fevereiro 28, 2022
A JORNADA DE TRABALHO DO ATOR SEGUNDO A LEI
REESTRÉIA TRÁS AO PALCO O GRUPO DOS SATYROS COM A PEÇA AURORA.
fevereiro 25, 2022
WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 25
HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 25
Web
Novela de Marcondys França
Direção: Marcondys
França, Cauê Bonifacil, Dill França e Albino
Ventura
Direção
Geral de Marcondys França
CENA 149 Continuação...
EXTERNA – DIA – CAMPO
NINA PASSEIA COM MATEUS E HÁ UM CLIMA DE MUITA FELIDADE ENTRE OS DOIS.
CENA 150
RECORTES DE IMAGENS DO COTIDIANO COM AS PESSOANGENS E IMAGENS DAS
BELEZAS DE CAMPO VERDE.
CENA 151
EXTERNA – FIM DE TARDE – QUINTAL
JOÃO FUMA. FÁTIMA E MARIQUINHA,
ESTÃO SENTADAS AO LADO DE JOÃO.
MARIQUINHA:
- Mateus, brincou, brincou... Agora apagou.
Tava cansado.
JOÃO:
-
Mai tem mai é que brinca mermo...
FÁTIMA:
- Espia, agora é esse chamego, faz pelo neto,
tudo que num fez com o fio.
JOÃO:
- Ieu quero que meu neto faço tudo enquanto
menino, que meu Zeca num pode fazê vice? A criança tem mais é que brincar e
estudar.
MARIQUINHA:
- É isso mermo cumpadre. Despois que o sinhô
foi indenizado com essas terras, num precisa se preocupa mais como antes.
JOÃO:
- E apoi, agora posso ter uma velhice mais
tranquila.
MARIQUINHA:
- Se me dissessem, eu nunca que ia acreditar.
Ocês, dono de tudo isso aqui e nosso Zeca, lendo e escrevendo. Campo Verde, não
é mas a mesma. Tão falano que vão botá telefone por toda essas bandas. Nosso
posto de saúde inaugurado, e a escola? Tá linda, cheia de crianças. Inté nem
falta merenda.
JOÃO:
- Que venha a milhoria, mas que viva em
harmonia com a natureza.
FÁTIMA:
- Vamos é deixa de proza que daqui a pouco é
o casamento de Nina e Zeca. Bora se ajeitá...
JOÃO:
-
E apoi?
MARIQUINHA:
- E eu vou mebora que Nina tá me espano. (Saem).
TRANSIÇÃO: COTIDIANO CAMPO
VERDE.
CENA 152
INTERNA – DIA - QUARTO
NINA ESTÁ DE FRENTE A
PENTEADEIRA SE OLHANDO NO ESPELHO.
MARIQUINHA:
- Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Ah,
fia! Oscê num sabe a alegria que está me dando. Estou muito emocionada fia.
Hoje é seu grande dia.
NINA:
- Oh mainha! Eu também tô muito feliz vice?
Obrigada por tudo.
MARIQUINHA:
-
Não se preocupe, se eu não tiver naquela igreja, é por causa daquela uma...
NINA:
-
Mainha por favor...
MARIQUINHA:
- Não vou fica no mermo ambiente que aquela
uma lá... (Colocando os brincos em Nina)
Olha só, inté fico nervosa, num tem nem acertando botar os brincos. É só fala
dela... Olha pra oscê. Tá linda! (Beija
a testa de Nina e sai).
Nina se olha no espelho e dar
os últimos retoques, pega o buquê e lembra de toda trajetória com Zeca (Flash
back). Se levanta e sai em direção a porta. Corta para Nina no carro.
CENA 153
INTERNA – DIA - QUARTO
ZECA ESTÁ SE ARRUMANDO, FÁTIMA
ENTRA.
FÁTIMA:
-
Deixe que eu te arrumo menino!
ZECA:
-
Oxe, mainha!
FÁTIMA:
-
cuide bem de Nina, vice?
ZECA:
-
Hoje vai ser o dia mais feliz de minha vida mainha. Não tô me aguentando de
tanta algria.
FÁTIMA:
- Ieu num sei? Eu também tô muito feliz, meu
fio. Olhe, oscê teim que honrar teu nome e toda família. Num se tira uma moça
de família de casa dos pais, pra ficar judiando, vice?
