fevereiro 25, 2022

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 24

  HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 24

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena 146 Continuação...

MARIQUINHA:

- Vamos Nina respire fundo e faça força.

FÁTIMA:

- Vamos Nina, força...

MARIQUINHA:

- Teu fio vai nascer, Nina. Força fia, força.

FÁTIMA:

- Força! (Choro de Recém-nascido)Nasceu, Nina, nasceu!

ZECA:

- Nasceu, nasceu Nina... Nosso filho!

FÁTIMA:

- Vou limpar o bebê...

JOÃO:

- Vou com você mina véia... (Saem com o bebê)

ZECA:

- Nosso filho Nina... Nasceu!

MARIQUINHA:

- Vamos levar ela pra dentro. (Zeca carrega Nina no colo).

TRASIÇÃO: Campo Verde interior.

 

Cena 147

INTERNA – DIA – CASA DE ZECA – CASA

(Zeca está sentado na cama abraçado com Nina que mantém o resguardo. Fátima trás o bebê).

FÁTIMA:

- Olha quem tá aqui. Tome, pegue com cuidado, tá dormindo.

MARIQUINHA:

- Ele é tão lindinho... Que anjinho! Ai, que coisa mais fofa da vó.

FÁTIMA:

- Cuidado Zeca, pegue com cuidado. Nina, cuidado minha filha. É lindo demais, vice?

MARIQUINHA:

- Muito lindo!

FÁTIMA:

- Nosso netinho! Que presente Deus nos deu, né cumadre?

MARIQUINHA:

- Deixa eu ficá aqui pertinho de oscê fia, paparicando meu netinho!Ele já tem nome fia?

NINA:

- Já mainha. Vai se chamar Mateus.

MARIQUINHA:

- Que lindo!

FÁTIMA:

- É bíblico.

NINA:

- Meu filhinho!                   

TRASIÇÃO: CIDADE DE CAMPO VERDE. PASSAGEM DE TEMPO (DIAS DEPOIS).

Cena 147

INTERNA – NOITE – PREFEITURA - GABINETE

WILDEBRANDO ENTRA APRESSADO PEGA UM DOCUMENTOS, FAZ UMA LIGAÇÃO TELEFONICA.

WILDEBRANDO:

- Dona Marcolina... Mande que preparem o Jato.

IOLANDA:

- Cherrie, que afobamento é esse? Até parece que vai tirar o pai da forca.

WILDEBRANDO:

- A cabeça não, mas o pescoço sim.

IOLANDA:

- Não entendi foi nada!

WILDEBRANDO:

- Oxente Iolanda! Arrume suas coisas. Se avexe, vamos...

IOLANDA:

- Quê que é, vamos viajar é?

WILDEBRANDO:

- Vamos.

IOLANDA:

- Ai cherrie! Adoro! Vamos viajar pra onde? Pra Europa, é? Ah, eu sempre tive vontade de conhecer Dallas!

WILDEBRANDO:

- Dallas, fica nos Estados Unidos minha filha!

IOLANDA:

- Oxe! Da Europa.

WILDEBRANDO:

- Iolanda, nós não estamos viajando a passeio, nós estamos fugindo, entendeu?

IOLANDA:

- Oxe! Fugindo do que? Não fiz nada!

WILDEBRANDO:

- Você, eu, nós, estamos envolvidos em escândalos na prefeitura de Campo Verde, entendeu?

IOLANDA:

- Eu?

WILDEBRANDO:

- Você sim senhora. Gilmar fez você abrir contas fantasmas em paraísos fiscais, Entendeu? A polícia já sabe disso, e logo-logo vai está chegando aqui. E se não fomos embora, nós vamos parar é na cadeia, entendeu, minha filha?

IOLANDA:

- Oxe! Não entendi foi nada. Nunca fiz nada. Nunca soube de nada.

WILDEBRANDO:

- Que dizer que assinava documentos sem ler?

IOLANDA:

- Que eu assinava era prestação de gastos, faturas...

