fevereiro 28, 2022

A JORNADA DE TRABALHO DO ATOR SEGUNDO A LEI

CAPÍTULO 08 – JORNADA DE TRABALHO, DIÁRIAS, HORAS EXTRAS E ATRASOS

1.8.1. A diária normal de trabalho do ator e do modelo será de no máximo 10 (dez) horas em estúdio ou fora dele, inclusas eventuais pausas para refeições e lanches e observadas as 12 (doze) horas de descanso entre uma jornada e outra;

1.8.2. A diária de trabalho do ator ou modelo infanto-juvenil e idoso será de no máximo 08 (oito) horas em estúdio ou fora
dele, inclusas pausas para refeições e lanches e observadas as 12 (doze) horas de descanso entre uma jornada e outra;

1.8.3. As horas que ultrapassarem esse limite serão consideradas horas extras e calculadas da seguinte forma: o valor da
hora extra será de 10% (dez por cento) do valor de cada diária.

1.8.4. A diária de trabalho do ator, do modelo ou do infanto-juvenil terá início a partir da hora em que se apresentar no set de filmagem/sessão de fotos, à disposição da produtora audiovisual/estúdio fotográfico/agência de publicidade contratante, até a hora do término dos serviços;

1.8.5. O horário marcado para a chegada do ator, do modelo ou do infanto-juvenil ao set de filmagem/sessão de fotos deverá
ser o mais próximo possível do início das filmagens/sessão de fotos, evitando-se, dessa forma, a apresentação de
atores, modelos ou infanto-juvenis antes ou durante a montagem do set.

1.8.6. Os valores de cachês, previstos na BASE NACIONAL DE VALORES PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS/TRABALHO NO
MERCADO PUBLICITÁRIO (ENCARTE 01 – Prestação de Serviços), correspondem a 01 (uma) diária de trabalho.

1.8.7. As diárias excedentes serão devidas como diárias extras.

1.8.8. As horas e as diárias extras incorporam o valor total do contrato de prestação de serviços/trabalho do ator, do
modelo ou infanto-juvenil e deverão ser pagas na mesma data originalmente contratada.

1.8.9. As horas de atraso do ator, do modelo ou infanto-juvenil para se apresentar no local de produção serão deduzidas
do valor da diária de trabalho, calculando-se da mesma forma citada no parágrafo 8.3.

1.8.10. O(A) CONTRATADO(A) não estará sujeito à multa, desde que o atraso seja de até 30 (trinta) minutos após o
horário fixado, por escrito, pela produtora audiovisual/estúdio fotográfico/agência de publicidade, ou ocorra por motivo
justificado ou de força maior devidamente comprovado.

1.8.11. Sessão fotográfica, CATÁLOGO, máximo de 10 looks/fotos.

REESTRÉIA TRÁS AO PALCO O GRUPO DOS SATYROS COM A PEÇA AURORA.

Hoje os atores Cida Reis @cidareis43 Albino Ventura @albino_ventura1 e Marcondys França @marcondysfranca foram prestigiar a peça Aurora do grupo Satyrus @ossatyros que tem no elenco a talentosa e reconhecida atriz Nicole Puzzi @nicolepuzzi "Aurora”, a nova peça, fica em cartaz de quinta a domingo no Espaço dos Satyros,  texto de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez é permeado por um clima de mistério ao falar sobre um pequeno prédio de quatro andares, na Rua Aurora, centro de São Paulo, onde ficava um famoso ateliê de roupas elegantes e agora funciona como um bar gay decadente.Em seus oito apartamentos (apenas um deles vazio), vivem sete personagens cujas histórias marcam a estrutura da peça, que trata de escolhas, incertezas da vida e do limite entre destino e livre arbítrio. Entram em cena Gustavo Ferreira (como Mãe), Henrique Mello (Acácio), Ivam Cabral (Saltério), Julia Bobrow (Bola), Marcia Dailyn (Diega), Nicole Puzzi (Justyna) e Eduardo Chagas (Narrador). A direção é de Rodolfo García Vázquez.

fevereiro 25, 2022

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 25

 HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 25

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

CENA 149 Continuação...

