SORRIR E CANTAR É SÓ COMEÇAR!
De: Marcondys França
PERSONAGENS:
PONG
PING
(Toca Música, enquanto entra as crianças)
CENA I: (Entrada)
PONG: - Ping! Ping?! (Só ouve a voz)
PING: - Pong! Pong?! (Só ouve a voz)
PONG: - (Entra) Ping? Ping? Oi! Vocês viram a Ping? Lá? Vocês estão tentando me enganar! Então vou pra lá. (Sai)
PING: - (Entra) Pong? Pong? Vocês viram o Pong? Ah! Ele foi pra onde? Pra lá? (Sai)
PONG: - Ping!?
PING: - Pong!? (Entram de costas e se esbarram)
PONG: -Bom dia! Eu disse bom dia! (T) Olha Ping! Veja quantas crianças!
PING: - Onde? Onde?
PONG: - Ali, olha!
PING: - Onde Pong?
PONG: - Ah, seu palhaço boboca nariz de pipoca! Ali oh! São crianças. Ou você acha que são uma plantação de abacaxi?
CENA II: (Agachar)
PING: - (Agacha)
PONG: - O que você está fazendo?
PING: - Ué!? Você não mandou eu abaixar aqui? Agachei.
PONG: - Ah! Seu palhaço Vesgo, caoio… Você tá com problema de audição.
PING: - Mentiroso! Eu fazí minha lição sim.
PONG: - Não é fazi. É eu fiz.
PING: - Não, não, não! Quem fez foi eu. Pergunta a professora...
PONG: - Não disse lição. Disse audição. Quis dizer que você está surdo.
PING: - Surdo está teu nariz.
PONG: - Mas você é mesmo tonto!
PING: - Não sou não.
PONG: - É sim.
PING: - Não, não.
PONG: - É claro que é. (Para a platéia) Vocês que são meus amiguinhos e muito inteligentes falem pra ela por onde é que escutamos... (T) Ta vendo? Nós escutamos pelo os ouvidos.
PING: - Eu escuto pela orelha.
PONG: - É a mesma coisa. Não é professora?
PING: - Eu sabia. Só queria vê se você também sabia.
CENA III: (Calção)
PONG: - Ai, ai, ai! Ping, você não tem educação.
PING: - Como é que é? Eu tenho calção sim. Quer ver? (Mostra o calção)
PONG: - Não seu palhaço boboca nariz de pipoca... Não pode, não pode, não pode! (Tenta impedir)
PING: - Mas não se irrite! É que você disse que eu não tenho calção. Estou mostrando que tenho. E é bonito viiiiiiuuuuuu!
PONG: - É que você é mau educado.
PING: - Eu?
PONG: - Você.
PING: - Por que? Que foi que eu fiz?
PONG: - É que você não cumprimentou nossos amiguinhos.
CENA IV: (Cumprimentos)
PING: - Ah! (Percebe a quantidade) Mas Pong... Tenho que cumprimentar todos?
PONG: - Hã, hã! Todos.
PING: - Mas são muitos!
PONG: - Vai logo palhaça.
PING: - Ooooiiiiiiiii! (Cumprimenta com as mãos)
PONG: - O Ping? O que você está fazendo?
PING: - Cumprimentando.
PONG: - Não é assim.
PING: - Não?
PONG: - Não é com a mão palhaço.
PING: - Ah! É mesmo. Já sei… (Usa os pés)
PONG: - O que você está fazendo Ping?
PING: - Você disse que não é com a mão... Então só pode ser com os pés.
PONG: - Quer feio. Fica ai dando esse chulé pras crianças.
PING: - Não tenho chulé não. Eu lavo meus pezinhos uma vez por semana viiiiuuuuu! Vocês também lavam os pés uma vez por semana? (T) Vocês não lavam os pés? Eca!
PONG: - Pare de palhaçada e cumprimente logo nossos amiguinhos.
PING: - Se não é com as mãos nem com os pés, como é que é?
PONG: - Use a cabeça palhaço.
PING: - Ah! Oooooiiiiiiii! (Com a cabeça)
PONG: - Que isso?
PING: - Você mandou usar a cabeça, estou usando.
PONG: - Não palhaço.
PING: - Ele não falou pra eu usar a cabeça pessoal? (T) Ta vendo? Só abro a boca quando tenho certeza!
PONG: - Ping… Preste atenção. A cabeça foi feita pra pensar.
PING: - Ah, tá! Mais esperai. Um palhaço tonto não consegue pensar!
PONG: - É com a boca. Use a boca.
PING: - Ah! Por que não disse logo? (Manda beijinho pra platéia)
PONG: - Não Ping! Tem cumprimentar com palavras.
PING: - Ah, é? Devia ter dito logo. Eu tenho um versinho muito bonito pra nossos amiguinhos. Feito exclusivamente por mim. Posso recitar?
PONG: - Você? Um versinho? Vocês acreditam que esta palhaça atrapalhada criou um versinho bonito? Então vai.
PING: - (Faz que sai) Pra onde você ta indo?
PONG: - Pra onde você ta indo?
PING: - Você mandou eu ir...
