abril 30, 2011

BULLYNG EM DEBATE


Durante a parada pedagógica realizada neste dia 29/04/11 o C.P.C.A São Benedito abriu espaço para debater a questão do bullyng e suas consequências na vida da crianças e adolescentes, assim como este fato poderá implicar em graves consequencias quando aplicado dentro da instituição.

Para coordenar a palestra foi convidada a Dª. Elaine do Gabinete Jurídico, advogada e especialista no assunto, para junto com funcionários do C.P.C.A  e convidados debaterem o tema.

Durante a palestra foram apresentados documentos que relatavam a gravidade do assunto, que muitas vezes é considerados por algumas autoridades ligadas a área de educação como uma coisa banal, um fato isolado, e que trás para todos os envolvidos consequencias muitas vezes irreparáveis. 

A especialista nos alerta quanto a responsabilidade da instituição em monitorar, detectar e tomar as devidas providencias legais para se isentar de furos processos jurídicos.

 

Foram apresentados alguns documentos que relatavam casos levados a tribunais e o quanto o assunto deve-se levar com seriedade. E que o combate a este tipo de assédio, seja ele físico ou moral deve se tornar uma prática constante, uma vez que há subsídios legais que a instituição deve se valer, quanto a postura e posição a ser tomada quando o bullyng for detectado.

Frisou também quanto o papel social e a responsabilidade que a ONG representa para promover o bem comum. Cabe ao gestor como responsável legal assumir seu papel orientando e combatendo quaisquer tipo de agressões que possam causar o mal estar coletivo.

 

Também orientou quanto as responsabilidades quando o bullyng é detectado na instituição e quais os procedimentos legais a seguir que se inicia com o trabalho que envolva funcionários, educandos e comunidade. 

O gestor deve ter claro sobre a importância de comunicação entre a família do agressor para que o mesmo tome as devidas providências cabendo ao gestor o monitoramento do caso, se os responsáveis legal não tomarem providencias cabe a ONG informar as orgãos competentes de forma documental para se prevenir contra um futuro processo jurídico.

Mais informações:

QUANDO PARTIR...

QUANDO EU PARTIR
NÃO LAMENTE MINHA AUSÊNCIA
NEM TÃO POUCO
SE DEIXE LEVAR
PELAS LÁGRIMAS

LEMBRE-SE
DA PESSOA QUE FUI
O QUE REPRESENTEI
DE TUDO DE BOM
QUE CONQUISTEI

NÃO SEJA COMO 
OS HIPÓCRITAS
QUE PARA MOSTRAR 
SENTIMENTOS
AUSENTES,
LAMENTAM.
FORJANDO LÁGRIMAS

APENAS LEMBRE-SE
DO QUÃO ESPECIAL FUI
SE FUI
POR SIMPLESMENTE
TER SIDO
ÚNICO
COM TODOS OS MEUS DEFEITOS
QUALIDADES
E FEITOS.


SP. 29/04/11.


marcondysfranc@gmail.com





APRENDI COM O TEMPO

APRENDI COM O TEMPO
QUE A VIDA
SE ENCARREGA
DE NOS CONDUZIR

QUE POR MAIS QUE TENTAMOS
TER CONTROLE
O DESTINO SEGUE
SEU PRÓPRIO RUMO

QUE POR MAIS QUE DECLARAMOS
NOSSA FÉ
AINDA NOS FALTA FORÇAS
PARA SEGUIR ADIANTE
QUE QUANDO PENSAMOS
EM DESISTIR
QUE É O FIM
O SOL APARECE NO HORIZONTE
ANUNCIANDO
QUE O MUNDO NÃO PARA
PARA ESPERAR
UMA REAÇÃO NOSSA

QUE AMORES NASCEM
E TAMBÉM MORREM
A TODO MOMENTO.

QUE AS PESSOAS
NAS QUAIS CONFIAMOS
SÃO TÃO FRÁGEIS
QUANTO NÓS
NOS DECEPCIONAM
E SE DECEPCIONAM
COM NOSSA ATITUDES
NINGUÉM É PERFEITO

QUE PERDOAR
É MAIS DIFÍCIL
QUE JULGAR
E QUE ESSES JULGAMENTOS
NEM SEMPRE SÃO JUSTOS

QUE CONSCIÊNCIA
É NUNCA ESQUECER
QUE TODO ATO
TEM CONSEQUÊNCIA

QUE QUE PERDE TUDO
NEM SEMPRE ESTA
SOZINHO
ESTÁ SÓ
NEM SEMPRE É
SINÔNIMO DE SOLIDÃO
E QUE SOLIDÃO MALTRATA
MESMO OS CERCADOS
POR MULTIDÕES.

QUE CALAR
MUITAS VEZES
É PRECISO
VALE MAIS QUE EXPRESSAR
TODA A INDIGNAÇÃO

QUE NUNCA
ESTAREMOS COMPLETOS
QUE A FELICIDADE
NÃO É PLENA
É APENAS MOMENTOS
MAS QUE DEVE
SE APROVEITAR
COM TODA INTENSIDADE

QUE O TEMPO
PASSA
VOA
NÃO PERDOA
E QUE A CADA DIA
DESDE DO NOSSO
NASCIMENTO
MORREMOS AOS POUCOS.

