HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 20
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Novela de Marcondys França
Direção: Marcondys
França, Cauê Bonifacil, Dill França e Albino
Ventura
Direção
Geral de Marcondys França
Cena 120 Continuação...
ENOQUE:
- Em que posso ser útil?
ROSA:
- Eu vim aqui lhe pedir, num sabe? Que prenda
imediatamente o delegado Fortunato. Se ele continuar solto, é um perigo para
sociedade de Campo Verde. É muito difícil pra mim, num sabe? Vim aqui e dizer
isso...
ENOQUE:
- Quer uma água senhora?
ROSA:
- Não, obrigada. Só quero que o prenda imediatamente.
ENOQUE:
- Meus homens já estão na cola, seguindo os rastros dele.
Dentre poucos dias capturaremos Fortunato.
ROSA:
- Dias é muito tempo. Pra uma pessoa maquiavélica como
ele. Olhe, eu sei onde ele está escondido.
ENOQUE:
- Sabe mesmo?
ROSA:
- Sei.
ENOQUE:
- Hum...
ROSA:
- Eu levo você até ele. Embora seja muito difícil para
uma mãe fazer uma coisa dessa. Eu levo você até lá...
ENOQUE:
- leva?
ROSA:
- Levo.
ENOQUE:
- Então vamos... (Pega
o terno) Que estamos esperando?
ROSA:
- Vamos. Bodoque!?
ENOQUE:
- Sim senhor corregedor!
ENOQUE:
- reúna os homens e vamos sair em diligência...
BODOQUE:
- Sim senhor, é pra já!
ENOQUE:
- Vamos senhora. (Saem).
Transição:
Campo Verde Interior
Cena 121
DIA – INTERNA – ESCOLA / EJA
ZECA COMEÇA O
CURSO NA ESCOLA
PROFESSORA:
- Vamos recordar as vogais. Começando pelo a. Depois
vem... Quem sabe? Quem se recorda? (Lê
com os alunos)A de amor, E de Eva, I de igreja, O de ovo, U de uva...
(Corte para
professora verificando a escrita dos alunos).
Transição:
Cidade de Campo Verde.
Cena 122
DIA – INTERNA – POSTO DE SAÚDE
BRUNA:
- Oh, seu João! Tudo bom com o senhor?
JOÃO:
- Tudo bem? Dá licencinha?
BRUNA:
- Entre, sente. E Zeca, como é que está?
JOÃO:
- Eu vim aqui mode agradecer a senhora, num sabe?
BRUNA:
- Agradecer? Oxe! Mas, do que?
JOÃO:
- É, depois daqueles conselhos que a senhora deu pro Zeca, mai num é que o menino vortou a estudar...
BRUNA:
- Que boa notícia! E como ele está? Se recuperou bem?
JOÃO:
- Tá muito bem sim, Graças a nosso Senhor Jesus Cristo!
Ele se animou e vortou a estudar naquela escola lá, num sabe?
(FLASH DE ZECA
NA ESCOLA)
BRUNA:
- Eu disse pro senhor que Zeca é um bom menino, era só
voltar a estudar...
JOÃO:
- Pois então? Voltou sim senhora, e até a saúde dele
melhorou, num sabe?
BRUNA:
- Eu disse que Zeca encontraria um novo sentido.
JOÃO:
- Tá explodindo de alegria.
BRUNA:
- Isso é muito bom, estudar é bom... Educação é tudo.
JOÃO:
- Tudo isso graças a deus, Nosso senhor Jesus cristo e a
senhora.
BRUNA:
- Imagina seu João... Não fiz mais que minha obrigação!
JOÃO:
- Que Deus abençoe a senhora. Mas, vou me indo...
BRUNA:
- Algo mais que eu possa lhe ajudar?
JOÃO:
- Não, não. Só isso mesmo. Só vim inté aqui pra
agradecer.
BRUNA:
- Então vá com Deus! Dá um abraço em Zeca e também em sua
senhora. Quando eu for praqueles lados passo lá pra tomar um café.
JOÃO:
- Será muito bem vinda. Tem inté um bolinho gostoso feito
por Fátima.
BRUNA:
- Vá com Deus!
JOÃO:
- Uma boa tarde!
(Ele sai)
Transição:
Cidade de Campo Verde
Cena 123
DIA – INTERNA – DELEGACIA
ENOQUE:
- Bodoque, Bodoque, Bodoque...?
BODOQUE:
- Sim senhor corregedor!
ENOQUE:
- Quero que entregue essas intimações. (Verifica curioso)
BODOQUE:
- Agora?
ENOQUE:
- Agora.
BODOQUE:
- Agora... Sim senhor.
ENOQUE:
- É Enoque... é hora de colocar ordem nessa cidade! (Pega o telefone fixo e disca).