EXTERNA – DIA – CAMPO

NINA PASSEIA COM MATEUS E HÁ UM CLIMA DE MUITA FELIDADE ENTRE OS DOIS.

 

CENA 150

RECORTES DE IMAGENS DO COTIDIANO COM AS PESSOANGENS E IMAGENS DAS BELEZAS DE CAMPO VERDE.

 

CENA 151

EXTERNA – FIM DE TARDE – QUINTAL

JOÃO FUMA. FÁTIMA E MARIQUINHA, ESTÃO SENTADAS AO LADO DE JOÃO.

MARIQUINHA:

- Mateus, brincou, brincou... Agora apagou. Tava cansado.

JOÃO:

- Mai tem mai é que brinca mermo...

FÁTIMA:

- Espia, agora é esse chamego, faz pelo neto, tudo que num fez com o fio.

JOÃO:

- Ieu quero que meu neto faço tudo enquanto menino, que meu Zeca num pode fazê vice? A criança tem mais é que brincar e estudar.

MARIQUINHA:

- É isso mermo cumpadre. Despois que o sinhô foi indenizado com essas terras, num precisa se preocupa mais como antes.

JOÃO:

- E apoi, agora posso ter uma velhice mais tranquila.

MARIQUINHA:

- Se me dissessem, eu nunca que ia acreditar. Ocês, dono de tudo isso aqui e nosso Zeca, lendo e escrevendo. Campo Verde, não é mas a mesma. Tão falano que vão botá telefone por toda essas bandas. Nosso posto de saúde inaugurado, e a escola? Tá linda, cheia de crianças. Inté nem falta merenda.

JOÃO:

- Que venha a milhoria, mas que viva em harmonia com a natureza.

FÁTIMA:

- Vamos é deixa de proza que daqui a pouco é o casamento de Nina e Zeca. Bora se ajeitá...

JOÃO:

- E apoi?

MARIQUINHA:

- E eu vou mebora que Nina tá me espano. (Saem).

TRANSIÇÃO: COTIDIANO CAMPO VERDE.

CENA 152

INTERNA – DIA - QUARTO

NINA ESTÁ DE FRENTE A PENTEADEIRA SE OLHANDO NO ESPELHO.

MARIQUINHA:

- Hoje é o dia mais feliz da minha vida. Ah, fia! Oscê num sabe a alegria que está me dando. Estou muito emocionada fia. Hoje é seu grande dia.

NINA:

- Oh mainha! Eu também tô muito feliz vice? Obrigada por tudo.

MARIQUINHA:

- Não se preocupe, se eu não tiver naquela igreja, é por causa daquela uma...

NINA:

- Mainha por favor...

MARIQUINHA:

- Não vou fica no mermo ambiente que aquela uma lá... (Colocando os brincos em Nina) Olha só, inté fico nervosa, num tem nem acertando botar os brincos. É só fala dela... Olha pra oscê. Tá linda! (Beija a testa de Nina e sai).

Nina se olha no espelho e dar os últimos retoques, pega o buquê e lembra de toda trajetória com Zeca (Flash back). Se levanta e sai em direção a porta. Corta para Nina no carro.

CENA 153

INTERNA – DIA - QUARTO

ZECA ESTÁ SE ARRUMANDO, FÁTIMA ENTRA.

FÁTIMA:

- Deixe que eu te arrumo menino!

ZECA:

- Oxe, mainha!

FÁTIMA:

- cuide bem de Nina, vice?

ZECA:

- Hoje vai ser o dia mais feliz de minha vida mainha. Não tô me aguentando de tanta algria.

FÁTIMA:

- Ieu num sei? Eu também tô muito feliz, meu fio. Olhe, oscê teim que honrar teu nome e toda família. Num se tira uma moça de família de casa dos pais, pra ficar judiando, vice?

ZECA:

- Oxe! Vou cuidar muito bem dela.

FÁTIMA:

- Tá é muito bonito! Quem diria... meu menino, um homem, tão bonito! (Abraça o filho)Vamos que tá na tua hora. (Saem).