SP, 29/04/11

marcondysfranc@gmail.com

DESIGUAL

HOJE ACORDEI
SOZINHO, SÓ...
OLHEI
PARA O OUTRO LADO
DA NOSSA CAMA
E RECORDEI-ME
DOS SONHOS
QUE JUNTOS
TANTO PLANEJAMOS

MAS ESTOU SÓ
E SÓ
TEREI QUE CONTINUAR
SEGUIR
OS SONHOS REALIZAR

ME ABRACEI
COM O TEU TRAVESSEIRO
E TEU CHEIRO
AINDA ESTAVA LÁ
ME FAZENDO
RECORDAR
A TUA PELE
MACIA
TÃO CLARA

SENTI AOS POUCOS
MINHAS LÁGRIMAS
ACARICIAREM
MINHA FACE
SOFRIDA
POR UMA DOR
SENTIDA
SEM SOLUÇÃO

ÉRAMOS FELIZES
SEM IMAGINAR
QUE O FIM
DO NOSSO AMOR
QUE JULGÁVAMOS
TÃO GRANDE
UM DIA
PUDESSE TERMINAR
DE FORMA
TÃO PEQUENA

DESEJARIA
QUE O AMOR
FOSSE
COMO A PAIXÃO
QUE INICIA
NUMA EXPLOSÃO
ATINGINDO
AOS DOIS
POR IGUAL

O AMOR
É CRUEL
DESIGUAL
ENQUANTO UM AMA
O OUTRO
SE ENVAIDECE
SEGUE COM SEU EGOÍSMO
SEM CULPA
SEM OLHAR PARA TRÁS
PRA NÃO PERCEBER
O RASTRO
DE DESTRUIÇÃO
SOFRIMENTOS
E MAL.

marcondysfranc@gmail.com

ASSIM SURGIU O DIA DAS MÃES


Oficialmente há um relato que uma jovem norte-americana chamada ANNA JARVIS, ao perder sua mãe, para não entrar em profunda depressão, com ajuda de algumas amigas resolveu presta uma homenagem, a sua falecida mãe, para celebrar a vida com uma grande festa impedindo que a memória de sua mãe fosse esquecida.

Dai surgiu a idéia de transformar a data em uma data oficial no calendário americano e mais tarde sendo copiada por vários outros países. No Brasil o dia das mães é comemorado oficialmente desde de 1932 e até hoje é considerada uma das datas mais lembradas no calendário de comemorações


DIA DAS MÃES

Quando todos se preparam para comemorar o dia das mães, data esta entre tantas outras que já adquiriu um caráter de extremo consumo desfigurando sua verdadeira função social.

É preciso parar e refletir na importância da figura da mãe na criação do filho, onde sua companhia é essencial para  a formação do seu caráter. O bom relacionamento entre mãe e filhos depende do amor, da atenção e do cuidado que a mãe direciona a seus filhos.

São as mães que geralmente transmitem a seus filhos valores e ensinamentos que os mesmos levarão consigo por toda vida e que certamente reproduzirão na vida adulta.

Atualmente com as grandes transformações no mundo, a mãe tem que conciliar o papel de mãe com os vários outros que exerce ao longo do dia, pois esta mulher neste novo contexto não é mais apenas intitulada "a rainha do lar", dividindo esse título com tantas outras funções que a circunstâncias imposta pela vida e por este novo mundo globalizado.

Se antes a mulher era instruída para apenas cumprir o papel de administradora do lar, mãe e esposa, agora se desdobrar em muitas outras funções para atender as demandas e  muitas vezes assumir o papel que antes era exercido pelo homem na família. Essa nova realidade, na qual a mulher tem que se ausentar do lar para assumir uma colocação no mercado de trabalho, gerando renda para família, fez com que essa mãe, não encontre o tempo necessário para acompanhar o desenvolvimento de seus filhos.

A data do dia das mães é de certa forma um bom pretexto para proporcionar o estreitamento entre a distância que a vida cotidiana tem estabelecido ente mãe e filhos. Não podemos deixar de nos lembrar qual o verdadeiro motivo pelo qual esta data foi criada e repassar a essa nova geração que apenas foca o presente como o grande benefício da data, porém esquecem que o dia das mães é um dia para ser relembrado valores, como amor, carinho e respeito.

abril 19, 2011

ATÉ QUE PONTO VAI A MALDADE HUMANA?!

Quantas vezes nos deparamos com notícias na tv,nos sites ou publicadas em jornais e revistas que nos causam espanto quanto a crueldade e a frieza do ser "humano" se é que assim o podemos considerar.

Há doze dias fomos supreendidos ao ligar a televisão e ser-mos involuntariamente conduzidos a assistir a verdadeiras cenas de horror protagonizada por um louco, que prefiro nemmencionar o nome, que entra em uma escola pública Tarso da Silveira em Realengo,no Rio de Janeiro e dispara alheatoriamente na direção de crianças e adolescentes, resultando em 12 mortos e vários feridos.


Não só o Brasil como o mundo se emocionou e assistiu perplexamente ao massacre dos alunos e o desespero dos sobreviventes em busca de socorro,como também a indignação de pais, amigos e anônimos que custavam em crê no que estava ocorrendo.