PONG: - Não. Disse vai... Recita o versinho que você fez pras crianças.
PING: - Criançada bonita que mora atrás da bananeira, de dia faz xixi na cama e de noite toma mamadeira... Bom dia! (T) Eu disse bom dia!
CENA V: (Bexiga)
PONG: - (Passa mau) Ai! Tá me dando um tremelique!
PING: - Gente! Ele se assustou. Acho que é o coração... Preciso pegar minha caixa de primeiro socorros... (Pega. Retira uma bomba e enche um balão cheio de confetes ou talco até estourar)
PONG: - Ah, seu palhaço, vou te pegar!
PING: - (Corre) Socorro! Socorro! Ele que me pegar. Não deixa! Não deixa! Não Deixa! (Se agarra com uma professora)
PONG: - Você queria fazer maldade.
PING: - Mas eu só queria te ajudar!
PONG: - Você estourou minhas tripas!
PING: - Foi sem querer querendo!
PONG: - Tô de mau. Corta!
PING: - Então tá!Eu conheço uma brincadeira muito legal.
PONG: - Ah, é! Que brincadeira é esta?
PING: - Você não ta de mau!
PONG: - Que brincadeira?
CENA VI: (Luneta)
PING: - (Mostra uma corneta) Oh!
PONG: - Deixa eu ver.
PING: - Agente está de mau.
PONG: - Eu fico de bem. Dedinho!
PING: - Sabe que isso?
PONG: - Não. O que é?
PING: - Pessoal sabe que é isso? (Aguarda resposta) É uma luneta.
PONG: - Luneta?
PING: - Ah! É muito legal. Que ver? (Sai)
PONG: - Lá vem ele de novo! Vai entrar pelo cano. Ping pensa que vai me pegar, mas sou eu que vou pegá-lo.
PING: - Toma.
PONG: - O que é isso?
PING: - É uma luneta.
PONG: - Luneta?!
PING: - É. E é mágica.
PONG: - Mágica?
PING: - Mágica!
PONG: - Que legal!
PING: - Dessa vez sou eu que vou pegar o Pong.
PONG: - Eu não estou vendo nadica de nada!
PING: - Claro! É que você tem que dizer as palavras mágicas.
PONG: - Palavras mágicas?
PING: - É, é isso ai!
PONG: - Mas eu não conheço nenhuma palavra mágica.
PING: - Nossos novos amiguinhos podem nos ajudar.
PONG: - Quem sabe uma palavra mágica? (T) Falo a palavra mágica...
PING: - É isso ai… E pede pra vê estrelas.
PONG: - E eu vou vê muitas estrelas?
PING: - Muitas! (Pega o martelo)
PONG: - Sim salaminho…
PING: - Não palhaço. É (Palavra mágica).
PONG: - (Palavra mágica) Eu quero ver o sol!
PING: - Não! O sol não palhaço.
PONG: - Mas eu quero ver o sol.
PING: - Tem que ser estrelas.
PONG: - (Palavra mágica) Eu quero ver uma constelação!
PING: - Não!
PONG: - Professora? Constelação não é um conjunto de estrelas? (T) Viu?
PING: - Me dá isso aqui vou te mostrar como é.
PONG: - Agora pego ele. (Pega outro martelo)
PING: - É assim... (Martelo com apito) Que barulho foi esse?
PONG: - Foi ele ali... Ta soluçando.
PING: - (Palavra mágica) Eu quero ver a Xuxa!
PONG: - Coitada da Xuxa! Quando ela te vê vai levar um susto.
PING: - Vai nada. Sou muito bonito viiiiiuuuuuu!
PONG: - Tá bom. Anda logo vai…
PING: - (Palavra mágica) Eu quero ver estrelas! (Pong dar marteladas em Ping e saem correndo. Sonoplastia) Você me bateu eu vou embora. Não quero papo. (Correm)
CENAVII: (Abelha)
PING: - Tá vendo... Você me fez correr tanto que agora estou com sede.
PING: - Tá com sede é?
PONG: - Estou.
PING: - Com muita sede?
PONG: - Muita, muita, muita!
PING: - Eu conheço uma brincadeira muito legal.
PONG: - Qual?
PING: - Só que precisa está com muita sede.
PONG: - Tá bom. Estou com muita sede.
PING: - É assim… É a brincadeira da abelha, abelhinha…
PONG: - Abelha, abelhinha? Como é que é?
PING: - É assim. Eu sou uma abelha e venho voando assim ô, voando...
PONG: - Credo! Que isso?
PING: - É uma abelha.
PONG: - Parece mais um monstrinho colorido.
PING: - Presta atenção. Eu venho voando, assim… Aí você diz: Abelha abelhinha joga água na minha boquinha. Entendeu?
PONG: - Entendi.
PING: - Então tá.
PONG: - Tá o que?
PING: - Você terá muita água. (Sai)
PONG: - Ah! Ele pensa que vai me pegar mais sou eu que vou pegá-lo. Está pronto?
PING: - (Enche a boca d’água) Hum, hum!
PONG: - Abelha, abelhinha… Eu não quero água!
