O ator Marco Nanini retorna aos palcos e entrou em temporada no Teatro Moise Safra em São Paulo com o espetáculo Traidor, escrito e dirigido por Gerald Thomas. A curta temporada terminou em 22 de junho, marcando o encontro quase duas décadas após o êxito de Um Circo de Rins e Fígados, Nanini e Thomas se reencontram em cena.
A montagem, produzida por Fernando Libonati, nasceu de uma intensa troca criativa entre os três e reflete questões urgentes do nosso tempo — do trauma pós-pandêmico à revolução digital e às crises democráticas.
No palco, Nanini dá vida a um homem isolado em uma ilha, acusado de um crime que não cometeu. Em um fluxo de consciência, dialoga com suas memórias, seus fantasmas e reflexões sobre o passado, o presente e o futuro. Misturando humor ácido e traços de tragédia, o espetáculo é um híbrido entre Kafka e Shakespeare, questionando as tensões do mundo contemporâneo, um.profundo questionamento sobre a própria existência e os impactos da tecnologia e a invasão das redes sociais nesta sociedade moderna.
“Nanini é o ator mais intenso que conheço. Digo isso não só como diretor, mas também como autor. Enquanto dirijo, a um metro de distância dele, ouço cada respiração. Levo essa voz comigo, continuo ouvindo no hotel, na leitura, na revisão do texto. Que privilégio é, mesmo que só de dezoito em dezoito anos, escrever para ele, dirigi-lo e tê-lo ali, na minha frente. É tudo”, declara o diretor.
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