Este fim de semana fui suprendido com a história de Burne um filhote de pit bul de apenas três meses que fora encontrado por dois irmãos, abandonado num terreno baldio em Jaguariúna-SP . Talvez vocês possam está pensando: "milhares de animais são abandonados todos os dias", mas neste caso a crueldade do homem, este que se diz ser humano racional, foi tão grande que me causou espanto, que me remeteu a comparar ao caso das crianças e adolescentes assassinadas e feridas no Rio de Janeiro.

O pobre cachorrinho foi encontrado agonizando com queimaduras pelo corpo, queimadura estas que causaram ao pobre animal uma deformidade em sua face.

Agora pergunto a vocês meus caros leitores: Uma pessoa que tem a coragem de fazer um ato de tamanha crueldade contra um animal indefeso, não seria capaz de atentar contra a vida de outro ser humano?
Qual diferença há entre a dor de uma pessoa para de um pobre animal?

Se maltratam o animal por pertencer a uma certa raça, imaginem se agora agente classificar as pessoas por etnias, antes consideradas raças, e sair-mos praticando a intolerancia e o despeito a vida, assim como a história nos relata, com o grande massacre de judeus na Alemanha nazista.

Eis aqui um assunto para repensar, ou seja, até que ponto podemos ser considerados racionais.

abril 13, 2011

MENINOS DE RUA (elenco)

A remontagem do texto Meninos de Rua de Marcondys França encenado originalmente em 1991 pelo grupo Cultura Jovem de Mataraca, recebe nova adaptação e é encenada pelas criaças e adolescentes do CPCA São Benedito.

Elenco confirmado,ensaio a todo vapor para a apresentação que será apresentada no C.P.C.A São Benedito ainda com data indeterminada devido a atraso na agenda por causa do surto de conjutivite.

Elenco: Turma Manhã
Luiz Ricardo
Gabriele Santile
Samira Oliveira
Ian Dennis
Brenda Lima
Mayara Moraes
Natália Gabriele

Participação Especial:
Jeferson Oliveira

abril 07, 2011

LEMBRAR É REVIVER! CPCA 2008

Naira Alves e Guto (Rei e Ranha da Primavera 2008)

Leandro e Ágata Oliveira (Rock Anos 60)

Lágrimas de Mãe - Edigar (Júlio)

Mãe Sempre Mãe - Gaby (Amanda Rosa)

Mãe Sempre Mãe - Cátia (Ione) e Gaby (Amanda Rosa)

Mãe Sempre Mãe - Ivan (Kaique), Kátia (Ione) e Nice (Jenefer)

Lágrimas de Mãe (Pedro Henrique e Júlio)

Mãe Sempre Mãe - Nice e Gaby (Jeneffer e Amanda Rosa)

Lágrimas de Mãe - Sr. Barbosa (Matheus Shoukat)

Lágrimas de Mãe - Ritinha (Ágata Almeida)

Lágrimas de Mãe (Matheus,Ágata e Júlio)

O Pequeno Engraxate (Júlio e Paloma)

O Pequeno  Engraxate (Jefferson Oliveira)

Lágrimas de Mãe - Sr. Barbosa e Dona Mariquinha (Matheus e Cauane)

O Pequeno Engraxate (Paloma e Laércio)

O Pequeno Engraxate (Pedro, Matheus e Ágata)

Casamento no Arraiá (Jenefer)

Casamento no Arraiá - Zé Pinga (Everton Oliveira)

Casamento no Arraiá (Jeferson e Chaiévelym)

Casamento no Arraiá (Matheus, Chaiévelym e Jeferson)

A PAIXÃO DE CRISTO


A MAIOR HISTÓRIA DE TODOS OS TEMPOS É RECONTADA NO CCA SÃO BENEDITO JABAQUARA.

Para montar A Paixão de Cristo texto inspirado na biblía sagrada, tivemos que mobilizar todo o núcleo para produzir um grande espetáculo que viria emocionar ao público.

Nossas crianças e adolescentes não deixaram a desejar, deram vida as principais persornagens que emocionaram a todos que estiveram presentes para prestigiar a esta grande montagem.

O PRAZER DA RELEITURA DE UM GRANDE SUCESSO

É super prazeroso para mim ter a oportunidade de remontar um texto que foi um grande sucesso no início da década de 90 e que projetou o Grupo Cultura Jovem de Mataraca. É satisfatório dirigir este novo elenco do CPCA São Benedito e reviver toda aquela insegurança de um grupo que está iniciando-se artisticamente e se descobrindo através da arte.

A peça Menino de Rua escrita em 1990 é tão atual com a realidade que convivemos hoje que poucas adaptações foram precisas.

Desta vez o elenco é formando com crianças e adolescentes entre 8 e 12 anos o que dá uma caracteristica muito diferenciada da montagem original de 1991. E para mim como diretor desta montagem é muito gratificante vê as personagens ganharem vidas, sobre uma nova concepção de mundo, de interpretação.

Sinto-me agraciado, por que não dizer homenageado 21 anos depois de escrito esta peça, Menino de Rua.


abril 06, 2011

SE AMANHÃ



 SE AMANHÃ...

