E descreveu minuciosamente a cena em questão para que possamos acompanhar seu deslumbre ao indentificar a alta qualidade em tempos onde tudo segue superficialmente.
"A crise de Filipa diante dos olhos do núcleo central e também do telespectador chocou até o mais desavisado que estivesse passando diante da TV no momento. Tanto em sua discussão violenta com a filha, quanto na explosão ao ser vítima de mais uma armação de Sofia (Elis Cabral), a alta voltagem das sequências era muito difícil para qualquer pessoa.".
Todos já sabemos das qualidades artísticas de Cláudia Abreu já é famosa por dominar completamente a tela em momentos como este. Basta recordar de personagens icônicas por ela vividas como em Anos Rebeldes (1992), Celebridade (2003), em Belíssima (2006) e em Cheias de Charme (2012)
Eis o grande erro de Dona de Mim. Quando a autora Rosane Svartman optou por apresentar uma Filipa como uma personagem inusitada, ela afastou o telespectador e o fez apenas torcer o nariz para uma pessoa que parecia chata e desordenada.
O grande erro da autora é que começa se reparado agora foi segundo Daniel "A opção de não deixar claro que estávamos diante de alguém com uma clara neurodivergência nos fez jamais cogitar a hipótese de que acompanhávamos uma mulher doente e não alguém que não tinha envergadura dramática e nem função dramatúrgica.", explicou.
Ele acredita que, talvez, Rosane tenha se inspirado na decisão de Manoel Carlos, quando em Laços de Família (2000), fez o público odiar Camila (Carolina Dieckmann) para, depois, a deixar doente e haver uma conexão.
E seguiu... "Aqui, não cabe porque Filipa sempre foi doente e Dona de Mim perdeu uma chance rara de fazer a personagem mais amada da TV nos últimos tempos. Por sorte, Cláudia Abreu não só dá conta do recado, mas consegue salvar uma história que parecia fadada ao fracasso.".
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