novembro 14, 2011

O BRINCAR E A BRINCADEIRA SEGUNDO JEAN PIAGET


Jean Piaget (1896- 1980), nasceu na cidade de Neuchâtel (Suiça), psicólogo, biólogo e educador, seus estudos contribuíram para a educação e no processo ensino aprendizagem.

Especializou-se em psicologia evolutiva e também nos estudo da epistemologia genética, a qual é definida como: Uma reflexão sobre os métodos empregados na Ciência. Ela é sem dúvida uma das principais contribuições ao entendimento de como o ser humano se desenvolve.

Em 1919, foi um marco em sua vida quando iniciou pesquisas sobre estudos experimentais sobre a mente humana e sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Em 1921, tornou-se diretor da Universidade de Genebra onde iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças brincando e registrar as palavras , ações e processos de raciocínio delas.

Ao longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos científicos.

Os principais livros destacam-se: A linguagem e o Pensamento na Criança (1923) e O juízo e o raciocínio na Criança (1924).

O BRINCAR E A BRINCADEIRA SEGUNDO JEAN PIAGET

Iniciamos nossa pesquisa investigando sobre o brincar e a brincadeira segundo as concepções de Piaget, e as contribuições que seus estudos trouxeram para educação infantil, a partir das observações sobre o desenvolvimento da criança.

De acordo com Piaget o conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado desde o nascimento, nem como simples registro de percepções e informações. O conhecimento é conseqüência das ações e das interações do sujeito com o objeto de conhecimento, seja do mundo físico ou da cultura. É uma construção que vai sendo elaborada desde a infância, que se classificam em fases e que são necessárias para o desenvolvimento e aprendizado da criança.

Formulou sua teoria através de seus estudos e percebeu que o conhecimento evolui progressivamente por meio de estruturas de raciocínio que, substituem uma ás outras através de estágios. Isto significa que a lógica e formas de pensar de uma criança são completamente diferentes da lógica adulta.

Para a criança a brincadeira é uma forma de exercitar a sua imaginação, se relacionando de acordo com seu interesse e suas necessidades junto a realidade de um mundo que pouco conhecem. Através da brincadeiras a criança reflete, organiza, constrói, destrói, e reconstrói seu universo.

Ao observarmos uma criança brincando, se olharmos com cuidado, podemos compreender a forma na qual ela constrói seu mundo, e o que ela trás da realidade para este mundo, brincando a criança se expressa, deixam transparecer o que sentem naquele determinado momento. Ou seja, expressam exteriorizando aquilo que teriam dificuldade de colocar com palavras.

Atualmente muito se fala sobre a importância do brincar e da brincadeira para o desenvolvimento físico e cognitivo da criança, assunto este que não é tão incomum, principalmente para os adultos que vivenciaram a infância em sua totalidade e reconhece em sua prática diária o quanto é importante incentivar que esta criança seja o que é: criança. Desta forma fazem valer o direito já estabelecido por Lei tanto na Constituição Federal como na LDB.

Neste caso como educadores sabendo-se da importância deste brincar e da brincadeira, temos que conhecer de forma clara as brincadeiras que serão oferecidas pois estas devem está de acordo com a zona de desenvolvimento em que esta criança se encontra. Desta forma a disponibilização de espaço adequado e materiais são de suma relevância, mas nada disso poderá surtir um efeito efetivo se este educador não se colocar neste contexto como mediador.

Sabemos que desenvolver atividades direcionadas na Educação Infantil não é uma tarefa muito fácil, devemos considerar que os educandos ainda são muito pequenos e ainda não estão prontos para corresponderem de forma motora a muitas das atividades propostas, por isso um olhar mais apurado do educador respeitando a fase em que esta criança se encontra é muito importante.

Piaget classifica as fases de desenvolvimento em quatro estágios de evolução mental, onde cada estágio é um período em que o pensamento e o comportamento infantil é caracterizado por uma forma específica de conhecimento e raciocínio. Esses quatro estágios são:

Sensório motor (0 a 2 anos)
A partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio.A inteligência é prática . As noções de espaço e tempo são construídas pela ação. O contato com o meio é direto e imediato, sem representações ou pensamentos.

Pré – operatório (2 a 7anos)
Também chamado de estágio da Inteligência simbólica . Caracteriza-se , principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório motor).

A criança deste estágio, é egocêntrica, centrada em si mesma , e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é a fase dos "por quês").

Operatório Concreto (7 a 11 anos)
A criança desenvolve noções de tempo , espaço velocidade, ordem e causalidade já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata , mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração. Isso desenvolve a capacidade de representar uma ação no sentido inverso anterior , anulando a transformação observada.