EU ENCONTRAR

AS PORTAS FECHADAS

E IMAGINAR

QUE TUDO

QUE ACREDITO

COMO VERDADES

ESTÃO ERRADAS

TENTAREI

NÃO ME DESESPERAR


QUANDO DESAMPARADO

PROCURAR POR AMIGOS

E NÃO ENCONTRAR

LEMBRAREI

QUE NÃO ESTAREI SOZINHO

QUE LÁ NO ALTO

HÁ UM AMIGO

QUE NÃO ME ABANDONA

NUNCA


QUE SEGUE FIRME

ME CONDUZINDO

POR MEU CAMINHAR

E QUANDO CANSADO

QUASE SEM FÉ

FRACO

A PONTO DE DESISTIR

ME ESTENDES AS MÃOS

E ME LEMBRA

QUE AINDA ESTÁS COMIGO


ÉS VERDADEIRO

ME ACEITAS COMO SOU

ME AJUDA

COM A MINHA CRUZ

NÃO RECLAMAS

ME OUVE

ME ENVOLVENDO

COM SUA LUZ

EM NENHUM SÓ MINUTO

DESCUIDA

É O MEU MELHOR AMIGO

JESUS!

QUE ACONTECE?

QUE ACONTECE

NÃO SEI

TALVEZ,

NUNCA SABEREI

ESSA VONTADE

ME ENTREGAR

MERGULHAR DE CABEÇA

PRA DEPOIS RECUAR


QUE JEITO É ESSE

DE SE ENVOLVER

CONSTRUINDO

TODA ESSA DEFESA?

PURO MEDO

DE SOFRER

SER INTEIRO

AINDA QUE LIGEIRO

E LOGO TERMINAR

ESTRAÇALHADO

SEGUIR

JUNTANDO OS PEDAÇOS

DONO DO QUE RESTAR

MESMO QUE NÃO

SE ENCAIXE

APENAS TENTAR


SE ENVOLVER

NOS BRAÇOS

SEM SENTI O CALOR

DO ABRAÇO

QUEIMAR NA FOGUEIRA

DA SEDUÇÃO

BRINCAR COM SENTIMENTOS

SEM MACHUCAR

O CORAÇÃO


SER O QUE NÃO SOU

SÓ PRA NO FINAL

DIZER:

SIM, VIVI

MESMO QUE NÃO TENHA SIDO POR AMOR

SORRI

CHOREI

ME CONVENCI

NÃO HÁ QUEM

PASSE POR ESSA VIDA

SEM CONHECER

O AMOR

A DOR.

QUE NÃO

UM AMOR DE VERDADE...

TODOS SONHAM

COM UM AMOR

DE VERDADE

DAQUELES

PURO...

E VERDADEIRO


MAS AMORES ASSIM

SÃO PUROS

ATÉ NÃO CONHECEREM

SENTIMENTOS COMO:

CIÚMES,

FELICIDADE,

DECEPÇÃO,

SAUDADE,

PAIXÃO,

PRAZER...


TUDO INVENÇÃO

DO CORAÇÃO

O QUE É REAL

É A VERDADE

E DÓI


O MESMO AMOR

QUE CONSTRÓI

EM NÓS

SENTIMENTOS

TAMBÉM DESTROI


E AQUELE AMOR PURO

TORNA-SE INSEGURO

A PUREZA FOI CONTAMINADA

QUANTO O VERDADEIRO

MOSTRA SUAS FACES

TEM TANTOS DISFARCES!

E NEM SEMPRE

ESSE TAL AMOR

NOS TRÁS AQUILO

QUE SE DESEJA.

FUGA

QUERO FUGIR
PRA QUALQUER LUGAR
TRANFORMAR
NÃO SENTIR VONTADE DE VOLTAR
QUERO SER
O QUE NÃO FUI
CONSTRUIR
DE QUALQUECR JEITO
SEM REFLETIR
QUE ANTES JÁ FOI FEITO
ENCONTRAR
SEM ME ILUDIR
RECOMEÇAR SEM INSISTIR
VIVER
EXISTIR
SER
SEM FINGIR
ENCONTRAR
E NÃO MAIS PROCURAR
ENFRENTAR
SEM RENEGAR
ASSUMIR
DEPOIS...
FUGIR

abril 05, 2011

MARIA, BENDITA ENTRE AS MULHERES (Texto deTeatro)

MARIA, BENDITA ENTRE AS MULHERES

De: Marcondys França

MARIA ANA (Mãe de Maria)

JOAQUIM (Pai de Maria)

JOSÉ

GABRIEL (Anjo)

ZACARIAS ISABEL (Prima de Maria)

MARIA MADALENA

HERÓDES

GASPAR

BELCHIOR

BALTAZAR

PEDRO HOMEM

SENHORA JESUS


CENA I

JOAQUIM:
- É uma grande honra recebe - lo em nossa humilde casa José.
JOSÉ: - Eu é que sinto-me honrado.

JOAQUIM: - O que eu e minha esposa Ana, esperamos de você José, é o respeito e amor por nossa filha Maria.

JOSÉ: - Não tenham dúvidas do meu respeito e também do meu amor por Maria.

JOAQUIM: - Se pudéssemos oferecer um dote melhor...