CENA 154

INTERNA – DIA - IGREJA

PANORAMICA, IGREJA LOTADA DE CONVIDADOS, CLOSES EM PERSONAGENS COMO DESTAQUES, IOLANDA ENTRA ACOMPANHADA DE EVERALDO, JOÃO E FÁTIMA, ENTRAM COM ZECA. NO ALTAR OS PAIS DE ZECA, IOLANDA E EVERALDO SÃO PADRINHOS DE NINA. NINA CHEGA A IGREJA A CRIANÇA QUE ROSA CRIA CORRE PARA VISAR QUE A NOIVA CHEGOU. JOÃO BUSCA A NOIVA E A ENTREGA A ZECA. CHICA SE EMOCIONA.

PADRE:

- Caros irmãos, estamos aqui hoje reunidos para celebrar este ritual de amor. Em nome do pai, do filho e do espírito Santo... Amém!  Podem sentar. Caro José Carlos e Maria Cristina, olhem para trás e sem medo, olhem para todas essas pessoas... (Sobe a musica tema e mostra closes dos convidados que se intercalam com ás dois noivos, de fora escondida na porta da igreja Mariquinha observa o casamento da filha. O padre continua seu sermão Nina e Zeca trocam alianças, se beijam, saem da igreja, aplaudidos pelos convidados. Na escadaria da igreja Nina joga o buquê, Rosa pega).

CENA 155

INTERNA – DIA - IGREJA - SACRISTIA

WILDEBRANDO:

- Vem cá... (A pega pelo braço)

IOLANDA:

- (Assustada) Oxe! Que isso homem?

WILDEBRANDO:

- Meu amor, vamos embora...

IOLANDA:

- Tá fazendo o que aqui homem?

WILDEBRANDO:

- Vem comigo Iolanda... Eu já comprei as passagens, vamos embora...

IOLANDA:

- Não posso fazer isso, pelo amor de Deus! Não posso!

WILDEBRANDO:

- Como não mulher? Essa é nossa chance. Que que tu acha? Vim lhe buscar.

IOLANDA:

- Eita peste! Tu sabe que tá correndo risco...

WILDEBRANDO:

- Iolanda, por você, todo risco vale apena.

IOLANDA:

- Que saudade meu amor! (Se beijam) Que saudade de tu.

WILDEBRANDO:

- Vamos embora, vamos? Tá tudo pronto. Vem comigo, vamos...

IOLANDA:

- Quer saber? Minha filha tá casada, tá feliz, eu vou embora mais tu mesmo!

WILDEBRANDO:

- Oxe! Não sabe a alegria que me dá. (Se beijam e saiem).

TRANSIÇÃO: BELEZAS NATURAIS DE CAMPO VERDE

CENA 156

INTERNA – DIA – CENTRO DE CONVENÇÕES

MORADORES DE CAMPO VERDE VÃO ESTÃO REUNIDOS PARA CELEBRAR O LANÇAMENTO DO LIVRO ESCRITO POR ZECA. CHEGA ROSA E SEU FIEL ESCUDEIRO, ENOQUE COM AMARILES, BRUNA E MANÉ TIMBÓ JÁ ESTÃO SENTADOS NA PRIMEIRA FILHEIRA.

 

ZECA:

- A minha história de vida, minha historia pessoal e profissional se resumem em uma história de muitas lutas. Hoje posso dizer que sou um grande homem, homem este, que viu sua vida transformada, através da educação. E hoje compartilho com essa gente, minha gente... (Aplausos) (João se emociona) Graça a uma grande mulher, mulher esta que fez abrir os olhos, (Close em Bruna) não apenas para vê, mas, para enxergar, o quanto o poder das letras é capaz de promover, uma mudança tão significativa, e que me motivou a escrever a história dos meus antepassados e consequentemente a minha história. Uma vez essa grande mulher que hoje é prefeita desta cidade (Close em Bruna) me disse: que podemos mudar nossa história, se não fizermos por nós, podemos fazer por quem amamos. (Abraça os pais)Esse livro aqui, é homenagem ao senhor pai. (Entrega o livro a João que emocionado recebe. Zeca autografa os exemplares para os convidados, a câmera fecha no livro).

