi deixar o Pastor em casa.
HELENA:
-
Estou te achando estranha.
MIDIÃ:
-
Eu?
HELENA:
-
É. Aconteceu alguma coisa?
MIDIÃ:
-
Não, não...
HELENA:
-
Não vai me dizer que brigou com seu noivo.
MIDIÃ:
-
Não mãe.
HELENA:
-
E que caras eram aquelas na mesa?
MIDIÃ:
-
Não sei do que esta falando mãe. Impressão sua.
HELENA:
-
E esse olhar triste?
MIDIÃ:
-
Mãe... Me abraça.
HELENA:
-
Que foi filha?
MIDIÃ:
-
Só me abraça.
HELENA:
-
Midiã?
MIDIÃ:
-
É só carência de filha mãe.
HELENA:
-
Oh filha! (Saem)
CENA
XII
ISAC
Pega sunamita a força Davi a salva.
SUNAMITA:
-
Isac?
ISAC:
-
Posso entrar?
SUNAMITA:
-
Não fica bem... Estou sozinha.
ISAC:
-
Que foi... não confia em mim?
SUNAMITA:
-
Não é isso. É que podem falar.
ISAC:
-
Desde de quando se importa com que falam?
SUNAMITA:
-
Desde que... Olha, como já lhe disse estou sozinha, e peço que saia...
ISAC:
-
Estou cansado de suas recusas. (Lhe
segura)
SUNAMITA:
-
Me solta Isac...
ISAC:
-
Que vai fazer?
SUNAMITA:
-
Está me machucando...
ISAC:
-
Hoje você vai vê...
SUNAMITA:
-
Do que está falando?
ISAC:
-
Será minha.
SUNAMITA:
-
Está louco. Me solta. Está me machucando.
ISAC:
-
Eu te amo Sunamita.
SUNAMITA:
-
Mais eu não...
ISAC:
-
Mas será minha...
SUNAMITA:
-
Me solta ou...
ISAC:
-
Ou?
SUNAMITA:
-
Vou gritar.
ISAC:
-
Então grita.
SUNAMITA:
-
Socorro! (Ele a pega a força, ela reage,
ele rasga sua roupa)
ISAC:
-
Será minha! Só minha...
SUNAMITA:
-
Socorro! Me solta... Não... Não! Socorro! (Entra
Davil)
DAVI:
-
Que está acontecendo aqui?
SUNAMITA:
-
Socorro! Me ajude. Ele está louco.
DAVI:
-
Solte-a. Solte-a... (Parte para cima de
Isac)
ISAC:
-
Isso não ficará assim.
SUNAMITA:
-
Não ficará mesmo. Você pagará muito caro por isso...
ISAC:
-
Olha que fez fazer?!
DAVI:
-
Agora ela que é a vítima se torna culpada.
SUNAMITA:
-
Isso não ficará assim... Vou te denunciar.
ISAC:
-
Que?
DAVI:
-
Isso mesmo que ouviu. Tentativa de estupro é crime!
ISAC:
-
Estupro? Ela quis...
SUNAMITA:
-
Que?
ISAC:
-
DAVI:
-
Você é mesmo um mal caráter. Eu vi... Você estava forçando a barra.
ISAC:
-
Ela me provocou.
SUNAMITA:
-
Mentira! Eu juro. Ele entrou e me pegou a força.
ISAC:
-
Quero vê você provar.
DAVI:
-
Cai fora daqui... Fora! Antes que eu te arrebente a cara.
SUNAMITA:
-
vai dar pra ele né? Sua vadia! (Sai)
SUNAMITA:
-
Que canalha! Nunca pensei que...
DAVI:
-
Calma!
EZEQUIEL:
-
RUTE:
-
Ai meu deus! Misericódia...
EZEQUIEL:
-
Que está acontecendo aqui?
SUNAMITA:
-
Calma! Eu posso explicar.
RUTE:
-
Minha filhinha o que fizeram com você?
JOEL:
-
Que você fez com minha irmã?
DAVI:
-Eu?
JOEL:
-
Não eu.
SUNAMITA:
-
Chega! Chega. Eu fui violentada.
EZEQUIEL:
-
Seu canalha!
SUNAMITA:
-
Não pai. Não foi ele. Não foi...
RUTE:
-
Minha filha... Que me explicar o que está acontecendo aqui?
JOEL:
-
Que fez isso com você minha irmã?
DAVI:
-
Isac.
