julho 17, 2012

O CORPO (Texto: Ato I - Cena I)


De: Marcondys França

PERSONAGENS:
EGÍDIO: Deputado Federal Candidato ao Cargo de Governador.
MARA: Mulher de Egídio, Socialite Conservadora e Completamente Ligada as aparências.
TÂNIA: Filha Mais Velha Vive um casamento Infeliz.
EDNALDO: Marido de Tânia, braço direito de Egídio.
MARINA: Filha Mais Nova, Problemática, Dependente Química, Se Prostitui Para Manter o Vício.
MARCOS: Filho do Meio, misterioso.
DONA LIZ: Mãe de Mara, Religiosa, Coordena Projetos Sociais.
NANCÍ: Governanta de Confiança.
SELMA: Empregada de Pouca Confiança, Vende Informações à Imprensa.
TERESA: Empregada Recém Contratada.
LUDIMILA: Ex midelo, Alpinista Social, Mãe de Isabel.
ISABEL: Noiva de Marcos.
CLÓVIS: Mordomo de Ludimila.
RODRIGUES: Detetive de Polícia.
NILTON: Delegado.
MÔNICA: Jornalista Investigativa.
TÁCIO: Fotografo Jornalista.
JOÃO MANOEL: Chefe Redator, Homossexual Discreto.
JÚNIOR: Amante de Marcos.
PENÉLOPE: Travestir amigo de Júnior e Marcos.
HÉLIO: Amigo de Infância de Marcos.
VIRGÍNIA: Mulher de Hélio.
PRIMEIRO ATO
Cena I
Há uma grande movimentação de pessoas, barulhos de sirenes e helicópteros. Um corpo embrulhado em um saco preto é carregado.
MÔNICA: - (Para o fotografo) Registre tudo. Não deixe escapar um só detalhe...
DETETIVE: - Epá! Espere ai... Onde pensa que vai?
MÔNICA: - Imprensa!
DETETIVE: - Polícia.
MÔNICA: - Tá com medo que descobrimos a verdade antes de você?
DETETIVE: - Não. Apenas desejo que o local seja preservado. Suas mentiras para vender jornais não problema meu.
MÔNICA: - Então deixe-nos fazer nosso trabalho.
DETETIVE: - Deixo-nos fazer o nosso. Por favor senhorita, atrás da fita de isolamento.
MÔNICA: - Engraçado, né? Nos filmes os policiais são mais ágeis.
DETETIVE: - E os jornalistas são mais inteligentes.
MÔNICA: - Como sempre, atrasados!
DETETIVE: - Posso lhe enquadrar como desacato.
MÔNICA: - E o direito de imprensa?
DETETIVE: - Não atrapalhe nosso trabalho, moça.
MÔNICA: - O que temos aqui? Homicídio?
DETETIVE: - Poe enquanto... Só um presunto.
MÔNICA: - Engano seu. Não me parece um presunto qualquer... Olha só... Um corpo! Por mais insignificante que pareça, esse corpo tem uma história. E á atrás dessa história que iremos.
DETETIVE: - Sensacionalismo! Esse é seu negócio. Transformar as desgraças alheia em um grande espetáculo. Um grande show de horror! E como sempre, você a mocinha e nos, a polícia, os vilões.
MÔNICA: - Dou a notícia. Julgamento, deixo por conta dos leitores, e já quanto as desculpas esfarrapadas, deixo por conta da polícia. (Para o fotografo)
DETETIVE: - Não passe da fita!
MÔNICA: - (Para o fotografo) Fotografe. Então detetive... Que temos aqui?
DETETIVE: - Por enquanto não temos muitas informações.
MÔNICA: - Há, para... Alguma coisa sabe. Quebra essa vai...
DETETIVE: - Se eu lhe disse o que sei, promete me deixar em paz?
MÔNICA: - Dou minha palavra!
DETETIVE: - A vítima foi encontrada há mais ou menos uma hora, por um jovem que alega está passeando, a esta hora, nesta mata... Estranho, não?
MÔNICA: - Realmente. Passar por essa trilha a esta hora... Mas fazer trilha é considerado um esporte.
DETETIVE: - (Irônico) Conhece a história dessa trilha?
MÔNICA: - Adoraria.
DETETIVE: - Esta louquinha pra saber, não? Mas vou deixar como dever de casa pra você pesquisar. Divirta-se!
MÔNICA: - Hei! E quanto ao cadáver?
DETETIVE: - Homem, branco, alto, bem trajado, aparentando entre 20 a 25 anos de idade e sem identificação.
MÔNICA: - Causa da morte?
DETETIVE: - Não sabemos ao certo. Mas há sinal de perfuração na região do tórax. Maiores esclarecimentos só depois que a perícia terminar a autopsia.
MÔNICA: - Suspeitos?
DETETIVE: - Ainda é cedo.
MÔNICA: - Posso dá uma olhada?
DETETIVE: - Não.
MÔNICA: - Serei quase invisível!
DETETIVE: - Impossível. Se eu fosse a moça não...
MÔNICA: - Hí! Já vi coisas que até o diabo duvida.
DETETIVE: - Escuta aqui... Pra não dizer que sou mal. Vou abrir uma exceção. Um minuto.
MÔNICA: - Claro!
DETETIVE: - Ele fica. Sem fotos.
MÔNICA: - Sem fotos.
DETETIVE: - Venha.
MÔNICA: - Nossa! Que estrago. Ei?
DETETIVE: - Que foi? Vai desmaiar?
MÔNICA: - Imagina! Mas, esse rosto... Me parece conhecido.
DETETIVE: - Todos presuntos são parecidos.
MÔNICA: - Não seja insensível. Esse rosto não é estranho.
DETETIVE: - (Fecha o zíper) Você que é estranha.
MÔNICA: - Jura? Tenho um pressentimento que esse caso será um grande furo.
DETETIVE: - A sete palmos! Agora retirem esse corpo daqui. Com licença!
MÔNICA: - Toda. (Para o fotografo) Consegui uma foto.
FOTOGRAFO: - Como mulher?
MÔNICA: - Celular, meu bem! Agora vamos que temos muito trabalho pela frente.
(Saem. Apagam-se as luzes)




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