ZECA:
-
Oxe! Vou cuidar muito bem dela.
FÁTIMA:
- Tá é muito bonito! Quem diria... meu
menino, um homem, tão bonito! (Abraça o
filho)Vamos que tá na tua hora. (Saem).
CENA 154
INTERNA – DIA - IGREJA
PANORAMICA, IGREJA LOTADA DE
CONVIDADOS, CLOSES EM PERSONAGENS COMO DESTAQUES, IOLANDA ENTRA ACOMPANHADA DE
EVERALDO, JOÃO E FÁTIMA, ENTRAM COM ZECA. NO ALTAR OS PAIS DE ZECA, IOLANDA E
EVERALDO SÃO PADRINHOS DE NINA. NINA CHEGA A IGREJA A CRIANÇA QUE ROSA CRIA
CORRE PARA VISAR QUE A NOIVA CHEGOU. JOÃO BUSCA A NOIVA E A ENTREGA A ZECA.
CHICA SE EMOCIONA.
PADRE:
- Caros irmãos, estamos aqui hoje reunidos
para celebrar este ritual de amor. Em nome do pai, do filho e do espírito
Santo... Amém! Podem sentar. Caro José
Carlos e Maria Cristina, olhem para trás e sem medo, olhem para todas essas
pessoas... (Sobe a musica tema e mostra
closes dos convidados que se intercalam com ás dois noivos, de fora escondida
na porta da igreja Mariquinha observa o casamento da filha. O padre continua
seu sermão Nina e Zeca trocam alianças, se beijam, saem da igreja, aplaudidos
pelos convidados. Na escadaria da igreja Nina joga o buquê, Rosa pega).
CENA 155
INTERNA – DIA - IGREJA -
SACRISTIA
WILDEBRANDO:
- Vem cá... (A pega pelo braço)
IOLANDA:
- (Assustada)
Oxe! Que isso homem?
WILDEBRANDO:
- Meu amor, vamos embora...
IOLANDA:
- Tá fazendo o que aqui homem?
WILDEBRANDO:
- Vem comigo Iolanda... Eu já comprei as
passagens, vamos embora...
IOLANDA:
- Não posso fazer isso, pelo amor de Deus!
Não posso!
WILDEBRANDO:
- Como não mulher? Essa é nossa chance. Que
que tu acha? Vim lhe buscar.
IOLANDA:
- Eita peste! Tu sabe que tá correndo
risco...
WILDEBRANDO:
- Iolanda, por você, todo risco vale apena.
IOLANDA:
- Que saudade meu amor! (Se beijam) Que saudade de tu.
WILDEBRANDO:
- Vamos embora, vamos? Tá tudo pronto. Vem
comigo, vamos...
IOLANDA:
- Quer saber? Minha filha tá casada, tá
feliz, eu vou embora mais tu mesmo!
WILDEBRANDO:
- Oxe! Não sabe a alegria que me dá. (Se beijam e saiem).
TRANSIÇÃO:
BELEZAS NATURAIS DE CAMPO VERDE
CENA 156
INTERNA – DIA – CENTRO DE
CONVENÇÕES
MORADORES DE CAMPO VERDE VÃO
ESTÃO REUNIDOS PARA CELEBRAR O LANÇAMENTO DO LIVRO ESCRITO POR ZECA. CHEGA ROSA
E SEU FIEL ESCUDEIRO, ENOQUE COM AMARILES, BRUNA E MANÉ TIMBÓ JÁ ESTÃO SENTADOS
NA PRIMEIRA FILHEIRA.
ZECA:
- A minha história de vida, minha historia
pessoal e profissional se resumem em uma história de muitas lutas. Hoje posso
dizer que sou um grande homem, homem este, que viu sua vida transformada,
através da educação. E hoje compartilho com essa gente, minha gente... (Aplausos) (João se emociona) Graça a uma grande mulher, mulher esta que fez
abrir os olhos, (Close em Bruna) não
apenas para vê, mas, para enxergar, o quanto o poder das letras é capaz de
promover, uma mudança tão significativa, e que me motivou a escrever a história
dos meus antepassados e consequentemente a minha história. Uma vez essa grande
mulher que hoje é prefeita desta cidade (Close
em Bruna) me disse: que podemos mudar nossa história, se não fizermos por
nós, podemos fazer por quem amamos. (Abraça
os pais)Esse livro aqui, é homenagem ao senhor pai. (Entrega o livro a João que
emocionado recebe. Zeca autografa os exemplares para os convidados, a câmera
fecha no livro).