A imagem congela. Aparece a descrição fim.

É exibido fotos do elenco.

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 24

  HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 24

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena 146 Continuação...

MARIQUINHA:

- Vamos Nina respire fundo e faça força.

FÁTIMA:

- Vamos Nina, força...

MARIQUINHA:

- Teu fio vai nascer, Nina. Força fia, força.

FÁTIMA:

- Força! (Choro de Recém-nascido)Nasceu, Nina, nasceu!

ZECA:

- Nasceu, nasceu Nina... Nosso filho!

FÁTIMA:

- Vou limpar o bebê...

JOÃO:

- Vou com você mina véia... (Saem com o bebê)

ZECA:

- Nosso filho Nina... Nasceu!

MARIQUINHA:

- Vamos levar ela pra dentro. (Zeca carrega Nina no colo).

TRASIÇÃO: Campo Verde interior.

 

Cena 147

INTERNA – DIA – CASA DE ZECA – CASA

(Zeca está sentado na cama abraçado com Nina que mantém o resguardo. Fátima trás o bebê).

FÁTIMA:

- Olha quem tá aqui. Tome, pegue com cuidado, tá dormindo.

MARIQUINHA:

- Ele é tão lindinho... Que anjinho! Ai, que coisa mais fofa da vó.

FÁTIMA:

- Cuidado Zeca, pegue com cuidado. Nina, cuidado minha filha. É lindo demais, vice?

MARIQUINHA:

- Muito lindo!

FÁTIMA:

- Nosso netinho! Que presente Deus nos deu, né cumadre?

MARIQUINHA:

- Deixa eu ficá aqui pertinho de oscê fia, paparicando meu netinho!Ele já tem nome fia?

NINA:

- Já mainha. Vai se chamar Mateus.

MARIQUINHA:

- Que lindo!

FÁTIMA:

- É bíblico.

NINA:

- Meu filhinho!                   

TRASIÇÃO: CIDADE DE CAMPO VERDE. PASSAGEM DE TEMPO (DIAS DEPOIS).

Cena 147

INTERNA – NOITE – PREFEITURA - GABINETE

WILDEBRANDO ENTRA APRESSADO PEGA UM DOCUMENTOS, FAZ UMA LIGAÇÃO TELEFONICA.

WILDEBRANDO:

- Dona Marcolina... Mande que preparem o Jato.

IOLANDA:

- Cherrie, que afobamento é esse? Até parece que vai tirar o pai da forca.

WILDEBRANDO:

- A cabeça não, mas o pescoço sim.

IOLANDA:

- Não entendi foi nada!

WILDEBRANDO:

- Oxente Iolanda! Arrume suas coisas. Se avexe, vamos...

IOLANDA:

- Quê que é, vamos viajar é?

WILDEBRANDO:

- Vamos.

IOLANDA:

- Ai cherrie! Adoro! Vamos viajar pra onde? Pra Europa, é? Ah, eu sempre tive vontade de conhecer Dallas!

WILDEBRANDO:

- Dallas, fica nos Estados Unidos minha filha!

IOLANDA:

- Oxe! Da Europa.

WILDEBRANDO:

- Iolanda, nós não estamos viajando a passeio, nós estamos fugindo, entendeu?

IOLANDA:

- Oxe! Fugindo do que? Não fiz nada!

WILDEBRANDO:

- Você, eu, nós, estamos envolvidos em escândalos na prefeitura de Campo Verde, entendeu?

IOLANDA:

- Eu?

WILDEBRANDO:

- Você sim senhora. Gilmar fez você abrir contas fantasmas em paraísos fiscais, Entendeu? A polícia já sabe disso, e logo-logo vai está chegando aqui. E se não fomos embora, nós vamos parar é na cadeia, entendeu, minha filha?

IOLANDA:

- Oxe! Não entendi foi nada. Nunca fiz nada. Nunca soube de nada.

WILDEBRANDO:

- Que dizer que assinava documentos sem ler?

