fevereiro 25, 2022

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 17

 HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 17

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena C (Continuação)

NOITE – CASA PAROQUIAL – QUARTO

(Egídio tem sonhos eróticos com Dona Menininha. Acorda incomodado). (Dá um sobre salto quando vai beijar em sonhos Menininha).

 

NOITE – CASA DE IOLANDA – SALA

Cena 101

IOLANDA:

- Frances! (Grita)

CHICA:

- Credo em cruz na missa! Que foi? Tá acabando mundo?

IOLANDA:

- Que foi nada, estrupício! É senhora, senhora.

CHICA:

- Pensei que tava acabando o mundo, senhora!

IOLANDA:

- Ah, vai... Vai preparar um lanchinho para mim que eu tô bem arretada! Varada de fome! E quando tô arretada assim, sou capaz de abocanhar um boi inteiro.

CHICA:

- Ave Maria, que desconjuro!

 

IOLANDA:

- Ah, vai estrupício... Vá. Ochê!Que tá me olhando. Vai.

CHICA:

- Fui! (Sai)

IOLANDA:

- (Ouve a campanhia)Pode deixar que eu vou atender. OChê, é você é?

NINA:

- Sim sou ieu. Licença vice?!

IOLANDA:

- Que bom que veio. (Nina entra)

NINA:

- Ieu vim inté aqui, mode te convidá.

IOLANDA:

- Ochê, me convidá é? (Sentam)

NINA:

- Oscê sabe que eu e Zeca vamo se casá, num sabe?

IOLANDA:

- Sei, sei sim...

NINA:

- Mainha, ieu...

IOLANDA:

- Xi.. Me chamou do que? De mainha? (Segura as mãos de Nina)

NINA:

- De mainha!

 

IOLANDA:

- Tu quer que eu vá a teu casamento é?

NINA:

- Eiu quero que oscê seja madrinha de meu casamento.

IOLANDA:

- Oschê! Madrinha? Eu no altar?

NINA:

- Sim.

IOLANDA:

- Sabe? Essa é a melhor notícia que já ouvi em toda minha vida. (Acaricia o rosto de Nina carinhosamente) Espere um pouco... Frances... (Grita)

FRANCES:

- Que foi?

IOLANDA:

- Vá lá...

FRANCES:

- Lá onde?

IOLANDA:

- Na cozinha, estrupício.

FRANCES:

- Ah!

IOLANDA:

- Vá lá faça um suco bem gostoso pra ela... Tu quer um suco do que?

 

NINA:

- Desculpe... (Se levanta) Mai eu tenho que ir vice? Obrigada! (Se dirige a porta).

IOLANDA:

- Nina, espere... Espere... Essa é a melhor notícia que já recebi, muito obrigada. (se abraçam) Minha filha linda!(Chica observa). Vá lá, vá... Vai com Deus!(Chica observa a alegria da patroa)

IOLANDA:

- Ochê! Tá olhando o que ai, lesada?! Vai preparar um suco vai...

CHICA:

- Fui! (sai rapidamente)

Transição: Cidade de Campo Verde, fachada da igreja.

 

NOITE – CASA DE PAROQUIAL – BANHEIRO

Cena 102

Egídio vai para o banheiro, está perturbado com o sonho, se olha no espelho e recorda flashs do sonho, lava o rosto. Continua com a sensação anterior, vai tomar um banho frio.

Corta para fachada da casa de Santinha Brasão.

CENA 103

DIA – CASA DE SANTINHA BRASÃO – VARANDA

(Santinha lê sua Bíblia Sagrada)

WILDEBRANDO:

- Como é que pode minha mãe? Uma mulher como a senhora, de natureza e imagem irrefutável, vim agora com essa história da gota, que o coronel Gilmar é meu pai?

SANTINHA:

- Cuidado com as palavras, elas tem o poder de destruição, muito maior que uma bomba atômica.

WILDEBRANDO:

- Como é que a senhora teve coragem de cornear um homem como meu pai...