A
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É
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WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 24
HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 24
Web
Novela de Marcondys França
Direção: Marcondys
França, Cauê Bonifacil, Dill França e Albino
Ventura
Direção
Geral de Marcondys França
Cena 146 Continuação...
MARIQUINHA:
-
Vamos Nina respire fundo e faça força.
FÁTIMA:
-
Vamos Nina, força...
MARIQUINHA:
-
Teu fio vai nascer, Nina. Força fia, força.
FÁTIMA:
-
Força! (Choro de Recém-nascido)Nasceu,
Nina, nasceu!
ZECA:
-
Nasceu, nasceu Nina... Nosso filho!
FÁTIMA:
-
Vou limpar o bebê...
JOÃO:
-
Vou com você mina véia... (Saem com o
bebê)
ZECA:
-
Nosso filho Nina... Nasceu!
MARIQUINHA:
-
Vamos levar ela pra dentro. (Zeca
carrega Nina no colo).
TRASIÇÃO: Campo Verde interior.
Cena 147
INTERNA – DIA – CASA DE ZECA – CASA
(Zeca está sentado na cama abraçado com Nina que mantém o resguardo.
Fátima trás o bebê).
FÁTIMA:
-
Olha quem tá aqui. Tome, pegue com cuidado, tá dormindo.
MARIQUINHA:
-
Ele é tão lindinho... Que anjinho! Ai, que coisa mais fofa da vó.
FÁTIMA:
- Cuidado
Zeca, pegue com cuidado. Nina, cuidado minha filha. É lindo demais, vice?
MARIQUINHA:
-
Muito lindo!
FÁTIMA:
- Nosso netinho! Que presente Deus nos deu, né cumadre?
MARIQUINHA:
- Deixa eu ficá aqui pertinho de oscê fia, paparicando
meu netinho!Ele já tem nome fia?
NINA:
-
Já mainha. Vai se chamar Mateus.
MARIQUINHA:
- Que lindo!
FÁTIMA:
-
É bíblico.
NINA:
-
Meu filhinho!
TRASIÇÃO: CIDADE DE CAMPO VERDE. PASSAGEM DE
TEMPO (DIAS DEPOIS).
Cena 147
INTERNA – NOITE – PREFEITURA - GABINETE
WILDEBRANDO ENTRA APRESSADO PEGA UM DOCUMENTOS, FAZ UMA LIGAÇÃO
TELEFONICA.
WILDEBRANDO:
-
Dona Marcolina... Mande que preparem o Jato.
IOLANDA:
-
Cherrie, que afobamento é esse? Até parece que vai tirar o pai da forca.
WILDEBRANDO:
- A
cabeça não, mas o pescoço sim.
IOLANDA:
-
Não entendi foi nada!
WILDEBRANDO:
-
Oxente Iolanda! Arrume suas coisas. Se avexe, vamos...
IOLANDA:
-
Quê que é, vamos viajar é?
WILDEBRANDO:
-
Vamos.
IOLANDA:
-
Ai cherrie! Adoro! Vamos viajar pra onde? Pra Europa, é? Ah, eu sempre tive
vontade de conhecer Dallas!
WILDEBRANDO:
-
Dallas, fica nos Estados Unidos minha filha!
IOLANDA:
-
Oxe! Da Europa.
WILDEBRANDO:
- Iolanda, nós não estamos viajando a passeio, nós
estamos fugindo, entendeu?
IOLANDA:
-
Oxe! Fugindo do que? Não fiz nada!
WILDEBRANDO:
- Você, eu, nós, estamos envolvidos em escândalos na
prefeitura de Campo Verde, entendeu?
IOLANDA:
-
Eu?
WILDEBRANDO:
- Você sim senhora. Gilmar fez você abrir contas
fantasmas em paraísos fiscais, Entendeu? A polícia já sabe disso, e logo-logo
vai está chegando aqui. E se não fomos embora, nós vamos parar é na cadeia,
entendeu, minha filha?
IOLANDA:
- Oxe! Não entendi foi nada. Nunca fiz nada. Nunca soube
de nada.
WILDEBRANDO:
- Que dizer que assinava documentos sem ler?