Operatório Formal (12 anos em diante)
A representação agora permite a abstração total. A criança não se limita mais a representação imediata nem somente às relações previamente existentes, mas é capaz de pensar em todas as relações possíveis logicamente buscando soluções a partir de hipóteses e não apenas pela observação da realidade.

Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança,alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes problemas.

Quando o professor domina teoricamente estes estágios e os reconhece na prática o seu trabalho para melhor desenvolver uma prática mais efetiva se desenvolve naturalmente de forma muito mais tranqüila e precisa. Direciona esse brincar e esta brincadeira de acordo com esta necessidade propriamente dita e que é natural da criança.

Partindo do pressuposto do brincar e da brincadeira, não podemos deixar de considerar que passamos por uma grande mudança na sociedade onde os valores estão invertidos, e a infância perde espaço para a avalanche de informações. Cada vez mais cedo a criança é levada a inserção no mundo adulto participando de seus dilemas e conflitos, já não teem mais liberdade e espaço para brincarem seguindo o seu desenvolvimento natural. Os espaços disponíveis não já não atendem as verdadeiras necessidades da criança.

Para Piaget as brincadeiras e jogos infantis exercem um papel de simples diversão pois possibilitam a aprendizagem possibilitando a criança a desenvolverem diversas habilidades, além do enriquecimento intelectual.

Devemos tomar cuidado com a diferença entre o brincar e jogo. Enquanto o brincar segundo o MEC (MEC/SEF/DPE, 1998) é uma atividade espontânea o jogo possui regras e limites. Para Piaget o jogo não é apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energias das crianças, mais meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Através dos jogos a criança desenvolve sensório motor e o simbolismo, transforma o real em necessidades múltiplas do eu, assimila a realidade.

Para Piaget, a criança não é ativa e nem passiva, mas interativa, interagindo socialmente buscando informações, aprendem as regras dos jogos resultando no engajamento individual de soluções de problemas.

Sendo assim nos perguntamos: como por em prática uma proposta de educação infantil mais efetiva em que as crianças desenvolvam, construam e adquiram conhecimentos e tornando-se autônomos e cooperativas?

Os jogos de regra é um grande apóio para que a criança possa no seu desenvolvimento aprender a lidar com situações problemas assimilando limites e condutas através do jogo proposto.

Acredita- se que os jogos assim como a brincadeira são essenciais para a vida da criança, proporcionando diversão e ao mesmo tempo uma postura de seriedade, sendo para a criança um espaço de investigação e construção do conhecimento sobre si mesma e o mundo.

Estes jogos são classificados como jogo: de Exercício, de Liquidação, de Manipulação, de Construção, de Simbólico, de Compensação, de Regra e Transposição.

Os jogos são fundamentais para o desenvolvimento e para aprendizagem da criança, com a imaginação ela faz uma relação com os interesses e suas necessidades com a realidade.

A brincadeira mostra como a criança reflete, organiza, desorganiza, constrói e reconstrói o próprio mundo. Mesmo sem entender devemos respeitar, por que o brincar da criança é a sua linguagem secreta.

Como introduzir numa sociedade moderna a importância do brincar e da brincadeira na infância. Segundo Piaget , quando a criança brinca assimila o real, e desta adapta-se ao mundo social dos adultos, desenvolvendo uma linguagem própria que vai de encontro ao seu interesse. Desta forma ao brincar a criança experimenta diversas situações aprendendo a conviver com o outro. A brincadeira é um fator fundamental ao desenvolvimento das aptidões físicas e mentais da criança, sendo um agente facilitador para que esta estabeleça vínculos sociais com seus semelhantes. Ao examinar características das brincadeiras infantis, percebe-se que cada criança tem o seu papel definido e se estrutura em situação imaginaria.
BIBLIOGRAFIA

Coll, César. Piaget, o construtivismo e a educação escolar
DATA: 17 / 09 / 2011.


PESQUISADORES: LEILA CARVALHO, MARCONDYS FRANÇA, FABIANA DE ANDRADE,
GIVANILDA MARIA SILVA E THAMILES FERNANDES.




2 comentários:

  1. ESTOU FAZENDO UM TRABALHO SOBRE O MARAVILHOSO PIAGEI E AS IDEIAS BATERAM IGUALITARIAMENTE A ESTE TEXTO. PARABÉNS A NÓS. MINHA BIBLIOGRAFIA FOI DO LIVRO A CRIANÇA E O ADOLESCÊNCIA SEGUNDO JEAN PIAGET. ASS: VANESSA SANTOS CORDEIRO (PEDAGOGA E TURISMÓLOGA.

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  2. Parabėns este texto ta maravilhoso......Ass:Risonia Maria galdino de Araûjo

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