JOSÉ: - O que me trouxe aqui não foi o dote, mas o amor que já sinto por Maria. JOAQUIM: - Muito me alegra ouvir isto José. (Entra Maria)

JOSÉ:
- Desejo Maria como minha esposa... Isto é, se for do seu agrado. (Olhando para Maria) Prometo respeitá – la e amá – la assim como é respeitada aqui em casa de seus pais. JOAQUIM : - Se depender da minha palavra, nosso trato será cumprido. Minha filha que era apenas sua prometida passará a ser sua esposa. Creio que será por ti tratada com tal zelo.
JOSÉ: -Tens a minha palavra. (Dirige – se a Maria) Espero que estejas tão feliz quanto eu Maria. (Retira uma miniatura de mesa da bolsa) Maria... Fiz para ti... (Entrega miniatura de mesa) É apenas um símbolo. Representa o inicio da nossa casa e logo a família que construiremos juntos.

MARIA: - É uma grande honra para mim meu senhor.

JOSÉ: - Sem formalidades Maria. Me chame apenas de José.

MARIA: - José.

JOSÉ: - Bem, já é tarde. Não quero abusar de vossa hospitalidade.

JOAQUIM: - Eu lhe acompanho.

JOSÉ: - A paz reina convosco!

ANA: - Amém! Que Deus o acompanhe. (Sai José e Joaquim) Filha és uma jovem de sorte. José é um bom homem. Será para ti um bom marido.

MARIA: - Creio que sim, minha mãe.

ANA: - Vamos nos recolher... Já é tarde.

MARIA: - Sua benção, minha mãe.

ANA: - Que Deus a abençoe minha filha.

MARIA: - Ficarei aqui mais um pouco cozendo e logo irei me recolher.

ANA: - Não demore muito. Amanhã levantaremos cedo. Boa noite filha.

MARIA: - Boa noite mãe. Ana sai. (Maria costura quando é surpreendida por um incontrolável sono. Entra Gabriel).

CENA II

GABRIEL: - Que a paz reine em seu coração! Alegra-te Maria. Deus está contigo.

MARIA: - Quem é você?

GABRIEL: - Não temas Maria. Sou Gabriel, o anjo enviado pelo Senhor teu Deus.

MARIA: - Anjo! Mas por que Deus enviaria um anjo para me visitar?

GABRIEL: - Por que foste escolhida. És bendita entre as mulheres, e darás a luz a filho de Deus.

MARIA: - Eu?

GABRIEL: - Sim, você Maria. Esperas um filho que é filho do Senhor teu Deus. MARIA: - Não é possível.

GABRIEL: - Não crê?

MARIA: - Estou confusa.

GABRIEL: - Imagino que sim. E compreendo. Mas Deus sabe o que faz. Já sabe o que aconteceu com tua prima Isabel?

MARIA: - Isabel? Não.

GABRIEL: - Espera um filho.

MARIA: - Minha prima Isabel já tem idade avançada...

GABRIEL: - O que parecia impossível aos olhos dos homens, aconteceu.

MARIA: - Não compreendo.

GABRIEL: - Para Deus nada é impossível. Mesmo sendo tua prima Isabel estéril, foi agraciada e em breve dará a luz a um belo varão.

MARIA: - Que me dizes?

GABRIEL: - Isto mesmo que acabaste de ouvi.

MARIA: - É um milagre! Fico feliz por Isabel. É maravilhoso! Mas, comigo é diferente.

GABRIEL: - Teu filho também será diferente, Maria. Virá para o cumprimento das profecias.

MARIA: - Mas... Eu nunca estive com um homem.

GABRIEL: - Seu filho não será filho de um homem comum, será filho de Deus.

MARIA: - Sou apenas uma serva. Por que Deus escolheria a mim?

GABRIEL: - Teu filho irá reinar sobre todos os povos e seu reinado será para sempre.

MARIA: - Não pode ser... Como é possível? Eu, mãe do salvado?

GABRIEL: - Não te aflijas Maria, a glória de Deus te cobrirá. (Põe a mão na barriga de Maria) Basta apenas confiar no Senhor teu Deus.

MARIA: - Meu Deus! Se esta é a vontade do meu Senhor... Que seja feita assim a vontade do meu Deus.

GABRIEL: - Que a paz reine convosco! (O anjo sai e Maria num sono profundo)

CENA III

JOAQUIM: - Maria... Maria... Ana?

ANA: - O que está acontecendo Joaquim?

JOAQUIM: - Maria.

ANA: - Que houve com Maria?

JOAQUIM: - Estranho. Está num sono profundo! Não acorda.

ANA: - Como não acorda? Maria? Maria... Minha filha...

MARIA: - Mãe? Pai?

ANA: - Graças a Deus!

JOAQUIM: - Que houve filha?

ANA: - Estas sentindo alguma coisa?

JOAQUIM: - Sente-se mal?

MARIA: - Espero um filho...

JOAQUIM: - Desonra! Desonra... Nossa família será amaldiçoada. É uma desonra!

ANA: - Calma homem!

JOAQUIM: - Como posso ter calma? Minha filha diz que está desgraçada e você me pede pra ficar calmo!

ANA: - Deve haver uma explicação.

JOAQUIM: - Que explicação poderá haver numa situação dessas, se não a vergonha...

ANA: - Não se exalte meu marido.

JOAQUIM: - Quem foi o crápula? Quem? Foi ele. Ele... José. Só pode ter sido. Foi José. Nos enganou. Por isso veio até nossa casa pedir a mão de nossa filha. Já haviam estados juntos. Maria, você nos traiu, minha filha. Vocês traíram nossa confiança.