IOLANDA:
- Que eu assinava era prestação de gastos, faturas...
WILDEBRANDO:
- Gilmar mentiu. Suas contas já foram congeladas e
bloqueadas. Iolanda, nós não temos mais nada, mais nada... Entendeu? E ainda
vou parar no xilindró!
IOLANDA:
-
Oxê! Eu não! Eu sou inocente! Eu fui usada! Ah, maldito coronel!
WILDEBRANDO:
-
Iolanda, venha comigo meu amor. Se ficar, será investigada e presa.
IOLANDA:
-
Não, eu não posso!
WILDEBRANDO:
-
E nosso amor?
IOLANDA:
- Não Wildebrando, eu não posso abandonar de novo minha
filha. Não suportarei conviver com essa nova culpa. Vá você.
WILDEBRANDO:
-
E nós?
IOLANDA:
-
Eu vou ficar aqui pra provar minha inocência. E logo vou lhe procurar...
WILDEBRANDO:
-
(Beija Iolanda) Eu te amo Iolanda.
IOLANDA:
- Também te amo Wildebrando Brasão! Agora vá... Vá homem.
(Ele sai) Will? (Para na porta). Não deixem que lhe
peguem. (Senta-se, bate com força).
Maldito coronel!
CORTA PARA ÁREA EXTERNA.
Cena 147
EXTERNA – NOITE – PREFEITURA - ESTACIONAMENTO
WILDEBRANDO APRESSADO ENTRA NO CARRO.
SANTINHA CHEGA PUXANDO UMA MALA.
SANTINHA:
-
Wildebrando Brasão...
WILDEBRANDO:
-
Minha mãe?
SANTINHA:
-
Eu quero falar com você.
WILDEBRANDO:
- Mas, o que a senhora deseja? Tô atrasado. Tenho que
sair fora. A senhora sabe que se eu continuar aqui mais um minutinho, posso ser
preso. A senhora vai ter que me visitar na cadeia, num sabe?
SANTINHA:
- Inteligência
nunca foi o forte dos homens dessa família. E você é igualzinho seu pai, um
frouxo!
WILDEBRANDO:
-
Meu pai, foi o homem mais digno que conheci, vice minha mãe? E a senhora, hein?
Santinha Brasão... Quê que adinhantou ser tão artelhosa? Hein, fale, responda?
Perdeu a língua foi? (Entra no carro).
SANTINHA:
-
Não fuja, não seja um covarde. (Vai para frente do carro para impedir a
saída). Não vai... Não vai sair com esse caro. Não me vire as costas. Já
fez isso uma vez, mas agora, você não sai...
WILDEBRANDO:
-
Oxente, minha mãe!
SANTINHA:
-
Não vai... (Ele dá a partida) Não
vai Wildebrando.
WILDEBRANDO:
-
Saia da minha frente minha mãe.
SANTINHA:
-
Não vou sair...
WILDEBRANDO:
- Por favor saia, ou eu vou acabar fazendo uma besteira.
SANTINHA:
-
Não vou sair... (Chorando).
WILDEBRANDO:
-
saia minha, olhe que passo por cima.
SANTINHA:
-
Você faria isso comigo meu filho?
WILDEBRANDO:
- Não faça drama, saia da minha frente minha mãe. Quer vê
seu filho preso? Por favor minha mãe... (Santinha
sai chorando entra na prefeitura. Ele dar partida e sai).
Cena 148
INTERNA – NOITE – PREFEITURA – GABINETE
(Iolanda está sentada pensativa, entra Santinha Brasão, chorando puxando
sua mala).
SANTINHA:
- Iolanda!
(Se recompõe).
IOLANDA:
- Oxê!
A senhora é? Já vou lhe dizendo, se veio aqui pra me ofender, hoje não tô muito
bem! Já tô com meus nervos, a flor da pele. Pra assentar a mão na cara de um,
não falta nada.
SANTINHA:
-
Se acalme mulé!
IOLANDA:
- Diga
logo o quer, que não tenho muito tempo a perder não...
SANTINHA:
- Vim
propor um negócio.
IOLANDA:
- A
senhora acha mesmo que vou fazer algum negócio com a senhora é? Só se eu for
muito lesa mesmo!
SANTINHA:
-
Se esqueceu, que estamos sozinhas? Se nos unimos, ficaremos mais fortes.
