fevereiro 25, 2022

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 20

 HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 20

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena 120 Continuação...

ENOQUE:

- Em que posso ser útil?

ROSA:

- Eu vim aqui lhe pedir, num sabe? Que prenda imediatamente o delegado Fortunato. Se ele continuar solto, é um perigo para sociedade de Campo Verde. É muito difícil pra mim, num sabe? Vim aqui e dizer isso...

ENOQUE:

- Quer uma água senhora?

ROSA:

- Não, obrigada. Só quero que o prenda imediatamente.

ENOQUE:

- Meus homens já estão na cola, seguindo os rastros dele. Dentre poucos dias capturaremos Fortunato.

ROSA:

- Dias é muito tempo. Pra uma pessoa maquiavélica como ele. Olhe, eu sei onde ele está escondido.

ENOQUE:

- Sabe mesmo?

ROSA:

- Sei.

ENOQUE:

- Hum...

ROSA:

- Eu levo você até ele. Embora seja muito difícil para uma mãe fazer uma coisa dessa. Eu levo você até lá...

ENOQUE:

- leva?

ROSA:

- Levo.

ENOQUE:

- Então vamos... (Pega o terno) Que estamos esperando?

ROSA:

- Vamos. Bodoque!?

ENOQUE:

- Sim senhor corregedor!

ENOQUE:

- reúna os homens e vamos sair em diligência...

BODOQUE:

- Sim senhor, é pra já!

ENOQUE:

- Vamos senhora. (Saem).

Transição: Campo Verde Interior

 

 

 

Cena 121

DIA – INTERNA – ESCOLA / EJA

ZECA COMEÇA O CURSO NA ESCOLA

PROFESSORA:

- Vamos recordar as vogais. Começando pelo a. Depois vem... Quem sabe? Quem se recorda? (Lê com os alunos)A de amor, E de Eva, I de igreja, O de ovo, U de uva...

(Corte para professora verificando a escrita dos alunos).

Transição: Cidade de Campo Verde.

Cena 122

DIA – INTERNA – POSTO DE SAÚDE

BRUNA:

- Oh, seu João! Tudo bom com o senhor?

JOÃO:

- Tudo bem? Dá licencinha?

BRUNA:

- Entre, sente. E Zeca, como é que está?

JOÃO:

- Eu vim aqui mode agradecer a senhora, num sabe?

BRUNA:

- Agradecer? Oxe! Mas, do que?

JOÃO:

- É, depois daqueles conselhos que a senhora deu pro Zeca, mai num é que o menino vortou a estudar...

 

BRUNA:

- Que boa notícia! E como ele está? Se recuperou bem?

JOÃO:

- Tá muito bem sim, Graças a nosso Senhor Jesus Cristo! Ele se animou e vortou a estudar naquela escola lá, num sabe?

(FLASH DE ZECA NA ESCOLA)

BRUNA:

- Eu disse pro senhor que Zeca é um bom menino, era só voltar a estudar...

JOÃO:

- Pois então? Voltou sim senhora, e até a saúde dele melhorou, num sabe?

BRUNA:

- Eu disse que Zeca encontraria um novo sentido.

JOÃO:

- Tá explodindo de alegria.

BRUNA:

- Isso é muito bom, estudar é bom... Educação é tudo.

JOÃO:

- Tudo isso graças a deus, Nosso senhor Jesus cristo e a senhora.

BRUNA:

- Imagina seu João... Não fiz mais que minha obrigação!

JOÃO:

- Que Deus abençoe a senhora. Mas, vou me indo...

BRUNA:

- Algo mais que eu possa lhe ajudar?

JOÃO:

- Não, não. Só isso mesmo. Só vim inté aqui pra agradecer.

BRUNA:

- Então vá com Deus! Dá um abraço em Zeca e também em sua senhora. Quando eu for praqueles lados passo lá pra tomar um café.

JOÃO:

- Será muito bem vinda. Tem inté um bolinho gostoso feito por Fátima.

BRUNA:

- Vá com Deus!

JOÃO:

- Uma boa tarde! (Ele sai)

Transição: Cidade de Campo Verde

Cena 123

DIA – INTERNA – DELEGACIA

 

ENOQUE:

- Bodoque, Bodoque, Bodoque...?

BODOQUE:

- Sim senhor corregedor!

ENOQUE:

- Quero que entregue essas intimações. (Verifica curioso)

BODOQUE:

- Agora?

ENOQUE:

- Agora.

BODOQUE:

- Agora... Sim senhor.

ENOQUE:

- É Enoque... é hora de colocar ordem nessa cidade! (Pega o telefone fixo e disca).