EZEQUIEL:
-
Canalha!
RUTE:
-Não
é possível.
JOEL:
-
É verdade Sunamita?
SUNAMITA:
-
Sim... Entrou, e me pegou a força.
DAVI:
-
Estava passando, quando ouvi os gritos de socorro.
SUNAMITA:
-
Se não fosse Joel... O pior teria acontecido.
RUTE:
-
Meu Deus! Que escândalo.
DAVI:
-
Agora tem que fazer denúncia.
JOEL:
-
Claro!
EZEQUIEL:
-
Vou ligar para o pastor...
RUTE:
-
Esse jovem é um perigo. Está possuído pelo demônio
DAVI:
-
O demônio não tem nada a ver com isso irmã. O que o Isac tem é falta de caráter.
RUTE:
-
Vem filha... Vamos pro seu quarto.
DAVI:
-
deve permanecer como está.
RUTE:
-
Que está dizendo? Está louco? Minha filha esta quase nua.
DAVI:
-
Tem que permanecer como está para fazer o corpo de delito.
JOEL:
-
Claro mãe. Se não consegue processar o
crápula.
EZEQUIEL:
-
Vou procurar o pastor...
RUTE:
-
Vamos filha...
SUNAMITA:
-
Obrigada Davi.
DAVI:
-
Fica bem viu. (Saem Sunamita e Rute)
JOEL:
-
Obrigado.
DAVI:
-
Não fiz nada demais...
JOEL:
-
Salvou minha irmã das mãos daquele crápula.
DAVI:
-
Bom... eu vou indo... Se precisarem, sabe onde me encontrar.
JOEL:
-
Vamos precisar. Você presenciou tudo.
DAVI:
-
Contem comigo.
JOEL:
-
Davi... A paz!
DAVI:
-
A paz. Até logo!
JOEL:
-
Até. (Sai)
CENA
XIII
(Isac
entra chorando)
MIDIÃ:
-
Que foi? Que aconteceu?
ISAC:
-
Cadê meu pai?
MIDIÃ:
-
Está na igreja.
ISAC:
-
Minha mãe?
MIDIÃ:
-
Está me assustando.
ISAC:
-
Eu fiz uma besteira das grandes.
MIDIÃ:
-
Que fez Isac?
ISAC:
-
Eu tentei violentar Sunamita...
MIDIÃ:
-
Que? Enlouqueceu, seu irresponsável?
ISAC:
-
Eu juro que não queria... Eu não queria.
MIDIÃ:
-
Meu Deus! Essa é coisa mais absurda que já ouvi...
ISAC:
-
E Sunamita como está?
ISAC:
-
Vai me denunciar.
MIDIÃ:
-
Meu Deus! Seu louco. Pode ser preso;
ISAC:
-
Me ajuda...
MIDIÃ:
-
Como?
ISAC:
-
Tenho que sair daqui... deixar a cidade.
MIDIÃ:
-
Fugir?
ISAC:
-
Não entende? Vão me prender.
MIDIÃ:
-
Você pecou. Cometeu um crime. Tem que pagar!
ISAC:
-
Não acredito que minha própria irmã deseja me ver preso.
MIDIÃ:
-
Estou envergonhada de você. Francamente! Nunca pensei...
ISAC:
-
Pelo que vejo não posso contar com você
MIDIÃ:
-
Não vou compactuar com sua falta de caráter.
SAULO:
-
Então aqui está você...
HELENA:
-
O que você fez meu filho? Enlouqueceu?
ISAC:
-
Foi culpa do inimigo mãe...
MIDIÃ:
-
Agora o inimigo é o culpado!
SAULO:
-
Ezequiel está indo com Sunamita e toda família a delegacia, vão te denunciar...
ISAC:
-
E agora pai?
MIDIÃ:
-
Vai preso.
HELENA:
-
Não. Isso não. Saulo... pelo amor de Deus... Temos que tirar nosso filho daqui.
MIDIÃ:
-
Vão acobertar o que ele fez?
HELENA:
-
É nosso filho. Não podemos deixar que fique preso.
MIDIÃ:
-
Mas ele tentou violentar Sunamita.
HELENA:
-
Mas pelo que sabemos, não violentou...
SAULO:
-
isso graças ao Davi que chegou na hora.
HELENA:
-
Não estou dizendo que não deva pagar pelo que fez... Mas se fugir do flagrante,
poderá ter relaxamento...
ISAC:
-
Por favor pai...