 

 

 

WILDEBRANDO:

- Gilmar mentiu. Suas contas já foram congeladas e bloqueadas. Iolanda, nós não temos mais nada, mais nada... Entendeu? E ainda vou parar no xilindró!

IOLANDA:

- Oxê! Eu não! Eu sou inocente! Eu fui usada! Ah, maldito coronel!

WILDEBRANDO:

- Iolanda, venha comigo meu amor. Se ficar, será investigada e presa.

IOLANDA:

- Não, eu não posso!

WILDEBRANDO:

- E nosso amor?

IOLANDA:

- Não Wildebrando, eu não posso abandonar de novo minha filha. Não suportarei conviver com essa nova culpa. Vá você.

WILDEBRANDO:

- E nós?

IOLANDA:

- Eu vou ficar aqui pra provar minha inocência. E logo vou lhe procurar...

WILDEBRANDO:

- (Beija Iolanda) Eu te amo Iolanda.

IOLANDA:

- Também te amo Wildebrando Brasão! Agora vá... Vá homem. (Ele sai) Will? (Para na porta). Não deixem que lhe peguem. (Senta-se, bate com força). Maldito coronel!

 

CORTA PARA ÁREA EXTERNA.

Cena 147

EXTERNA – NOITE – PREFEITURA - ESTACIONAMENTO

WILDEBRANDO APRESSADO ENTRA NO CARRO. SANTINHA CHEGA PUXANDO UMA MALA.

SANTINHA:

- Wildebrando Brasão...

WILDEBRANDO:

- Minha mãe?

SANTINHA:

- Eu quero falar com você.

WILDEBRANDO:

- Mas, o que a senhora deseja? Tô atrasado. Tenho que sair fora. A senhora sabe que se eu continuar aqui mais um minutinho, posso ser preso. A senhora vai ter que me visitar na cadeia, num sabe?

SANTINHA:

- Inteligência nunca foi o forte dos homens dessa família. E você é igualzinho seu pai, um frouxo!

WILDEBRANDO:

- Meu pai, foi o homem mais digno que conheci, vice minha mãe? E a senhora, hein? Santinha Brasão... Quê que adinhantou ser tão artelhosa? Hein, fale, responda? Perdeu a língua foi? (Entra no carro).

SANTINHA:

- Não fuja, não seja um covarde.  (Vai para frente do carro para impedir a saída). Não vai... Não vai sair com esse caro. Não me vire as costas. Já fez isso uma vez, mas agora, você não sai...

WILDEBRANDO:

- Oxente, minha mãe!

SANTINHA:

- Não vai... (Ele dá a partida) Não vai Wildebrando.

WILDEBRANDO:

- Saia da minha frente minha mãe.

SANTINHA:

- Não vou sair...

WILDEBRANDO:

- Por favor saia, ou eu vou acabar fazendo uma besteira.

SANTINHA:

- Não vou sair... (Chorando).

WILDEBRANDO:

- saia minha, olhe que passo por cima.

SANTINHA:

- Você faria isso comigo meu filho?

WILDEBRANDO:

- Não faça drama, saia da minha frente minha mãe. Quer vê seu filho preso? Por favor minha mãe... (Santinha sai chorando entra na prefeitura. Ele dar partida e sai).

Cena 148

INTERNA – NOITE – PREFEITURA – GABINETE

(Iolanda está sentada pensativa, entra Santinha Brasão, chorando puxando sua mala).

SANTINHA:

- Iolanda! (Se recompõe).

 

IOLANDA:

- Oxê! A senhora é? Já vou lhe dizendo, se veio aqui pra me ofender, hoje não tô muito bem! Já tô com meus nervos, a flor da pele. Pra assentar a mão na cara de um, não falta nada.

SANTINHA:

- Se acalme mulé!

IOLANDA:

- Diga logo o quer, que não tenho muito tempo a perder não...

SANTINHA:

- Vim propor um negócio.