PING: - (Joga água para cima e vira de costa para Pong. Pong encha a boca com água) Ora seu palhaço pastelão, não é assim. É pra você dizer: Abelha, abelhinha joga água na minha boquinha! (Pong molha Ping) Você me molhou! Eu vou contar tudo pra sua mãe dona Palhaçolina.
PONG: - Tá vendo? Você queria me pegar...
PING: - Você molhou toda minha roupa novinha. Agora vou ficar resfriado! (Espirra três vezes e na última falha) Faiô!
PONG: - Ping?
PING: - Não quero papo com você. Parei contigo! Você é malvado.
PONG: - Se você não contar pra minha mãe agente brinca.
PING: - Não quero mais brincar com você.
PONG: - Vamos brincar!
PING: - Tô de mau. (Sai)
PONG: - Ping,vem cá.
CENA VIII (Lixo)
PING: - Não vou não. (Entra com um saco nas costas) Vou de volta pra minha terra. Vou pra circolândia!
PONG: - Que coisa mais feia. Fica juntando lixo...
PING: - Tá chamando minhas coisasd e lixo? Não vê que isso aqui é muito mais que lixo.
PONG: -Tô vendo! É um montão de lixo. Sabe que vai acontecer? Daqui a pouco vai começar a feder e juntar ratos, baratas, moscas e até o mosquito da dengue.
PING: - Você é mesmo boboca! Isso aqui é material reciclável. Todos os dias as pessoas produzem toneladas de lixo e se cada um de nós fizer a nossa parte vamos está contribuindo com a preservação do meio ambiente.
PONG: - Ah, é? E como podemos fazer isso?
PING: - Ora bolas, pipocas! Através da coleta seletiva. Por exemplo, separando o lixo orgânico que são os restos de alimentos de materiais recicláveis como: a garrafa pet, o papel, a latinha de alumínio, o vidro e o plástico. E olha que esses são só alguns exemplos.
PONG: - Nossa! Sabe que eu não sabia! Mais agora que sei vou fazer tudo bem direitinho. Posso até ganhar um dinheirinho vendendo esses matérias recicláveis.
PING: - E não se esqueça devemos ter cuidado com água parada. Água parada é morada do mosquito da dengue.
PONG: - Eu já cobri a caixa d’água, furei o pneu velho, coloquei areia no pratinho das plantas da minha mãe e até coloquei todas garrafas usadas de cabeça para baixo.
PING: - Pois é! Com dengue não se brinca, dengue mata!
PONG: - Agora vamos brincar?
PING: - Só se ficar de bem.
PONG: - Dedinho.
PING: - Vamos brincar de que?
CENA IX (Competição)
PONG: - De competição!
PING: - Oba! Adoro competição! Então vamos dividir o pessoal, se não você vai trapacear. (Dividem o público)
PONG: - Agora precisamos de um juiz. (Pegam uma professora)
PING: - Antes de fazer o julgamento a professora vai passar pela deformação! Vamos fazer uma escova regressiva (Colocam um nariz de palhaço nela e uma peruca)
PONG: - Tchã, tchã,thã! Tá biita! (Retira o pano)
PING: - Professora a senhora agora que tá mais biíiita vai ser a juíza escolher o lado que cantar mais alto, mais forte e mais animado! (Os palhaços fazem seu grito de guerra, cantam e no final tudo termina em empate)
CENA X (Equilibrismo)
PING: - Pong… Quero lhe fazer um desafio.
PONG: - Desafio? Oba!
PING: - Vamos ver quem saber equilibrar mais?
PONG: - Vamos.
(Entram equilibrando copos e Pong sempre trapaceando)
CENA XI (Fantasma)
PONG: - Pessoal. Fiquei sabendo que a Ping tem medo de fantasma.
PING: - É mentira. Eu não tenho medo de fantasma. Fantasma não existe. E também se existisse eu dava um chute no bumbum dele. (Entra Pong com alguém da platéia vestido de fantasma)
PING: - Pong pensa que sou boboca! Acha que não sei que é ele. (Pong vai atrás de Ping e cutuca) Santa palhaçada! Se não é o Pong?... (Levanta o pano a pessoa da platéia está com uma máscara de monstro. Ping desmaia)
PONG: - Ah, céus! Deu um siricutico na palhaça! E agora? Já sei! Água! Água! (Sai correndo pega um copo com água e joga em Ping. Não funciona) Mais água. (Sai e volta com balde cheio de confetes) Um, dois, três! (Joga no público. Ping e Pong saem correndo)
CENA XII (Mágica)
PING: - Trapaceiro! Já que enrolou… Enrolou! Vou te mostrar o numero de mágica que aprendi.
PONG: - Oba! Adoro mágicas! (Faz Alguns truques)
CENA XIII (Final)
PONG: - Pra mostrar que não guardo mágoa vou ficar de bem com você para sempre. Sabe por quê Ping?
PING: - Por que?
PONG: - Por que eu, você e todos que aqui estão, somos amigos e ter amigos é a melhor coisa do mundo!
PING: - É verdade Pong!
OS DOIS: - E Sorrir e cantar é só começar! (Música)
F I M !