HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 24
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Novela de Marcondys França
Direção: Marcondys
França, Cauê Bonifacil, Dill França e Albino
Ventura
Direção
Geral de Marcondys França
Cena 146 Continuação...
MARIQUINHA:
-
Vamos Nina respire fundo e faça força.
FÁTIMA:
-
Vamos Nina, força...
MARIQUINHA:
-
Teu fio vai nascer, Nina. Força fia, força.
FÁTIMA:
-
Força! (Choro de Recém-nascido)Nasceu,
Nina, nasceu!
ZECA:
-
Nasceu, nasceu Nina... Nosso filho!
FÁTIMA:
-
Vou limpar o bebê...
JOÃO:
-
Vou com você mina véia... (Saem com o
bebê)
ZECA:
-
Nosso filho Nina... Nasceu!
MARIQUINHA:
-
Vamos levar ela pra dentro. (Zeca
carrega Nina no colo).
TRASIÇÃO: Campo Verde interior.
Cena 147
INTERNA – DIA – CASA DE ZECA – CASA
(Zeca está sentado na cama abraçado com Nina que mantém o resguardo.
Fátima trás o bebê).
FÁTIMA:
-
Olha quem tá aqui. Tome, pegue com cuidado, tá dormindo.
MARIQUINHA:
-
Ele é tão lindinho... Que anjinho! Ai, que coisa mais fofa da vó.
FÁTIMA:
- Cuidado
Zeca, pegue com cuidado. Nina, cuidado minha filha. É lindo demais, vice?
MARIQUINHA:
-
Muito lindo!
FÁTIMA:
- Nosso netinho! Que presente Deus nos deu, né cumadre?
MARIQUINHA:
- Deixa eu ficá aqui pertinho de oscê fia, paparicando
meu netinho!Ele já tem nome fia?
NINA:
-
Já mainha. Vai se chamar Mateus.
MARIQUINHA:
- Que lindo!
FÁTIMA:
-
É bíblico.
NINA:
-
Meu filhinho!
TRASIÇÃO: CIDADE DE CAMPO VERDE. PASSAGEM DE
TEMPO (DIAS DEPOIS).
Cena 147
INTERNA – NOITE – PREFEITURA - GABINETE
WILDEBRANDO ENTRA APRESSADO PEGA UM DOCUMENTOS, FAZ UMA LIGAÇÃO
TELEFONICA.
WILDEBRANDO:
-
Dona Marcolina... Mande que preparem o Jato.
IOLANDA:
-
Cherrie, que afobamento é esse? Até parece que vai tirar o pai da forca.
WILDEBRANDO:
- A
cabeça não, mas o pescoço sim.
IOLANDA:
-
Não entendi foi nada!
WILDEBRANDO:
-
Oxente Iolanda! Arrume suas coisas. Se avexe, vamos...
IOLANDA:
-
Quê que é, vamos viajar é?
WILDEBRANDO:
-
Vamos.
IOLANDA:
-
Ai cherrie! Adoro! Vamos viajar pra onde? Pra Europa, é? Ah, eu sempre tive
vontade de conhecer Dallas!
WILDEBRANDO:
-
Dallas, fica nos Estados Unidos minha filha!
IOLANDA:
-
Oxe! Da Europa.
WILDEBRANDO:
- Iolanda, nós não estamos viajando a passeio, nós
estamos fugindo, entendeu?
IOLANDA:
-
Oxe! Fugindo do que? Não fiz nada!
WILDEBRANDO:
- Você, eu, nós, estamos envolvidos em escândalos na
prefeitura de Campo Verde, entendeu?
IOLANDA:
-
Eu?
WILDEBRANDO:
- Você sim senhora. Gilmar fez você abrir contas
fantasmas em paraísos fiscais, Entendeu? A polícia já sabe disso, e logo-logo
vai está chegando aqui. E se não fomos embora, nós vamos parar é na cadeia,
entendeu, minha filha?
IOLANDA:
- Oxe! Não entendi foi nada. Nunca fiz nada. Nunca soube
de nada.
WILDEBRANDO:
- Que dizer que assinava documentos sem ler?
