ATO III – CENA XIII
(No apartamento de Ludimila)
ISABEL: - Até que enfim...
LUDIMILA: - A sorte foi lançada.
ISABEL: - Do que está falando? Que você andou aprontando desta vez?
LUDIMILA: - Isso é jeito de se falar com sua mãe? Me prepara um drink.
ISABEL: - Não tem.
LUDIMILA: - Como não?
ISABEL: - Acabou.
LUDIMILA: - Droga! Mas isso é por pouco tempo...
ISABEL: - É? Posso saber por que?
LUDIMILA: - Por que, depois da conversa que tive com Mara...
ISABEL: - Tenho até medo de perguntar o teor desta conversa...
LUDIMILA: - Claro que foi sobre você...
ISABEL: - Eu?
LUDIMILA: - Claro. Tinha que resolver sua situação.
ISABEL: - Que situação.
LUDIMILA: - Filha! Você é viúva de um dos caras mais ricos desta cidade...
ISABEL: - Não sou viúva, não éramos casados.
LUDIMILA: - Mas tem que cuidar do bebê.
ISABEL: - Que bebê?
LUDIMILA: - Deste bebê que esta esperando.
ISABEL: - Ficou louca?
LUDIMILA: - Não filhinha! Esta é nossa cartada final.
ISABEL: - Não acredito que...
LUDIMILA: - Fique feliz! Você será a mãe do ano.
ISABEL: - Você é louca!
LUDIMILA: - Mara ficou feliz.
ISABEL: - Vou procura-la e desfazer esta história criada por sua cabeça doentia.
LUDIMILA: - Preste atenção... Você vai querer viver uma vidinha medíocre o resto de sua existência. Está é sua única chance...
ISABEL: - Você é louca. Não estou grávida.
LUDIMILA: - Mas pode ficar.
ISABEL: - Que?
LUDIMILA: - Isso não é difícil.
ISABEL: - Não acredito no que estou ouvindo da minha própria mãe.
LUDIMILA: - Quero providenciar o seu futuro...
ISABEL: - Será que você é tão burra? Ainda que eu apareça grávida... Vão pedir teste de DNA.
LUDIMILA: - Isso agente dá um jeito.
ISABEL: - Que jeito?
LUDIMILA: - Compramos um.
ISABEL: - Você é louca. Não farei parte disso.
LUDIMILA: - Fará sim. Me deve isso. Renunciei minha vida por você.
ISABEL: - Não... Não farei. (Sai)
LUDIMILA: - Há, fará. Se fará. Ou não me chamo Ludimila. (Sai)
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