fevereiro 25, 2022

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 15

 HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 15

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena LXXXII (Continuação).

EXTERNA – DIA – CAMPO

 

GILMAR:

- Escute bem seu João, ou o senhor vota no meu candidato, ou terá que deixar minhas terras... Pense bem seu João. Então, passar bem. (Gilmar saindo).

JOÃO:

- Seu Gilmar... A minha resposta o senhô já tem e num fique ai perdeno seu tempo achando que vou mudar de opinião.Eu vou votá em quem eu acho que vai representar bem meu voto, num sabe?

GILMAR:

- Isso é o que veremos seu João, veremos! Me aguarde! (Sai. João retorna ao trabalho).

(CONGELA EM GILMAR OBSERVANDO DE LONGE JOÃO TRABALHAR SEU OLHAR É DE ÓDIO).

Transição: Zona Rural.

 

Cena LXXXIII

EXTERNA – DIA – BAIA

NINA:

- Zeca... (Triste) Como pode uma derrota dessa?

 

ZECA:

- Num sei nem que pensá minha fulô... é crué por demais vice?

NINA:

- Como puderam fazê uma desgraça dessa com nóis Zeca?

ZECA:

- Painho e...

NINA:

- Aquela uma... Que se diz minha mãe. Se tudo for mermo verdade... Não, não pode ser verdade Zeca.

ZECA:

- Num pode Nina, isso num pode acontecer com a gente... Ieu num quero nem pensa nisso Nina.

NINA:

- Mas temo que pensa homi. Se... Tu pode ser meu irmão... E se essa história for de verdadeira? Essa criança Zeca? O que vai ser dessa criança?

ZECA:

- Deus num pode fazê isso cum a gente não Nina, num é justo. Nina, eu te amo por demai... (se abraçam e choram juntos).

Transição: Zona Rural de Campo Verde.

Cena LXXXIII

EXTERNA – DIA – POÇO

FÁTIMA:

- Como pode isso cumadre?

 

 

MARIQUINHA:

- Nunca se quer eu pude imaginá uma derrota dessa... Iolanda e cumpadre?

FÁTIMA:

- A cumadre que me perdoe, mas, a verdade tem que ser dita, vice? Aquela lá uma, num passa de uma quenga de beira de estrada!

MARIQUINHA:

- Embora me doa ouvi isso, mas, a cumadre tem razão. Num tiro não, a razão da cumadre.

FÁTIMA:

- E agora mulé? Nina e Zeca pode ser irmãos?

MARIQUINHA:

- Me dá inté calafrio, de pensá, ainda mais agora, com Nina prenha de Zeca.

FÁTIMA:

- O que será meu deus dessa criança?!

MARIQUINHA:

- É o que será dessa criança! Só por misericórdia!

Transição: Zona Rural de campo verde.

Cena LXXXIX

INTERNA – DIA – CASA DE IOLANDA – SALA

(Toca a campainha, Chica vai atender).

CHICA:

- Seu João?

JOÃO:

- (Tira o chapéu) Ieu queria fala com Dona Iolanda.

CHICA:

- Vou chama ela... (Grita)Dona Iolanda! Seu João....

IOLANDA:

- Já tô indo... E Não grita que não estou moca! (Entra em cena). Olá?!

JOÃO:

- Tudo bem dona Iolanda?

IOLANDA:

- Tudo bom...

JOÃO:

- Ieu vim inté aqui pra tirá um dúvida, que tá aqui, num sabe? Matutando na minha cabeça.

IOLANDA:

- Pois pode dizê...

(Durante a conversa rola um flashback do romance entre os dois na juventude).

JOÃO:

- Por acaso, esse filho que a senhora teve, pode de ser meu?

IOLANDA:

- Não, não é seu filho. O senhor pode ficar tranquilo.

JOÃO:

- Agradecido. (Põe o chapéu e sai).

IOLANDA:

- Só o que me faltava! (Close fecha nela).

Transição: Zona rural de campo verde.

 

Cena XC

EXTERNA – DIA – FAZENDA

EVERALDO:

- Meu pai? Sua Benção.

GILMAR:

- Deus o abençoe meu filho!

EVERALDO:

- Soube que o senhor que conversar comigo...

GILMAR:

- Quero sim...

EVERALDO:

- Pois diga.

GILMAR:

- Estou preocupado por demais...

EVERALDO:

- e o que é que tá deixando painho tão avexado.

GILMAR:

- Essa tua história com a moça da Casa das Rosas...

EVERALDO:

- É malva meu pai... Malva!

GILMAR:

- Sabe meu filho... Quando eu tinha a sua idade, eu frequentei muito aquela casa ali, tive momentos maravilhosos com aquela meninas... Mas, não passaram disso, Everaldo.

 

 

EVERALDO:

- Oxe! Mas, o que o senhor quer dizer com tudo isso?

GILMAR:

- estou querendo lhe dizer meu filho, que essa moça, não serve pra você.