IOLANDA:
- Que eu assinava era prestação de gastos, faturas...
WILDEBRANDO:
- Gilmar mentiu. Suas contas já foram congeladas e
bloqueadas. Iolanda, nós não temos mais nada, mais nada... Entendeu? E ainda
vou parar no xilindró!
IOLANDA:
-
Oxê! Eu não! Eu sou inocente! Eu fui usada! Ah, maldito coronel!
WILDEBRANDO:
-
Iolanda, venha comigo meu amor. Se ficar, será investigada e presa.
IOLANDA:
-
Não, eu não posso!
WILDEBRANDO:
-
E nosso amor?
IOLANDA:
- Não Wildebrando, eu não posso abandonar de novo minha
filha. Não suportarei conviver com essa nova culpa. Vá você.
WILDEBRANDO:
-
E nós?
IOLANDA:
-
Eu vou ficar aqui pra provar minha inocência. E logo vou lhe procurar...
WILDEBRANDO:
-
(Beija Iolanda) Eu te amo Iolanda.
IOLANDA:
- Também te amo Wildebrando Brasão! Agora vá... Vá homem.
(Ele sai) Will? (Para na porta). Não deixem que lhe
peguem. (Senta-se, bate com força).
Maldito coronel!
CORTA PARA ÁREA EXTERNA.
Cena 147
EXTERNA – NOITE – PREFEITURA - ESTACIONAMENTO
WILDEBRANDO APRESSADO ENTRA NO CARRO.
SANTINHA CHEGA PUXANDO UMA MALA.
SANTINHA:
-
Wildebrando Brasão...
WILDEBRANDO:
-
Minha mãe?
SANTINHA:
-
Eu quero falar com você.
WILDEBRANDO:
- Mas, o que a senhora deseja? Tô atrasado. Tenho que
sair fora. A senhora sabe que se eu continuar aqui mais um minutinho, posso ser
preso. A senhora vai ter que me visitar na cadeia, num sabe?
SANTINHA:
- Inteligência
nunca foi o forte dos homens dessa família. E você é igualzinho seu pai, um
frouxo!
WILDEBRANDO:
-
Meu pai, foi o homem mais digno que conheci, vice minha mãe? E a senhora, hein?
Santinha Brasão... Quê que adinhantou ser tão artelhosa? Hein, fale, responda?
Perdeu a língua foi? (Entra no carro).
SANTINHA:
-
Não fuja, não seja um covarde. (Vai para frente do carro para impedir a
saída). Não vai... Não vai sair com esse caro. Não me vire as costas. Já
fez isso uma vez, mas agora, você não sai...
WILDEBRANDO:
-
Oxente, minha mãe!
SANTINHA:
-
Não vai... (Ele dá a partida) Não
vai Wildebrando.
WILDEBRANDO:
-
Saia da minha frente minha mãe.
SANTINHA:
-
Não vou sair...
WILDEBRANDO:
- Por favor saia, ou eu vou acabar fazendo uma besteira.
SANTINHA:
-
Não vou sair... (Chorando).
WILDEBRANDO:
-
saia minha, olhe que passo por cima.
SANTINHA:
-
Você faria isso comigo meu filho?
WILDEBRANDO:
- Não faça drama, saia da minha frente minha mãe. Quer vê
seu filho preso? Por favor minha mãe... (Santinha
sai chorando entra na prefeitura. Ele dar partida e sai).
Cena 148
INTERNA – NOITE – PREFEITURA – GABINETE
(Iolanda está sentada pensativa, entra Santinha Brasão, chorando puxando
sua mala).
SANTINHA:
- Iolanda!
(Se recompõe).
IOLANDA:
- Oxê!
A senhora é? Já vou lhe dizendo, se veio aqui pra me ofender, hoje não tô muito
bem! Já tô com meus nervos, a flor da pele. Pra assentar a mão na cara de um,
não falta nada.
SANTINHA:
-
Se acalme mulé!
IOLANDA:
- Diga
logo o quer, que não tenho muito tempo a perder não...
SANTINHA:
- Vim
propor um negócio.