ANA: - Maria...

MARIA: - Não traí a confiança de ninguém, meu pai. E mesmo assim trago em meu ventre um filho.

JOAQUIM: - Não sabes qual o destino de uma mulher adultera? Não sabes a vergonha que caíra sobre nossa casa... Da humilhação que é a luxuria de uma filha para seus pais.

ANA: - Calma Joaquim.

MARIA: - Meu pai, não sou nenhuma adultera. Nunca, jamais, estive com um homem. Acredite em mim.

JOAQUIM: - E ainda fala como se fosse pura. Como se desconhecesse as leis da natureza! Não há e nunca houve filho sem pai.

ANA: - Maria, minha filha... Se fizeste algo de errado... Por pior que seja... Diga-nos.

MARIA: - Sou apenas uma escrava de Deus, e Ele é o pai do meu filho. Pai... Mãe... Aconteceu um milagre com Isabel. Como explicam a gravidez de Isabel?

JOAQUIM: - Isabel não pode ter filho!

MARIA: - A não ser por obra e graça de Deus.

ANA: - Ouça homem... Tenha fé. Fé em nosso Deus e confiança em nossa filha. Maria não é de mentir. Vejo em seu olhos... Maria é pura. Fala a verdade.

JOAQUIM: - Pura com um filho no ventre...

MARIA: - Deus opera milagres, e não deveria duvidar de seu poder. Foi o senhor mesmo que me ensinou a confiar em Nele.

JOAQUIM: - Só há um jeito de saber se o que dizes é verdade.

ANA: - Que estas a pensar?

JOAQUIM: - Temos que saber de Isabel. Vai ter com sua prima em Judá, saber do seu estado, e fica por lá por algum tempo.

ANA: - Em seu estado é perigoso ficar aqui minha filha.

MARIA: - Irei arrumar minhas coisas. (Sai)

ANA: - Tenha paciência Joaquim.

JOAQUIM: - Ana, o que está acontecendo conosco? O que significa isto?

ANA: - Acalma teu coração Joaquim. A resposta virá de Deus. (Sai) (Joaquim e Maria atravessam o deserto rumo as montanhas em Judá)

CENA IV

JOAQUIM:
- A paz esteja convosco!
ZACARIAS: - Amém! Entrem... Joaquim é imprudência enfrentar o frio e os perigos do deserto.

JOAQUIM: - Zacarias...

ZACARIAS: - Mas sejam bem vindos.

JOAQUIM: - Então agora podemos respirar sossegados. Enfim chegamos a nosso destino.

ZACARIAS: - A que devo a honra dessa visita?

JOAQUIM: - Maria precisava ter com Isabel.

ZACARIAS: - Aqui estamos. Surpresos, porem felizes!

ISABEL : - Que bom que vieram... Não sei mais o que fazer. Ele está muito fraquinho.

MARIA: - Posso? (Pega o bebê no colo)

ISABEL: - Claro! (Música) Zacarias... Zacarias! Veja, Maria curou nosso filho.

ZACARIAS: - Louvado seja a Deus!

MARIA: - Não fiz nada!

ISABEL: - Seu toque curo-o

JOAQUIM: - Filha!

MARIA: - Meu pai... Não sei o que aconteceu. Não fiz nada!

JOAQUIM: - Que Deus tenha misericórdia de mim. Todo o tempo duvidei de ti. Que posso fazer se não te pedir perdão. (Se ajoelha)

MARIA: - Não meu pai, por favor, não faça isso.

JOAQUIM: - És virtuosa! O tempo todo disseste a verdade e eu duvidei de ti.

MARIA: - Não o culpo. Não sei se também acreditaria.

JOAQUIM: - Maria está grávida.

ZACARIAS: - Maria já foi desposada?

JOAQUIM: - Não. Carrega em seu ventre o filho de Deus.

ISABEL: - Foste agraciada aos olhos de Deus. És bendita entre as mulheres!

JOAQUIM: - Peço-lhes que acolham Maria em vossa casa. Tenho que voltar e ter com José uma conversa... Conversa essa que será muito difícil.

ZACARIAS: - Vai em paz, meu caro Joaquim. Aqui Maria ficará bem acolhida. Cuidaremos de Maria como se fosse nossa filha.

ISABEL: - Fique tranqüilo, aqui Maria ficará bem.

JOAQUIM: - Filha fica com Deus!

MARIA: - Meu pai... Não tenhas medo. O senhor nosso Deus o acompanhará e colocará em tua boca as palavras necessárias para convencer José.

JOAQUIM: - Assim espero minha filha. (Saem)

CENA V

(José serra uma madeira)

JOSÉ: - Joaquim?

JOAQUIM: - Não precisa se incomodar com minha presença José. Continue seu trabalho.

JOSÉ: - O senhor parece transtornado. Aconteceu alguma coisa com Maria?

JOAQUIM: - Maria deixou a cidade.

JOSÉ: - Deixou a cidade? Por que? Pra onde foi?

JOAQUIM: - No começo duvidei... Pensei até... Afinal, com as bodas acertadas... Duvidei de você. Mas agora não tenho nenhuma dúvida. Nem de você, ou de minha filha Maria.