IOLANDA:

- Que eu assinava era prestação de gastos, faturas...

 

 

 

WILDEBRANDO:

- Gilmar mentiu. Suas contas já foram congeladas e bloqueadas. Iolanda, nós não temos mais nada, mais nada... Entendeu? E ainda vou parar no xilindró!

IOLANDA:

- Oxê! Eu não! Eu sou inocente! Eu fui usada! Ah, maldito coronel!

WILDEBRANDO:

- Iolanda, venha comigo meu amor. Se ficar, será investigada e presa.

IOLANDA:

- Não, eu não posso!

WILDEBRANDO:

- E nosso amor?

IOLANDA:

- Não Wildebrando, eu não posso abandonar de novo minha filha. Não suportarei conviver com essa nova culpa. Vá você.

WILDEBRANDO:

- E nós?

IOLANDA:

- Eu vou ficar aqui pra provar minha inocência. E logo vou lhe procurar...

WILDEBRANDO:

- (Beija Iolanda) Eu te amo Iolanda.

IOLANDA:

- Também te amo Wildebrando Brasão! Agora vá... Vá homem. (Ele sai) Will? (Para na porta). Não deixem que lhe peguem. (Senta-se, bate com força). Maldito coronel!

 

CORTA PARA ÁREA EXTERNA.

Cena 147

EXTERNA – NOITE – PREFEITURA - ESTACIONAMENTO

WILDEBRANDO APRESSADO ENTRA NO CARRO. SANTINHA CHEGA PUXANDO UMA MALA.

SANTINHA:

- Wildebrando Brasão...

WILDEBRANDO:

- Minha mãe?

SANTINHA:

- Eu quero falar com você.

WILDEBRANDO:

- Mas, o que a senhora deseja? Tô atrasado. Tenho que sair fora. A senhora sabe que se eu continuar aqui mais um minutinho, posso ser preso. A senhora vai ter que me visitar na cadeia, num sabe?

SANTINHA:

- Inteligência nunca foi o forte dos homens dessa família. E você é igualzinho seu pai, um frouxo!

WILDEBRANDO:

- Meu pai, foi o homem mais digno que conheci, vice minha mãe? E a senhora, hein? Santinha Brasão... Quê que adinhantou ser tão artelhosa? Hein, fale, responda? Perdeu a língua foi? (Entra no carro).

SANTINHA:

- Não fuja, não seja um covarde.  (Vai para frente do carro para impedir a saída). Não vai... Não vai sair com esse caro. Não me vire as costas. Já fez isso uma vez, mas agora, você não sai...

WILDEBRANDO:

- Oxente, minha mãe!

SANTINHA:

- Não vai... (Ele dá a partida) Não vai Wildebrando.

WILDEBRANDO:

- Saia da minha frente minha mãe.

SANTINHA:

- Não vou sair...

WILDEBRANDO:

- Por favor saia, ou eu vou acabar fazendo uma besteira.

SANTINHA:

- Não vou sair... (Chorando).

WILDEBRANDO:

- saia minha, olhe que passo por cima.

SANTINHA:

- Você faria isso comigo meu filho?

WILDEBRANDO:

- Não faça drama, saia da minha frente minha mãe. Quer vê seu filho preso? Por favor minha mãe... (Santinha sai chorando entra na prefeitura. Ele dar partida e sai).

Cena 148

INTERNA – NOITE – PREFEITURA – GABINETE

(Iolanda está sentada pensativa, entra Santinha Brasão, chorando puxando sua mala).

SANTINHA:

- Iolanda! (Se recompõe).

 

IOLANDA:

- Oxê! A senhora é? Já vou lhe dizendo, se veio aqui pra me ofender, hoje não tô muito bem! Já tô com meus nervos, a flor da pele. Pra assentar a mão na cara de um, não falta nada.

SANTINHA:

- Se acalme mulé!

IOLANDA:

- Diga logo o quer, que não tenho muito tempo a perder não...

SANTINHA:

- Vim propor um negócio.

IOLANDA:

- A senhora acha mesmo que vou fazer algum negócio com a senhora é? Só se eu for muito lesa mesmo!