MIDIÃ:
-
Não vão fazer isso... vão?
SAULO:
-
HELENA:
-
É nosso filho. Por mais errado que esteja é nosso dever protege-lo.
ISAC:
-
Por favor pai... Fiz uma loucura. Estou arrependido.
SAULO:
-
Arrume umas roupas...
HELENA:
-
Não. Pode não dar tempo. Saulo, tire-o daqui.
MIDIÃ:
-
Estou envergonhada!
HELENA:
-
Onde vai?
MIDIÃ:
-
Vou orar por vocês. Pedir a Deus que os perdoe.
SAULO:
-
Vamos... Antes que eu me arrependa.
HELENA:
-
Meu filho...
ISAC:
-
Obrigado mãe.
HELENA:
-
Vai com Deus filho.
SAULO:
-
Vamos...
HELENA:
-
Ah, meu Deus! Que provação! Dai-nos forças. (Sai)
CENA
XIV
SARA:
-
Meu Deus do céu! Que horror!
DAVI:
-
Pois é mãe. Foi exatamente isso que aconteceu.
SARA:
-
Coitada da moça. Deve está arrasada!
DAVI:
-
Se eu não tivesse entrado... Teria acontecido o pior.
SARA:
-
Meu filho! Estou pasma.
DAVI:
-
Parecia um louco.
SARA:
-
E agora?
DAVI:
-
A família já foi fazer a queixa.
SARA:
-
Isso será um escândalo para a igreja.
DAVI:
-
Pior que o escândalo é o que a pobre moça está sentindo neste momento.
SARA:
-
Será que devo ir a casa dela prestar minha solidariedade?
DAVI:
-
Acho que não. Talvez a família precise de privacidade nesse momento.
SARA
-
Tem razão. Que barra meu filho!
DAVI:
-
Imagino!
SARA:
-
Mas fiz uma polenta...
DAVI:
-
nem sei se estou com fome.
SARA:
-
Não vai rejeitar a comidinha da sua mãe, vai?
DAVI:
-
Chantagem!
SARA:
-
É que amo meu meninão! E adoro enche-lo de mimos!
DAVI:
-
Tá certo! Ok, você venceu.
SARA:
-
Então vamos... vou esquentar!
DAVI:
-
Sabe que já estou sentindo a minha fome voltar?!
SARA:
-
Hum! (Saem)
CENA
XV
JOEL:
-
Midiã?
MIDIÃ:
-
Precisava falar com você.
JOEL:
-
Falar o que? O que seu irmão fez não tem explicação.
MIDIÃ:
-
Sei que não. E posso lhe garantir que estou tão chocada quanto você. Escuta
Joel, estou do seu lado, do lado de sua família. Meu irmão errou...
JOEL:
-
Não. Ele não só errou. Cometeu um crime.
MIDIÃ:
-
Sim. E concordo que tenha que pagar por isso. Mas espero, que não me condenem
pelos erros do meu irmão.
JOEL:
-
Por que está dizendo isto?
MIDIÃ:
-
Isac fugiu.
JOEL:
-
Fugiu?
MIDIÃ:
-
Sim. Fugiu. Pra escapar do flagrante.
JOEL:
-
Que canalha! Covarde! Pra onde foi?
MIDIÃ:
-
Não sei.
JOEL:
-
Não sabe?
MIDIÃ:
-
Não.
JOEL:
-
Deve me achar um trouxa.
MIDIÃ:
-
Juro. Juro que não sei.
JOEL:
-
Como fugiu?
MIDIÃ:
-
Meu pai...
JOEL:
-
Seu pai?
MIDIÃ:
-
Sim. Olha, não sabem que vim lhe contar...
JOEL:
-
Como seu pai pode acobertar aquele canalha?
MIDIÃ:
-
Não sei. Acho que o lado paternal falou mais alto.
JOEL:
-
Acoberta hoje, pra amanhã ele cometer outro crime ainda pior. Mas te garanto
que teu irmão irá pagar pelo que fez.
MIDIÃ:
-
Estou do seu lado.
JOEL:
-
Obrigado. Mas preciso ficar só.
MIDIÃ:
-
Não me culpe por ele.
JOEL:
-
Não a culpo. Mas de verdade... preciso ficar sozinho.
MIDIÃ:
-
Tá bom. Vou deixa-lo... Mas saiba que te amo muito viu? A paz do Senhor!
JOEL:
-
A paz! (Ela sai) Pai?! Pai... (Sai)
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