JOSÉ: - Não estou entendendo.

JOAQUIM: - Maria carrega um filho abençoado.

JOSÉ: - Um filho? Que estás a me dizer?

JOAQUIM: - José... Maria trás em seu ventre um menino e este é o filho de Deus.

JOSÉ: - Que conversa é essa? Maria grávida? Não posso crer! Por que? Por que Maria fez isso comigo, por que?

JOAQUIM: - Eu não sei... Entendo que é confuso e que parece loucura. Todos fomos pegos de surpresa!

JOSÉ: - Espera um filho e não sabe quem é o pai? Sua filha me enganou. Maria. Traiu a minha confiança.

JOAQUIM: - Não. Não diga isso! O filho que Maria espera é filho de Deus.

JOSÉ: - Ta variando!

JOAQUIM: - Sei que é difícil de acreditar... Mas confie em mim, nas minhas palavras. Pelo amor que sente por Maria.

JOSÉ: - Amo Maria mais que tudo nesta vida.

JOAQUIM: - Graças a Deus! Então peço-te que acredite.

JOSÉ: - Sinto muito. Mais não posso!

JOAQUIM: - Suplico-te! Tenha compaixão.

JOSÉ: - Nada que o senhor me diga... Nenhum motivo ou razão... Me fará acreditar nesta história tão extraordinária. Isso não pode está acontecendo comigo.

JOAQUIM: - José, não vou lhe pedir para acreditar. Apenas te suplico... Não denuncie Maria. Sabe o que acontecerá se todos souberem...

JOSÉ: - Não sou cruel ou indigno. Não a denunciarei. Já será difícil para Maria viver por ai... Errante, sem marido e com um filho em seu ventre.

JOAQUIM: - Obrigado. És um bom homem. És justo.

JOSÉ: - Nunca mais pronunciarei seu nome. (Joaquim sai) Maria! Por que? Como queria está neste momento embriagado... Quem sabe assim meus ouvidos não obrigados a escutar tamanhas ofensas que ferem a dignidade de um homem. Por que não tens piedade de mim meu Deus? O que sou pra ti? Nada? (Bate uma sonolência. Entra Gabriel).

GABRIEL: - José... Ousa. Crê em Maria. Deus está com ela. Não temas em recebê-la como sua esposa. Maria é digna de seu amor e de sua confiança. Foi agraciada e é bendita entre as mulheres, por isso foi escolhida para gerar em seu ventre o filho de Deus, o Messias que salvará o mundo do pecado. Cria teu filho e dar-lhe o nome de Jesus! Jesus... (Põe a mão na cabeça de José que cai em pleno sono)

CENA VI (Joaquim entra eufórico)

JOAQUIM:
- Ana?... Ana...
ANA: - Que foi Joaquim? Aconteceu algo com Maria?

JOAQUIM: - Sim aconteceu.

ANA: - Meu Deus!

JOAQUIM: - Calma mulher! Acalma teu coração. José também recebeu a visita de um anjo.

ANA: - Louvado seja Deus!

JOAQUIM: - E o anjo o convenceu de que nossa filha Maria é pura. ANA: - Então...?

JOAQUIM: - Está convicto de que a gestação é obra de Deus. José irá desposar nossa filha.

ANA: - Deus é maravilhoso! Nunca abandona os seus.

JOAQUIM: - Maria, nossa filha... Bendita entre as mulheres!

ANA: - Mãe do filho de Deus, o Messias. (Saem abraçados)

CENA VII

JOSÉ: - Que a paz esteja entre nós.

ZACARIAS: - Entre nós está.

JOSÉ: - Sou José. Vim buscar Maria.

ZACARIAS: - Já o esperávamos.

ISABEL: - Seja bem vindo José. Vou chamar Maria. (Sai)

JOSÉ: - Muito lhe agradeço.

ZACARIAS: - Por favor entre.

JOSÉ: - Agradeço a hospitalidade.

ZACARIAS: - És bem vindo José. (Entra Maria e Isabel)

MARIA: - José.

JOSÉ: - Maria...

ZACARIAS: - Acho que teem muito pra conversar... Vamos Isabel. (Saem)

JOSÉ: - Maria, tenho que ir para Belém.

MARIA: - Belém?

JOSÉ: - Devo voltar para cidade onde nasci. Haverá um censo e devo me apresentar.

MARIA: - Irei com você José. Se assim desejar.

JOSÉ: - É meu desejo. Mas não é conveniente viajar no estado que se encontras.

MARIA: - É você nasceu em Belém. Será contado como filho de Belém. Sou sua esposa agora, serei contada como tal. Temos escolha?

JOSÉ: - Não. Não temos escolha.

MARIA: - Então leve-me contigo. Onde o senhor, meu marido, for... Eu o acompanharei.

JOSÉ: - Muito me alegra Maria, saber que estás disposta a me acompanhar... Porém me preocupa está criança que trazes em teu ventre.

MARIA: - É o filho de Deus! Deus proverá.

JOSÉ: - Eu sei. Então nos despediremos de Zacarias e Isabel e logo ao amanhecer partiremos. (Saem)

CENA VIII

(Maria dar luz a caminho de Belém)

MARIA: - José... É chegado a hora!