IOLANDA:
- A
senhora acha que tô louca, me unir a senhora? Uma cobra peçonhenta, uma
surucucu de saia...
SANTINHA:
- Não
me ofenda, você não é mais aquela mulher respeitada e protegida... O coronel
bateu as botas e não te protege mais. E o meu filho... (Gargalhada) esse sim, é
um frouxo!
IOLANDA:
- E é a única coisa boa, que esse demônio que é
assenhora, soube fazer. Olhe, Wildebrando é o homem da minha vida! O amor da
minha vida. Ah, esqueci! A senhora não entenda nada de amor.
SANTINHA:
-
Esse mundo está mesmo perdido! Onde já se viu? Uma quenga, falando de amor!
IOLANDA:
- Fui uma quenga sim! Com muito orgulho. Já fiz muitos
homens feliz... E o teu homem, quantas vezes foi lá chorar as pitangas, porquê
a senhora deu foi o golpe da barriga.
SANTINHA:
- Me respeite sua quenga! Eu quero vê você, é num bordel
de quinta, de beira de estrada, morrendo a mingua, podre de doenças da vida.
IOLANDA:
- Oxê!
Que não falta é lugar pra eu ficar. Agora com a assenhora... ?
SANTINHA:
- Olhe aqui sua quenga miserável, quero te vê morrendo
tisga. E eu ainda vou ter o prazer, eu Santinha Brasão, de cuspir no teu
túmulo. Sua mardita! (Derruba tudo na
mesa).
IOLANDA:
- Fora
daqui sua velha maldita, pegue sua mala e fora daqui.
SANTINHA:
-
Quenga!
IOLANDA:
-
Fora, chirumba!
SANTINHA:
- Eu sai quando eu quiser. Sua rampera! (sai)
IOLANDA:
-
Oxê! Essa peste está é ficando louca! (Pega
seus objetos pessoais e sai).
TRANSIÇÃO: NOITE – CIDADE DE CAMPO VERDE.
CENA 148
EXTERNA – NOITE – PRAÇA
(BRUNA ACOMPANHADA DE MANÉ TIMBÓ, FAZ DISCURSO DE AGRADECIMENTO PELA
VITÓRIA NAS ELEIÇÕES).
BRUNA:
- Hoje a cidade de Campo Verde presencia um marco em sua
história, pela primeira vez, o povo desta cidade, não viverá mais sobre o
domínio dos coronéis. Nossos antepassados sofreram muito sobre os cabrestos
deles. Mas, hoje, nós, povo, reunidos, demos o nosso basta! O povo reagiu e nas
urnas disse, não! (Todos aplaudem)Deu
um basta aos desmandos desses coronéis... E toda essa corja, que disfarçados de
bem feitores, representavam e exploravam o povo. (Aplaudes) Hoje, eu como prefeita eleita dessa cidade, de modo
direto e pelo povo, para o povo, vou dar-lhes tudo que lhes foram negados. (Aplausos) Trabalharemos em prol da
saúde, educação e do trabalho. Seja você um trabalhador rural ou não, terão
dignidade. (Aplausos)Eu sei meus
amigos que não será fácil, mas tenho a certeza que vocês como povo, estão ao
meu lado. E Campo Verde será uma cidade do progresso, e nós, preservaremos as
belezas naturais dessa cidade tão amada e querida. Viva Campo Verde! (Todos ovacionam a nova prefeita).
TRANSIÇÃO: CAMPO VERDE ZONA RURAL
CENA 149
EXTERNA – DIA – CAMPO
PASSAGEM DO TEMPO
NINA PASSEIA COM MATEUS E HÁ UM CLIMA DE MUITA FELIDADE ENTRE OS DOIS.
IMAGEM CONGELA EM NINA, ABRAÇADA COM
MATHEUS.
A SEGUIR...
WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 23
HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 23
Web
Novela de Marcondys França
Direção: Marcondys
França, Cauê Bonifacil, Dill França e Albino
Ventura
Direção
Geral de Marcondys França
Cena 140 Continuação...
EXTERNA – NOITE - MATA
AMARILIS ESTÁ ANDANDO ENTRE AS ÁRVORES OUVE
PASSOS, HÁ LATIDOS DE CACHORROS, PASSOS ENTRE FOLHAS SECAS, COM UMA LANTERNA
AMARILES TENTA VENVER A ESCURIDÃO. NEGO BAUTEAU MOUCHE A SEGUE E A ATACA.ELA
JOGA A LUZ DA LANTERNA NO ROSTO DELE.