Transição: Cidade de Campo verde noite
Cena 124
NOITE – INTERNA – IGREJA
PADRE EGÍDIO ENTRA EM UMA SALA ONDE HÁ UM
CLIMA MISTICO, SEGURA UMA VELA EM UMA MÃO E NA OUREA UM CHICOTE. COMEÇA A REZAR
ENQUANTO FLASHS DO SONHO COM MENININHA INVADE SUA MENTE. ELE SE PENETENCIA ATÉ
SE FERIR COM AS CHICOTADAS. CUORA E SOFRE POR ESTÁ DIVIDIDO ENTRE O CELIBATO E
O AMOR QUE SENTE POR MENININHA. CHORA.
Cena 125
NOITE – INTERNA – PREFEITURA
IOLANDA ESTÁ SE PEGANDO COM WILDEBRANDO
DENTRO DO ESCRITÓRIO NA PREFEITURA.
WILDEBRANDO:
- Tô te achando diferente...
IOLANDA:
- Sabe o que é? Tô cansada de viver de aparências, num
sabe?
WILDEBRANDO:
- E Gilmar?
IOLANDA:
- Eu gostava, num sabe? Mas, acho que era só gratidão...
E olhe? Sempre que eu fazia amor com ele, era em tu que pensava... Nesse teu
corpo jovem, nesse corpinho viril. Isso sim, me deixa bem acesa.
WILDEBRANDO:
- Pois Iolanda, pode vim quente, que tô é... Ó, tinindo!
IOLANDA:
- Calma homem, calma! Que afobado! A gente tem que tomar
cuidado com o Coronel, as coisas tá tomando um rumo muito perigoso. E ele, num
é de brincadeira num sabe? Mas sabe que preocupa mesmo? É a cobra peçonhenta da
tua mãe. Aquela surucucu de saia. Ah, desculpa, Escapuliu! Mas, é isso mesmo
que acho dela.
WILDEBRANDO:
- Num se amofine não minha querida! Eu sei que mainha não
é nada fácil, mas, com ela eu me entendo. Ele aceite ou não, já sou todo seu. (Agarra ela com euforia)
IOLANDA:
- Agora, faz o pavão pra mim, faz?
WILDEBRANDO:
- Faço, faço... Faço o que você quiser... (Faz o pavão e vai pra cima dela no birô)
(Gilmar chega armado e transtornado)
GILMAR:
- Iolanda Catolé...
IOLANDA:
- Eita diabo!
GILMAR:
- Minha Ioiozinha!
WILDEBRANDO:
- Calma coronel, calma... (Se protege por trás de Iolanda)
IOLANDA:
- Abaixa essa arma homem...
GILMAR:
- Então era com esse cavalo do cão que você estava me
traindo... Se aproveitou da minha boa vontade, pra me apunhalar pelas costas...
WILDEBRANDO:
- Não, não... painho, eu posso explicar, eu posso
explicar...
GILMAR:
- É? Explicar? Explicar o que? Explicar desde quando você
está enrabichado com minha mulher por ai? sabe lá Deus a quanto tempo!
IOLANDA:
- Oxe homem! Ex mulher tá? Ex mulher!
GILMAR:
- (CHORA
TRANSTORNADO)Eu te amei Iolanda, te amei... te amei tanto, tanto, dói, dói
Iolanda. Ioiô, eu te tirei do bordel, te dei vida de rainha, e você junto com
esse emboléu ai, ficaram mangando de mim Ioiô. Me apunhalaram pelas costas
Ioiô...
IOLANDA:
- Eu explico...
GILMAR:
- Tem nada que explicar não.
WILDEBRANDO:
- Calma! Calma homem. Não é nada do que está pensando.
GILMAR:
- Não estou pensando, estou vendo.
IOLANDA:
- Homem! É teu filho.
GILMAR:
- Filho? Ele não pensou nisso Ioiô, quando ficou
encangado com você por ai...
IOLANDA:
- Não faz nada que vá se arrepender depois.
WILDEBRANDO:
- Painho..
GILMAR:
- Não tem painho. Painho que nada! Na minha terra honra,
se lava com sangue!
WILDEBRANDO:
- Não pelo amor de deus não faça isso, não faça...
IOLANDA:
- Se quer atirar, atire em mim (Close nela) Atite em mim coroné. Essa desgraça se deu por minha
culpa. (Intercala closes e geral)
Fui eu que causei essa discórdia entre vocês. Você vai emsmo sujar suas mãos
com seu próprio sangue homem? È teu filho!
GILMAR:
- (Close fechado
nele) Ah Iolanda... Por que, por que?
IOLANDA:
- Quem ama liberta!
GILMAR:
- Vou te libertar Iolanda, eu vou, vou, vou... (Close nela. Ouve-se um tiro, Iolanda grita,
CAI DESFALECIDA NOS BRAÇOS DE WILDEBRANDO).
IMAGEM CONGELA
NO GRITO. A SEGUIR
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