SANTINHA:

- (Esbofeteia Wildebrando com fúria)Não me compare com as rameras que estas acostumado a andar de prosa... Tu me respeita, sou sua mãe, seu cabra safado.

WILDEBRANDO:

- Muito me admira a senhora falar de respeito.

SANTINHA:

- É impressionante... você é cagado e cuspido ao falecido seu pai. Pensando bem, o coronel tem razão... Você é mesmo um frouxo!

WILDEBRANDO:

- É incrível! A senhora manter essa pompa de mulher honesta.

SANTINHA:

- Sempre fui, sou e serei uma mulher honesta. Eu pequei, sim pequei, fui desviada do caminho... Mas, já fui perdoada, graças a nosso senhor Jesus cristo altíssimo, juízo maior, Ele, já me absorveu.

 

WILDEBRANDO:

- Eu tenho é pena de meu pai.

SANTINHA:

- E eu de você. Que está de fronte a mim, e vejo um homem fraco e mimado. Completamente incapaz de perceber o tamanho do meu feito.

WILDEBRANDO:

- Feito? A senhora traiu o homem que pensei que fosse meu pai. E acha isso louvável!

SANTINHA:

- Não seja tolo! O falecido é de fato seu pai. Tive lá um envolvimento com o coronel, mas não foi lá de grandes estardalhaços.

WILDEBRANDO:

- Oxente! Não estou entendendo é mais nada. Que história é essa do but?

SANTINHA:

- Sim eu menti, menti, menti pro coronel, mas foi pra te proteger.

WILDEBRANDO:

- Então, o coronel não é meu pai?

SANTINHA:

- Não. Você herdará uma parte da riqueza do bode velho. E graças a mim.

WILDEBRANDO:

- É demais de astuciosa essa história, vice?

 

SANTINHA:

- Essa história, vai garantir o seu futuro. Meu filho aprenda, no amor, na guerra, valem todas as armas disponíveis. Mas agora vá meu filho... Que eu preciso ficar aqui, rezando, falando com Deus!

WILDEBRANDO:

- Sua benção, minha mãe... (Sai). (câmera fecha nas mãos de santinha brasão segurando o terço e a bíblia aberta).

CENA 104

NOITE – DELEGACIA

BODOQUE ENTRA TRAZENDO FRANCISCO ALGEMADO

BODOQUE:

- Olha o cabra ai delegado.

FORTUNATO:

- Pode se retirar Bodoque. (Bodoque sai) Agora aproveite estadia.

FRANCISCO:

- O delegado disse que num ia pegar nada pra ieu.

FORTUNATO:

- Cabra idiota, não fez direito o serviço e deixou rastro.

FRANCISCO:

- Poi fique sabeno seu delegado, eu num tô sozinho nessa não, se eu cai, o sinhô cai junto, vice?

FORTUNATO:

- Tu tá me ameaçando cabra?

 

FRANCISCO:

- Ieu num vou pagar sozinho por esse crime não, vice seu delegado?!

FORTUNATO:

- Dei minha palavra, não dei? Então homem, fique tranquilo. Amanhã mesmo estará livre dessa vida. Ah, e aproveite a estadia. Bodoque... Bodoque?

BODOQUE:

- Sim senhor! Suas ordens delegado.

FORTUNATO:

- Leve esse cabra pra cela. E aproveite e tire essa noite de folga...

BODOQUE:

- Oxe! Mais eu folguei ontem senhor delegado.

FORTUNATO:

- Tire sua noite de folga.

BODOQUE:

- Sim senhor. Vamos cabra. Vai pro cilindro, vice!

CENA 105

NOITE – DELEGACIA - CELA

BODOQUE ENTRA TRAZENDO FRANCISCO ALGEMADO

 

BODOQUE:

- Bora... Entra ai cabra safado! (Joga Francisco na cela)

 

 

FRANCISCO:

- Meu dente! Seu mardito! Mardito. Vou acabar com oscê. (Grita na grade).