IOLANDA:

- A senhora acha mesmo que vou fazer algum negócio com a senhora é? Só se eu for muito lesa mesmo!

SANTINHA:

- Se esqueceu, que estamos sozinhas? Se nos unimos, ficaremos mais fortes.

IOLANDA:

- A senhora acha que tô louca, me unir a senhora? Uma cobra peçonhenta, uma surucucu de saia...

SANTINHA:

- Não me ofenda, você não é mais aquela mulher respeitada e protegida... O coronel bateu as botas e não te protege mais. E o meu filho... (Gargalhada) esse sim, é um frouxo!

IOLANDA:

- E é a única coisa boa, que esse demônio que é assenhora, soube fazer. Olhe, Wildebrando é o homem da minha vida! O amor da minha vida. Ah, esqueci! A senhora não entenda nada de amor.

SANTINHA:

- Esse mundo está mesmo perdido! Onde já se viu? Uma quenga, falando de amor!

IOLANDA:

- Fui uma quenga sim! Com muito orgulho. Já fiz muitos homens feliz... E o teu homem, quantas vezes foi lá chorar as pitangas, porquê a senhora deu foi o golpe da barriga.

SANTINHA:

- Me respeite sua quenga! Eu quero vê você, é num bordel de quinta, de beira de estrada, morrendo a mingua, podre de doenças da vida.

IOLANDA:

- Oxê! Que não falta é lugar pra eu ficar. Agora com a assenhora... ?

SANTINHA:

- Olhe aqui sua quenga miserável, quero te vê morrendo tisga. E eu ainda vou ter o prazer, eu Santinha Brasão, de cuspir no teu túmulo. Sua mardita! (Derruba tudo na mesa).

IOLANDA:

- Fora daqui sua velha maldita, pegue sua mala e fora daqui.

SANTINHA:

- Quenga!

 

IOLANDA:

- Fora, chirumba!

SANTINHA:

- Eu sai quando eu quiser. Sua rampera! (sai)

IOLANDA:

- Oxê! Essa peste está é ficando louca! (Pega seus objetos pessoais e sai).

TRANSIÇÃO: NOITE – CIDADE DE CAMPO VERDE.

CENA 148

EXTERNA – NOITE – PRAÇA

(BRUNA ACOMPANHADA DE MANÉ TIMBÓ, FAZ DISCURSO DE AGRADECIMENTO PELA VITÓRIA NAS ELEIÇÕES).

BRUNA:

- Hoje a cidade de Campo Verde presencia um marco em sua história, pela primeira vez, o povo desta cidade, não viverá mais sobre o domínio dos coronéis. Nossos antepassados sofreram muito sobre os cabrestos deles. Mas, hoje, nós, povo, reunidos, demos o nosso basta! O povo reagiu e nas urnas disse, não! (Todos aplaudem)Deu um basta aos desmandos desses coronéis... E toda essa corja, que disfarçados de bem feitores, representavam e exploravam o povo. (Aplaudes) Hoje, eu como prefeita eleita dessa cidade, de modo direto e pelo povo, para o povo, vou dar-lhes tudo que lhes foram negados. (Aplausos) Trabalharemos em prol da saúde, educação e do trabalho. Seja você um trabalhador rural ou não, terão dignidade. (Aplausos)Eu sei meus amigos que não será fácil, mas tenho a certeza que vocês como povo, estão ao meu lado. E Campo Verde será uma cidade do progresso, e nós, preservaremos as belezas naturais dessa cidade tão amada e querida. Viva Campo Verde! (Todos ovacionam a nova prefeita).

TRANSIÇÃO: CAMPO VERDE ZONA RURAL

CENA 149

EXTERNA – DIA – CAMPO

PASSAGEM DO TEMPO

NINA PASSEIA COM MATEUS E HÁ UM CLIMA DE MUITA FELIDADE ENTRE OS DOIS.

IMAGEM CONGELA EM NINA, ABRAÇADA COM MATHEUS.

A SEGUIR...

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