IOLANDA:
- A
senhora acha mesmo que vou fazer algum negócio com a senhora é? Só se eu for
muito lesa mesmo!
SANTINHA:
-
Se esqueceu, que estamos sozinhas? Se nos unimos, ficaremos mais fortes.
IOLANDA:
- A
senhora acha que tô louca, me unir a senhora? Uma cobra peçonhenta, uma
surucucu de saia...
SANTINHA:
- Não
me ofenda, você não é mais aquela mulher respeitada e protegida... O coronel
bateu as botas e não te protege mais. E o meu filho... (Gargalhada) esse sim, é
um frouxo!
IOLANDA:
- E é a única coisa boa, que esse demônio que é
assenhora, soube fazer. Olhe, Wildebrando é o homem da minha vida! O amor da
minha vida. Ah, esqueci! A senhora não entenda nada de amor.
SANTINHA:
-
Esse mundo está mesmo perdido! Onde já se viu? Uma quenga, falando de amor!
IOLANDA:
- Fui uma quenga sim! Com muito orgulho. Já fiz muitos
homens feliz... E o teu homem, quantas vezes foi lá chorar as pitangas, porquê
a senhora deu foi o golpe da barriga.
SANTINHA:
- Me respeite sua quenga! Eu quero vê você, é num bordel
de quinta, de beira de estrada, morrendo a mingua, podre de doenças da vida.
IOLANDA:
- Oxê!
Que não falta é lugar pra eu ficar. Agora com a assenhora... ?
SANTINHA:
- Olhe aqui sua quenga miserável, quero te vê morrendo
tisga. E eu ainda vou ter o prazer, eu Santinha Brasão, de cuspir no teu
túmulo. Sua mardita! (Derruba tudo na
mesa).
IOLANDA:
- Fora
daqui sua velha maldita, pegue sua mala e fora daqui.
SANTINHA:
-
Quenga!
IOLANDA:
-
Fora, chirumba!
SANTINHA:
- Eu sai quando eu quiser. Sua rampera! (sai)
IOLANDA:
-
Oxê! Essa peste está é ficando louca! (Pega
seus objetos pessoais e sai).
TRANSIÇÃO: NOITE – CIDADE DE CAMPO VERDE.
CENA 148
EXTERNA – NOITE – PRAÇA
(BRUNA ACOMPANHADA DE MANÉ TIMBÓ, FAZ DISCURSO DE AGRADECIMENTO PELA
VITÓRIA NAS ELEIÇÕES).
BRUNA:
- Hoje a cidade de Campo Verde presencia um marco em sua
história, pela primeira vez, o povo desta cidade, não viverá mais sobre o
domínio dos coronéis. Nossos antepassados sofreram muito sobre os cabrestos
deles. Mas, hoje, nós, povo, reunidos, demos o nosso basta! O povo reagiu e nas
urnas disse, não! (Todos aplaudem)Deu
um basta aos desmandos desses coronéis... E toda essa corja, que disfarçados de
bem feitores, representavam e exploravam o povo. (Aplaudes) Hoje, eu como prefeita eleita dessa cidade, de modo
direto e pelo povo, para o povo, vou dar-lhes tudo que lhes foram negados. (Aplausos) Trabalharemos em prol da
saúde, educação e do trabalho. Seja você um trabalhador rural ou não, terão
dignidade. (Aplausos)Eu sei meus
amigos que não será fácil, mas tenho a certeza que vocês como povo, estão ao
meu lado. E Campo Verde será uma cidade do progresso, e nós, preservaremos as
belezas naturais dessa cidade tão amada e querida. Viva Campo Verde! (Todos ovacionam a nova prefeita).
TRANSIÇÃO: CAMPO VERDE ZONA RURAL
CENA 149
EXTERNA – DIA – CAMPO
PASSAGEM DO TEMPO
NINA PASSEIA COM MATEUS E HÁ UM CLIMA DE MUITA FELIDADE ENTRE OS DOIS.
IMAGEM CONGELA EM NINA, ABRAÇADA COM
MATHEUS.
A SEGUIR...
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