JOSÉ: - Calma Maria! (Ouve o chora de criança. José ergue o menino) Eis o filho de Deus!

CENA XIX

(O anjo aparece)

GABRIEL:
- Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade! Não temais, por que eis que vos trago boas novas de grande alegria, que será para todo os povos. Na cidade de Davi, nasceu o salvador, que é o Cristo, o Senhor. E isto vos servirá por sinal, basta apenas seguir a estrela: Achareis o menino envolto em panos, deitado numa manjedoura.
CENA X

(Os três reis magos atravessam o palco) CENA XI

GASPAR: - Onde está aquele que é rei dos judeus? Por que vimos a estrela no oriente, e viemos adorá-lo.

HERÓDES: - Então nasceu o menino? A profecia se cumpriu... E vocês seguiram a estrela, que é o sinal...

BELCHIOR: - Cumpriu-se a profecia.

BALTAZAR: - Nasceu o rei dos reis.

HERÓDES: - O rei dos judeus! Ide e perguntai pelo menino e, quando o encontrar, me informe, para que eu Herodes também o adore. E vós serão bem recompensados. (Saem os reis magos) Rei dos Judeus! (Com raiva) Conhecerá o peso das minhas mãos.

CENA XII

GASPAR: - Quando encontramos o menino e o adorá-lo temos que protegê-lo.

BELCHIOR: - Herodes trama contra a vida do salvador.

BALTAZAR: - Devemos retornar por outro caminho.

GASPAR: - Tem razão Baltazar. Vamos... Devemos seguir o brilho da estrela. (Saem)

CENA XII

(Entra o menino Jesus correndo, tropeça, se machuca)

JESUS: - Mãe!
MARIA: - Jesus... Oh, meu filho!

JESUS: - Mãe... Está doendo.

MARIA: - Calma meu filho. Logo passará. Vamos... Cuidarei disso. (Saem)

CENA XIII

HOMEM: - Seu nome é Jesus...

SENHORA: - É este que dizem ser o filho de Deus? O Messias?

HOMEM: - Andou pela Galiléia, Judéia, Canaã, Jerusalém... Curando enfermos e operando vários milagres. Uma multidão já o acompanha.

SENHORA: - É não se fala em outra coisa por toda cidade a não ser em Jesus.

HOMEM: - Meu medo é o que possa acontecer com este santo homem. Muitos interesses estão jogo. Há muitos poderosos interessados na morte de Jesus.

SENHORA: - Mas se é o filho de Deus...

HOMEM: - Nem o filho de Deus está protegido contra a inveja, que é a pior das maldades humana. (Saem)

CENA XIV

MADALENA: - Maria...

MARIA: - Madalena... Que houve?

MADALENA: - Prenderam Jesus.

MARIA: - Meu Deus! Meu filho...

MADALENA: - Será julgado em praça pública. Não dizes nada?

MARIA: - O que dizer Madalena? Se assim está escrito. Está se cumprindo as profecias.

MADALENA: - Não entendo... Por que tem que ser assim?

MARIA: - Por que Jesus é o Messias, o filho de Deus.

MADALENA: - E seu filho.

MARIA: - Meu filho.

MADALENA: - Vamos Maria...

MARIA: - Só peço a Deus forças para suportar ao assistir o martírio do meu filho.

MADALENA: - Deus proverá. E eu, estarei ao seu lado.

MARIA: - Obrigada Madalena. (Chora) Obrigada. Deus estará conosco.

MADALENA: - Assim seja. (Saem)

CENA XV

JUDAS:
- Amaldiçoados serei por todas as gerações. Meu nome será sempre lembrado... Judas Escariotes o discípulo que traiu o filho de Deus! Por doze moedas eu trai Jesus! (Joga as moedas no chão) Maldita ganância! Maldita inveja! (Coloca uma corda no pescoço) Inveja que custou a vida de um homem inocente. (Se enforca)
CENA XVI

(Ouve-se o cantar do galo)

PEDRO: - Que fiz? Jurei fidelidade ao Mestre, mas na hora em que mais precisou, eu o reneguei. Reneguei meu senhor... Covarde! É isso que sou. Indigno do perdão. Jesus... Meu mestre, humilhado e crucificado por todos nós... Eu... Que vi com meus próprios olhos todos os seus milagres, ainda fui capaz de renegar. (Sai)

CENA XVII

(Foco em Jesus que está crucificado)

MARIA: - Não... Não... Não... Jesus! Jesus... Meu filho! Meu filho...

(Alguns homens tira-o da cruz e o carrega e coloca-o no colo de Maria. Música)

CENA XVIII

MADALENA: - (Chorando) Agora nem o corpo dele esta aqui; onde o pusseram? JESUS: - Mulher, por que choras? A quem procuras?

MADALENA: - Se tu o tiraste, dize-me, onde o puseste? (Se levanta)

JESUS: - Maria Madalena!

MADALENA: - Mestre! (Se ajoelha)

JESUS: - Não vos assustei... Eis que teu Mestre esta vivo, ressuscitou dentre os mortos. Agora ide e dizei aos discípulos que na Galiléia eu estarei convosco.

MADALENA: - Cristo vive! Ele ressuscitou! Jesus está vivo... Vivo! Crê nisto? Bem aventurados os que crêem, por que destes será o reino do céu.

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