SANTINHA:

- Se esqueceu, que estamos sozinhas? Se nos unimos, ficaremos mais fortes.

IOLANDA:

- A senhora acha que tô louca, me unir a senhora? Uma cobra peçonhenta, uma surucucu de saia...

SANTINHA:

- Não me ofenda, você não é mais aquela mulher respeitada e protegida... O coronel bateu as botas e não te protege mais. E o meu filho... (Gargalhada) esse sim, é um frouxo!

IOLANDA:

- E é a única coisa boa, que esse demônio que é assenhora, soube fazer. Olhe, Wildebrando é o homem da minha vida! O amor da minha vida. Ah, esqueci! A senhora não entenda nada de amor.

SANTINHA:

- Esse mundo está mesmo perdido! Onde já se viu? Uma quenga, falando de amor!

IOLANDA:

- Fui uma quenga sim! Com muito orgulho. Já fiz muitos homens feliz... E o teu homem, quantas vezes foi lá chorar as pitangas, porquê a senhora deu foi o golpe da barriga.

SANTINHA:

- Me respeite sua quenga! Eu quero vê você, é num bordel de quinta, de beira de estrada, morrendo a mingua, podre de doenças da vida.

IOLANDA:

- Oxê! Que não falta é lugar pra eu ficar. Agora com a assenhora... ?

SANTINHA:

- Olhe aqui sua quenga miserável, quero te vê morrendo tisga. E eu ainda vou ter o prazer, eu Santinha Brasão, de cuspir no teu túmulo. Sua mardita! (Derruba tudo na mesa).

IOLANDA:

- Fora daqui sua velha maldita, pegue sua mala e fora daqui.

SANTINHA:

- Quenga!

 

IOLANDA:

- Fora, chirumba!

SANTINHA:

- Eu sai quando eu quiser. Sua rampera! (sai)

IOLANDA:

- Oxê! Essa peste está é ficando louca! (Pega seus objetos pessoais e sai).

TRANSIÇÃO: NOITE – CIDADE DE CAMPO VERDE.

CENA 148

EXTERNA – NOITE – PRAÇA

(BRUNA ACOMPANHADA DE MANÉ TIMBÓ, FAZ DISCURSO DE AGRADECIMENTO PELA VITÓRIA NAS ELEIÇÕES).

BRUNA:

- Hoje a cidade de Campo Verde presencia um marco em sua história, pela primeira vez, o povo desta cidade, não viverá mais sobre o domínio dos coronéis. Nossos antepassados sofreram muito sobre os cabrestos deles. Mas, hoje, nós, povo, reunidos, demos o nosso basta! O povo reagiu e nas urnas disse, não! (Todos aplaudem)Deu um basta aos desmandos desses coronéis... E toda essa corja, que disfarçados de bem feitores, representavam e exploravam o povo. (Aplaudes) Hoje, eu como prefeita eleita dessa cidade, de modo direto e pelo povo, para o povo, vou dar-lhes tudo que lhes foram negados. (Aplausos) Trabalharemos em prol da saúde, educação e do trabalho. Seja você um trabalhador rural ou não, terão dignidade. (Aplausos)Eu sei meus amigos que não será fácil, mas tenho a certeza que vocês como povo, estão ao meu lado. E Campo Verde será uma cidade do progresso, e nós, preservaremos as belezas naturais dessa cidade tão amada e querida. Viva Campo Verde! (Todos ovacionam a nova prefeita).

TRANSIÇÃO: CAMPO VERDE ZONA RURAL

CENA 149

EXTERNA – DIA – CAMPO

PASSAGEM DO TEMPO

NINA PASSEIA COM MATEUS E HÁ UM CLIMA DE MUITA FELIDADE ENTRE OS DOIS.

IMAGEM CONGELA EM NINA, ABRAÇADA COM MATHEUS.

A SEGUIR...

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 23

 HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 23

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena 140 Continuação...