Tansição noite pra dia

CENA 106

DIA – POSTO DE SAÚDE

 

GILMAR:

- Bons dias!(Já senta)

BRUNA:

- Bom dia.

GILMAR:

- A senhora deveria tomar mais cuidado e não deixar a porta aberta.

BRUNA:

- mas, aqui é um posto de saúde e não faz sentido fechar as portas.

GILMAR:

- Certo... Posto de saúde, lugar este que deveria cuidar de assuntos relacionados à saúde publica doutora.

BRUNA:

- Mas, é exatamente isso que acontece aqui.

GILMAR:

- Será mesmo doutora Bruna?

 

BRUNA:

- Que mais poderia acontecer entre essas paredes?

GILMAR:

- Fiquei sabendo que a senhora anda incitando as pessoas contra o atual prefeito Wildebrando Brasão. Que por sinal, é o meu protegido.

BRUNA:

- Olhe, só falo com meus paciente o que é realmente necessário.

GILMAR:

- então disseminar assuntos comunistas é um assunto de ser tratado em um posto de saúde? Ainda mais quando é num prédio de minha propriedade. Não sei se é do conhecimento da doutora, mas tudo isso aqui ao redor é de minha propriedade. Aqui em Campo verde doutora, me pertence. O que a senhora não entendeu ainda, é que aqui em campo verde, eu sou a lei, eu faço a lei...

BRUNA:

- Engano do senhor a lei é uma só e é para todos. Não é o senhor que a dita.

GILMAR:

- Eu acho que a senhora não deva confundir Campo Verde com a capital de onde a senhora veio. Aqui doutora em Campo verde, costumam aparecer alguns corpos abandonados, pessoas que não se sabe de onde veio... São pessoas que atreveram a despertar rixas, em pessoas que não devem, sabe doutora?

 

BRUNA:

- Acaso está me ameaçando coronel?

GILMAR:

- (Deboche) Eu? Não senhora... Eu sou um homem de paz! É aminha obrigação doutora, alertar a senhora sobre os perigos que a cerca, num sabe?

BRUNA:

- Está com medo coronel?

GILMAR:

- Não me chame de coronel, que eu não gosto. Medo de que? Não fiz nada.

BRUNA:

- O senhor está com medo, porque quando eu for prefeita de Campo Verde, vou fazer a reforma agrária... E todas aquelas terras improdutivas, serão doadas a todo esse povo desgraçado, que o senhor escraviza nesse novo século.

GILMAR:

- Doutora, não queira briga comigo! Não queira... Porque sesse povo aqui de Campo Verde sempre me amaram, me ama e vão me amar... Sempre! E não vai ser uma forasteira que mudará isso!

BRUNA:

- O senhor está mesmo certo disso? Pois, veremos é nas urnas.

GILMAR:

- Veremos, veremos mesmo doutora.

 

 

BRUNA:

- Pois é o que veremos! (Arruma objetos na mesa)

GILMAR:

- Pois aproveite que está arrumando seu cacarecos e leve tudo embora. A senhora está demitida deste cargo. Não quero a senhora qui em minhas terras. Suma doutra, suma.

BRUNA:

- Olha, o senhor até pode me mandar embora desse posto vice? Mas o senhor não pode me proibir de ver meus pacientes, sou voluntaria de uma ONG chamada saúde sem porteiras e é em nome dessa ONG, que vou continuar a visitar meus pacientes.

GILMAR:

- Doutora, a senhora mexeu em um vespeiro. E passar bem (Sai).

BRUNA:

- Oxe! (Senta preocupada).

Corta para delegacia.

CENA 107

DIA – DELEGACIA

(FORTUNA ESTA ESCREVENDO A MÁQUINA. BODOQUE ESTA SENTADO DO LADO DE FORA DA DELEGACIA, ROSA CHEGA DIRIGINDO SEU CARRO).

FORTUNATO:

- O que faz aqui velha ramera?

ROSA:

- Boa tarde pra você também.

Imagem congela em Rosa

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