EVERALDO:

- Me admira o senhor falar assim... logo o senhor meu pai. E o que era Iolanda andes de se amancebar com o senhor?

GILMAR:

- É diferente. Iolanda é diferente!

EVERALDO:

- Diferente mode o que meu pai? O senhor num é um homem e Iolanda uma mulher? E ieu num sou um homem e Malva uma mulher? Estamos apaixonados meu pai. Então meu pai, com todo respeito, num me venha com esse discursinho politicamente correto. Do tipo, faça o que eu mando, mas, não faça o que eu faço! Eu e Malva vamos nos casar. (Sai).

GILMAR:

- Esse não nega o sangue, vice?

Transição: Zona Rural

 

Cena XCI

EXTERNA – DIA – FAZENDA DE QUERÊNCIA

FRANCISCO:

- Dona Querência?

QUERÊNCIA:

- Boas tardes seu Francisco!

FRANCISCO:

- Tarde!

QUERÊNCIA:

- Eu preciso que o senhor me faça um serviço.

FRANCISCO:

- E o que a senhora há de querê cum ieu?

QUERÊNCIA:

- Ai é que tá. É um servicinho que exige confiança e um certo sigilo.

FRANCISCO:

- Oxe! Ô peste! Do jeito que a inhora tá falano, deve argo podre!

QUERÊNCIA:

- É naõ home! Se avexe não. É por isso que chamei o senhor que é um cabra macho, com sangue no olho... O que quero que faça, preto do que imagino que já tenha feito, é peba!

FRANCISCO:

- E o que há de ser?

QUERÊNCIA:

- Num prefere entrar? Não fica bem seguir com essa prosa aqui fora... (Saindo) Venha homem... (Ele a segue).

Transição: Zona rural de campo Verde.

Cena XCI

EXTERNA – DIA – FAZENDA DE QUERÊNCIA

ROSA:

- Tô é cansada! E pensa que o Sola morreu de morte matada! Tamanha brutalidade. Quem será esse excomungado que teve a coragem de tirar, tão brutalmente a vida do nosso Sola?

AMARILIS:

- Um desalmado madrinha!

ROSA:

- É verdade!

DÁLIA:

- Nem parecia ele. Tava todo desfigurado.

AMARILIS:

- Quem diacho teve a coragem de fazer uma coisa dessa madrinha?

ROSA:

- Oh, minha flor!

MALVA:

- Só pode ter sido um demônio dos infernos!

HORTÊNCIA:

- Malva tem razão madrinha.

DÁLIA:

- Ou é arguém que não queria ser reconhecido.

ROSA:

- O que sabe menina, me diga...

AMARILIS:

- ela quis dizer que quem matou Sola, só pode ser um desses homens que saia com ele e que num quer ser reconhecido.

ROSA:

- Meu Deus! (T) E Magnólia, onde está?

 

 

DÁLIA:

- Dando perdido em madrinha!

AMARILIS:

- Ah, sabe madrinha... Dália era confidente de Sola. Sabe de tudo, tudinho!

DÁLIA:

- Mentira madrinha!

ROSA:

- Que sabe menina? Vamos, me diga...

DÁLIA:

- Sei nada não madrinha!

ROSA:

- meninas, subam... Você fica. (Pra Dália).

GOMES:

- Precisa de alguma coisa Rosa?

ROSA:

- Não Gomes, obrigada! Minha conversa agora é com ela.

GOMES:

- Com licença! (Sai).

ROSA:

- Senta. O que sabe, me diga?

DÁLIA:

- Sei de nada não madrinha... Conversa daquela desmiolada!

ROSA:

- Oxente! Ele gostava tanto de você.

DÁLIA:

- Eu sei madrinha!

ROSA:

- Então? Faça justiça. Que foi esse homem? Me diga... Quem será que teve a coragem de tirar tão brutalmente a vida de Sola?

DÁLIA:

- Madrinha num imagina? (Flash Back conversa de Dália com Sola).

ROSA:

- Tenho até medo de pensar!

DÁLIA:

- Amantes madrinha, eles eram amantes. (Sai).

ROSA:

- Meu deus! Pobre Sola. Que sina desgraçada teve essa criatura.

CORTA PARA CASA DE QUERÊNCIA.

 

Cena XCII

EXTERNA – DIA – FAZENDA DE QUERÊNCIA - VARANDA

QUERÊNCIA:

- Sente-se. Sente-se homem. Assim como deve ser do seu conhecimento, e é do conhecimento de todos dessa cidade que é um ovo... Meu filho, filho esse que criei com tanto esmero, se enrabichou com uma rapariga lá daquele antro de perdição que o senhor deve conhecer muito bem.

FRANCISCO:

- Mai ieu num tô entendeno nada. O que há de querê cum ieu... Que é que ieu tem a vê com toda essa história?

QUERÊNCIA:

- É que preciso que o senhor me ajude.

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