 

EXTERNA – NOITE - MATA

AMARILIS ESTÁ ANDANDO ENTRE AS ÁRVORES OUVE PASSOS, HÁ LATIDOS DE CACHORROS, PASSOS ENTRE FOLHAS SECAS, COM UMA LANTERNA AMARILES TENTA VENVER A ESCURIDÃO. NEGO BAUTEAU MOUCHE A SEGUE E A ATACA.ELA JOGA A LUZ DA LANTERNA NO ROSTO DELE.

AMARÍLES: - (Grito de pavor)

ENOQUE APARECE E ATIRA NO AGRESSOR QUE CAI DE JOELHOS AOS PÉS DE AMARILES. ELE ESTÁ NO CHAO DE BRUCHOS, ENOQUE VIRA-O RETIRA A MÁSCARA, E É REVALADO A IDENTIDADE.

ENOQUE: - Ai, ai...

AMARÍLES: - Bodoque! Mas, não pode ser.

ENOQUE: - É, é um louco. Um doente, psicopata. Se aproveitava da lenda pra atacar as mulheres desta cidade. (Enoque coloca seu terno em Amaríles). Vamos, vou tirá-la daqui. (Saem).

CENA 141

TRANSIÇÃO: ZONA RURAL CAMPO VERDE (DIAS DEPOIS)

MOSTRA CENAS DA SALA DE AULA ONDE ZECA FAZ O EJA. PADRE EGÍDIO REZANDO, FÁTIMA ALIMENTANDO AS GALINHAS, MARIQUINHA VARRENDO A CASA, SANTINHA REZANDO, JOÃO FUMANDO, MANÉ TIMBÓ PENSATIVO E COTIDIANO DO INTERIOR.

Corta para fachada da casa de Mariquinha.

 

 

 

 

CENA 142

INTERNA – DIA – CASA DE MARIQUINHA – COZINHA

(Nina está grávida de quase nove meses)

FÁTIMA:

- Escute cumadre, mais tarde, vou fazer um bolinho de milho lá em casa. Ieu quero que oscê e toda família vão lá em casa ceiá comigo, vice?

MARIQUINHA:

- Cumadre, bolo igual o seu, aqui nesssa redondeza, não tem.

NINA:

- Hum! Olha, só de pensa, me dá até água na boca.

FÁTIMA:

- Olhe fia, vá leva comida pros homem lá na roça, vá.

NINA:

- Vou sim. Licença vice? (Nina sai com as marmitas enroladas em panos de pratos).

MARIQUINHA:

- Cumadre, deixa eu por um cafezinho pra oscê. Oh cumadre! Deixa eu me sentá aqui um pouquinho pra gente fofocar... Tõ toda feliz, toda boba...

FÁTIMA:

- Ieu então? Então cumadre... Fiz o teste da moela, deu abertinha. É femea!

MARIQUINHA:

- Não, não, não cumadre. Eu fiz o teste do coração, deu fechadinho. É macho!

 

FÁTIMA:

- O da moela não faia... É  macho!

MARIQUINHA:

- É fêmea...

(as duas teimam)

CENA 143

EXTERNA – DIA – CAMPO

(NINA CHEGA COM AS MARMITAS PARA ZECA E JOÃO QUE ESTÃO TRABALHANDO NO CAMPO).

NINA:

- Seu João, zeca... Trouxe o armoço.

JOÃO:

- Vai comendo, que vou dá uma fumada.

(NINA SENTE CONTRAÇÕES)

NINA:

- A bolsa...

JOÃO:

- Que bolsa, onde?

ZECA:

- É teu filho que vai naiscê homi...

NINA:

- Ai meu deus! Estourou...

JOÃO:

- Vou buscar Fátima e Mariquinha... (Sai apressado).

ZECA:

- Calma Nina, calma... (Surper tenso).

TRANSIÇÃO: CIDADE DE CAMPO VERDE.

CENA 144

EXTERNA – DIA – PRAÇA

EGÍDIO:

- Eu estava a sua espera.

MENININHA:

- mai foi muito difícil pra mim, vir até aqui, num sabe?

EGÍDIO:

- Eu sei.

MENININHA:

- Já num sei como esconder isso que tô sentindo. Mas, ieu num podia tá guardando esse sentimento dentro mim.