Transição: Cidade de Campo verde noite

Cena 124

NOITE – INTERNA – IGREJA

PADRE EGÍDIO ENTRA EM UMA SALA ONDE HÁ UM CLIMA MISTICO, SEGURA UMA VELA EM UMA MÃO E NA OUREA UM CHICOTE. COMEÇA A REZAR ENQUANTO FLASHS DO SONHO COM MENININHA INVADE SUA MENTE. ELE SE PENETENCIA ATÉ SE FERIR COM AS CHICOTADAS. CUORA E SOFRE POR ESTÁ DIVIDIDO ENTRE O CELIBATO E O AMOR QUE SENTE POR MENININHA. CHORA.

 

Cena 125

NOITE – INTERNA – PREFEITURA

IOLANDA ESTÁ SE PEGANDO COM WILDEBRANDO DENTRO DO ESCRITÓRIO NA PREFEITURA.

WILDEBRANDO:

- Tô te achando diferente...

IOLANDA:

- Sabe o que é? Tô cansada de viver de aparências, num sabe?

WILDEBRANDO:

- E Gilmar?

 

 

IOLANDA:

- Eu gostava, num sabe? Mas, acho que era só gratidão... E olhe? Sempre que eu fazia amor com ele, era em tu que pensava... Nesse teu corpo jovem, nesse corpinho viril. Isso sim, me deixa bem acesa.

WILDEBRANDO:

- Pois Iolanda, pode vim quente, que tô é... Ó, tinindo!

IOLANDA:

- Calma homem, calma! Que afobado! A gente tem que tomar cuidado com o Coronel, as coisas tá tomando um rumo muito perigoso. E ele, num é de brincadeira num sabe? Mas sabe que preocupa mesmo? É a cobra peçonhenta da tua mãe. Aquela surucucu de saia. Ah, desculpa, Escapuliu! Mas, é isso mesmo que acho dela.

WILDEBRANDO:

- Num se amofine não minha querida! Eu sei que mainha não é nada fácil, mas, com ela eu me entendo. Ele aceite ou não, já sou todo seu. (Agarra ela com euforia)

IOLANDA:

- Agora, faz o pavão pra mim, faz?

WILDEBRANDO:

- Faço, faço... Faço o que você quiser... (Faz o pavão e vai pra cima dela no birô)

(Gilmar chega armado e transtornado)

GILMAR:

- Iolanda Catolé...

IOLANDA:

- Eita diabo!

GILMAR:

- Minha Ioiozinha!

WILDEBRANDO:

- Calma coronel, calma... (Se protege por trás de Iolanda)

IOLANDA:

- Abaixa essa arma homem...

GILMAR:

- Então era com esse cavalo do cão que você estava me traindo... Se aproveitou da minha boa vontade, pra me apunhalar pelas costas...

WILDEBRANDO:

- Não, não... painho, eu posso explicar, eu posso explicar...

GILMAR:

- É? Explicar? Explicar o que? Explicar desde quando você está enrabichado com minha mulher por ai? sabe lá Deus a quanto tempo!

IOLANDA:

- Oxe homem! Ex mulher tá? Ex mulher!

GILMAR:

- (CHORA TRANSTORNADO)Eu te amei Iolanda, te amei... te amei tanto, tanto, dói, dói Iolanda. Ioiô, eu te tirei do bordel, te dei vida de rainha, e você junto com esse emboléu ai, ficaram mangando de mim Ioiô. Me apunhalaram pelas costas Ioiô...

IOLANDA:

- Eu explico...

GILMAR:

- Tem nada que explicar não.

WILDEBRANDO:

- Calma! Calma homem. Não é nada do que está pensando.

GILMAR:

- Não estou pensando, estou vendo.

IOLANDA:

- Homem! É teu filho.

GILMAR:

- Filho? Ele não pensou nisso Ioiô, quando ficou encangado com você por ai...

IOLANDA:

- Não faz nada que vá se arrepender depois.

WILDEBRANDO:

- Painho..

GILMAR:

- Não tem painho. Painho que nada! Na minha terra honra, se lava com sangue!

WILDEBRANDO:

- Não pelo amor de deus não faça isso, não faça...

IOLANDA:

- Se quer atirar, atire em mim (Close nela) Atite em mim coroné. Essa desgraça se deu por minha culpa. (Intercala closes e geral) Fui eu que causei essa discórdia entre vocês. Você vai emsmo sujar suas mãos com seu próprio sangue homem? È teu filho!

GILMAR:

- (Close fechado nele) Ah Iolanda... Por que, por que?

IOLANDA:

- Quem ama liberta!

 

 

GILMAR:

- Vou te libertar Iolanda, eu vou, vou, vou... (Close nela. Ouve-se um tiro, Iolanda grita, CAI DESFALECIDA NOS BRAÇOS DE WILDEBRANDO).

IMAGEM CONGELA NO GRITO. A SEGUIR

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