AMARÍLES: - (Grito de pavor)
ENOQUE APARECE E ATIRA NO AGRESSOR QUE CAI DE
JOELHOS AOS PÉS DE AMARILES. ELE ESTÁ NO CHAO DE BRUCHOS, ENOQUE VIRA-O RETIRA
A MÁSCARA, E É REVALADO A IDENTIDADE.
ENOQUE: - Ai, ai...
AMARÍLES: - Bodoque! Mas, não pode ser.
ENOQUE: - É, é um louco. Um doente, psicopata. Se aproveitava da lenda pra
atacar as mulheres desta cidade. (Enoque
coloca seu terno em Amaríles). Vamos, vou tirá-la daqui. (Saem).
CENA 141
TRANSIÇÃO: ZONA RURAL CAMPO VERDE (DIAS
DEPOIS)
MOSTRA CENAS DA SALA DE AULA ONDE ZECA FAZ O
EJA. PADRE EGÍDIO REZANDO, FÁTIMA ALIMENTANDO AS GALINHAS, MARIQUINHA VARRENDO
A CASA, SANTINHA REZANDO, JOÃO FUMANDO, MANÉ TIMBÓ PENSATIVO E COTIDIANO DO
INTERIOR.
Corta para fachada da casa de Mariquinha.
CENA 142
INTERNA – DIA – CASA DE MARIQUINHA – COZINHA
(Nina está grávida de quase nove meses)
FÁTIMA:
- Escute cumadre, mais tarde, vou fazer um bolinho de
milho lá em casa. Ieu quero que oscê e toda família vão lá em casa ceiá comigo,
vice?
MARIQUINHA:
- Cumadre, bolo igual o seu, aqui nesssa redondeza, não
tem.
NINA:
- Hum! Olha, só de pensa, me dá até água na boca.
FÁTIMA:
- Olhe fia, vá leva comida pros homem lá na roça, vá.
NINA:
- Vou sim. Licença vice? (Nina sai com as marmitas enroladas em panos de pratos).
MARIQUINHA:
- Cumadre, deixa eu por um cafezinho pra oscê. Oh
cumadre! Deixa eu me sentá aqui um pouquinho pra gente fofocar... Tõ toda
feliz, toda boba...
FÁTIMA:
- Ieu então? Então cumadre... Fiz o teste da moela, deu
abertinha. É femea!
MARIQUINHA:
- Não, não, não cumadre. Eu fiz o teste do coração, deu
fechadinho. É macho!
FÁTIMA:
- O da moela não faia... É macho!
MARIQUINHA:
- É fêmea...
(as duas teimam)
CENA 143
EXTERNA – DIA – CAMPO
(NINA CHEGA COM AS MARMITAS PARA ZECA E JOÃO
QUE ESTÃO TRABALHANDO NO CAMPO).
NINA:
- Seu João, zeca... Trouxe o armoço.
JOÃO:
- Vai comendo, que vou dá uma fumada.
(NINA SENTE CONTRAÇÕES)
NINA:
- A bolsa...
JOÃO:
- Que bolsa, onde?
ZECA:
- É teu filho que vai naiscê homi...
NINA:
- Ai meu deus! Estourou...
JOÃO:
- Vou buscar Fátima e Mariquinha... (Sai apressado).
ZECA:
- Calma Nina, calma... (Surper tenso).
TRANSIÇÃO: CIDADE DE CAMPO VERDE.
CENA 144
EXTERNA – DIA
– PRAÇA
EGÍDIO:
- Eu estava a sua espera.
MENININHA:
- mai foi muito difícil pra mim, vir até aqui, num sabe?
EGÍDIO:
- Eu sei.
MENININHA:
- Já num sei como esconder isso que tô sentindo. Mas, ieu
num podia tá guardando esse sentimento dentro mim.
EGÍDIO:
- É uma confissão?
MENININHA:
- Não. É uma declaração! Eu vou queimar no fogo do
inferno por isso, mas, não mais que tô queimando aqui dentro... Entende?
EGÍDIO:
- É tão difícil negar sentimentos, Deus é testemunha, eu
fiz de tudo... Larguei minha vida, a batina, por você, Menininha.