EGÍDIO:

- É uma confissão?

MENININHA:

- Não. É uma declaração! Eu vou queimar no fogo do inferno por isso, mas, não mais que tô queimando aqui dentro... Entende?

EGÍDIO:

- É tão difícil negar sentimentos, Deus é testemunha, eu fiz de tudo... Larguei minha vida, a batina, por você, Menininha. 

MENININHA:

- Eu não quero mais ficar longe de você, a muito tempo não sinto algo assim, estou completamente apaixonada por você.

EGÍDIO:

- E eu por você. Eu te amo menininha, te amo. (A beija).

 

EGÍDIO:

- Vamos embora...

MENININHA:

- Não está certo. Não posso fazer isso. Mas, e a igreja, sua batina? Não pode abandonar tudo.

EGÍDIO:

- Com a igreja e com Deus, eu me entendo. Vamos embora agora.

MENININHA:

- Agora?

EGÍDIO:

- Sim, agora. (Beijam-se)

 

Transição: Campo Verde Cidade.

CENA 145

EXTERNA – DIA – CASA DE QUERÊNCIA

(Querência anda de um lado para o outro, está nervosa).

ENOQUE:

- Dona Querência?

QUERÊNCIA:

- Pois não?

ENOQUE:

- A senhora está presa.

QUERÊNCIA:

- Sobre que acusação?

ENOQUE:

- Assassinato. O assassinato de Francisco Silva.

QUERÊNCIA:

- E como que o senhor descobriu?

ENOQUE:

- Não existe crime perfeito, sempre fica rastro.

QUERÊNCIA:

- Morreu por merecer, aquele cão do cabrunco. Não valia um tostão, ruim feito cão.

ENOQUE:

- A senhora destruiu a sua vida.

QUERÊNCIA:

- Fiz e faria tudo de novo se preciso fosse.

(Everaldo chega e presencia a conversa)

ENOQUE:

- A senhora terá muito tempo pra se arrepender.

QUERÊNCIA:

- Eu contratei um pistoleiro para dá cabo daquele cabra safado. Fiz tudo isso pela felicidade de meu filho.

EVERALDO:

- Como assim, a senhora minha mãe?

QUERÊNCIA:

- Fiz sim. E ainda paguei a Francisco para lhe separar daquela uma.

EVERALDO:

- Como foi capaz?

 

QUERÊNCIA:

- Faria tudo de novo. Faço qualquer coisa pela felicidade de minha família, sou capaz disso e muito mais.

EVERALDO:

- Não entendo, minha própria mãe.

ENOQUE:

- Vamos...

QUERÊNCIA:

- Vamos sim. (Eles saem Everaldo fica desolado).

EVERALDO:

- A minha mãe. Uma assassina!

CORTA PARA O CAMPO NINA ENTRA EM TRABALHO DE PARTO.

CENA 146

EXTERNA – DIA – CAMPO

ZECA DEITA NINA PARA QUE FIQUE CONFORTÁVEL.

NINA:

- Cadê mainha?

ZECA:

- Calma Nina, calma!

NINA:

- Pelo amor de Deus Zeca! Tá doendo Zeca... Mainha! (Grita)

ZECA:

- Calma mulher, calma. Tá chegando.

NINA:

- (Muita dor) Ah! Zeca ajude, acuda!

 

ZECA:

- Paciência, calme, mainha tá chegando... Vai dá tudo certo vice? Eu tô aqui com oscê.

MARIQUINHA:

- Oh meu pai! Chegou a hora...

FÁTIMA:

- Minha Nossa Senhora! Segure ela Zeca, opoie em teu colo.

MARIQUINHA:

- Vamos Nina respire fundo e faça força.

FÁTIMA:

- Vamos Nina, força...

MARIQUINHA:

- Teu fio vai nascer, Nina. Força fia, força.

NINA FAZ FORÇA, GRITA BASTANTE. O BEBÊ NASCE. OUVE-SE UM CHORO, IMAGEM CONGELA EM NINA CHORANDO EMOCIONADA.

A SEGUIR...

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