MENININHA:
- Eu não quero mais ficar longe de você, a muito tempo
não sinto algo assim, estou completamente apaixonada por você.
EGÍDIO:
- E eu por você. Eu te amo menininha, te amo. (A beija).
EGÍDIO:
- Vamos embora...
MENININHA:
- Não está certo. Não posso fazer isso. Mas, e a igreja,
sua batina? Não pode abandonar tudo.
EGÍDIO:
- Com a igreja e com Deus, eu me entendo. Vamos embora
agora.
MENININHA:
- Agora?
EGÍDIO:
- Sim, agora. (Beijam-se)
Transição: Campo
Verde Cidade.
CENA 145
EXTERNA – DIA
– CASA DE QUERÊNCIA
(Querência anda de um lado para o outro, está
nervosa).
ENOQUE:
- Dona Querência?
QUERÊNCIA:
- Pois não?
ENOQUE:
- A senhora está presa.
QUERÊNCIA:
- Sobre que acusação?
ENOQUE:
- Assassinato. O assassinato de Francisco Silva.
QUERÊNCIA:
- E como que o senhor descobriu?
ENOQUE:
- Não existe crime perfeito, sempre fica rastro.
QUERÊNCIA:
- Morreu por merecer, aquele cão do cabrunco. Não valia
um tostão, ruim feito cão.
ENOQUE:
- A senhora destruiu a sua vida.
QUERÊNCIA:
- Fiz e faria tudo de novo se preciso fosse.
(Everaldo chega e presencia a conversa)
ENOQUE:
- A senhora terá muito tempo pra se arrepender.
QUERÊNCIA:
- Eu contratei um pistoleiro para dá cabo daquele cabra
safado. Fiz tudo isso pela felicidade de meu filho.
EVERALDO:
- Como assim, a senhora minha mãe?
QUERÊNCIA:
- Fiz sim. E ainda paguei a Francisco para lhe separar
daquela uma.
EVERALDO:
- Como foi capaz?
QUERÊNCIA:
- Faria tudo de novo. Faço qualquer coisa pela felicidade
de minha família, sou capaz disso e muito mais.
EVERALDO:
- Não entendo, minha própria mãe.
ENOQUE:
- Vamos...
QUERÊNCIA:
- Vamos sim. (Eles
saem Everaldo fica desolado).
EVERALDO:
- A minha mãe. Uma assassina!
CORTA PARA O CAMPO NINA ENTRA EM TRABALHO DE
PARTO.
CENA 146
EXTERNA – DIA
– CAMPO
ZECA DEITA NINA PARA QUE FIQUE CONFORTÁVEL.
NINA:
-
Cadê mainha?
ZECA:
-
Calma Nina, calma!
NINA:
-
Pelo amor de Deus Zeca! Tá doendo Zeca... Mainha! (Grita)
ZECA:
-
Calma mulher, calma. Tá chegando.
NINA:
-
(Muita dor) Ah! Zeca ajude, acuda!
ZECA:
- Paciência, calme, mainha tá chegando... Vai dá tudo
certo vice? Eu tô aqui com oscê.
MARIQUINHA:
-
Oh meu pai! Chegou a hora...
FÁTIMA:
-
Minha Nossa Senhora! Segure ela Zeca, opoie em teu colo.
MARIQUINHA:
-
Vamos Nina respire fundo e faça força.
FÁTIMA:
-
Vamos Nina, força...
MARIQUINHA:
-
Teu fio vai nascer, Nina. Força fia, força.
NINA FAZ FORÇA, GRITA BASTANTE. O BEBÊ NASCE.
OUVE-SE UM CHORO, IMAGEM CONGELA EM NINA CHORANDO EMOCIONADA.
A SEGUIR...
REPÓRTER GLOBAL RETORNA APÓS CIRURGIA
A repórter Global Ananda Apple retoma ao trabalho no Quadro Verde, do Bom Dia São Paulo, após mais de dois meses afastada da Gl...
-
A PILULA FALANTE Texto: Monteiro Lobato Adaptação: Marcondys França PERSONAGENS: EMÍLIA (Boneca de Pano) NARIZINHO PEDRINHO (Primo...
-
O JOVEM E AS DROGAS De: Marcondys França PERSONAGENS: Pai Filho Amigo CENA I PAI: - Filho acorda... É hora de se aprontar para es...