fevereiro 25, 2022

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 16

 HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 16

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena XCII (Continuação)

EXTERNA – DIA – FAZENDA DE QUERÊNCIA - VARANDA

QUERÊNCIA:

- Sente-se. Sente-se homem. Assim como deve ser do seu conhecimento, e é do conhecimento de todos dessa cidade que é um ovo... Meu filho, filho esse que criei com tanto esmero, se enrabichou com uma rapariga lá daquele antro de perdição que o senhor deve conhecer muito bem.

FRANCISCO:

- Mai ieu num tô entendeno nada. O que há de querê cum ieu... Que é que ieu tem a vê com toda essa história?

QUERÊNCIA:

- É que preciso que o senhor me ajude.

FRANCISCO:

- Mai Cuma?

QUERÊNCIA:

- Escute... (Aumenta o som com trilha sonora sem que o público ouça a conversa).

(Corta para próxima cena)

(Transição com imagens das belezas naturais de Campo Verde. Mulheres lavam roupas no rio).

 

 

 

Cena XCIII

EXTERNA – DIA – BEIRA DO RIO - PEDRAS

FÁTIMA:

(Canta enquanto bate as roupas sobre a pedra)

SANTINHA BRASÃO:

(Com a ponta sombrinha Santinha cutuca Fátima).

- Eita que a comadre tá animada por demais...

FÁTIMA:

- E apoi?! Qem canta, os males espanta! E qum é vivo, sempre aparece, num é mermo cumadre?

SANTINHA BRASÃO:

- E apoi mulé, o que num tem jeito, remediado está...

FÁTIMA:

- Ieu já tava aqui, é me sentino abandonada, vice? Perdida nos meu pensamento. E o que é que a cumadre tá fazeno aqui com esse calor?

SANTINHA BRASÃO:

- Selviço de casa nunca finda, quanto mais procura, mais encontra.

FÁTIMA:

- Ieu num seio? Seio.

SANTINHA BRASÃO:

- A senhora sabe que ieu sou uma mulé devota de Maria, num gosto de chafurdo, num é mermo cumadre? Mas eu ouço mode que num sou moca. E escuto uma coisas por ai...

FÁTIMA:

- E o que é que a cumadre anda ouvindo por ai?  Mai vai me contar é agora... (Brava).

(Retira as roupas das pedras e coloca no cesto e sai apressada seguida por Santinha).

Transição: Céu de Campo Verde e Fachada da igreja.

 

Cena XCIV

INTERNA – DIA – IGREJA – ALTAR

Padre Egídio arruma o altar quando é surpreendido com a visita de Cel. Gilmar Catolé.

GILMAR CATOLÉ:

- Sua benção padre.

Pe. EGÍDIO:

- Deus o abençoe. Que novidade o senhor por aqui.

GILMAR CATOLÉ:

- Eu vim aqui pra ter um dedo de prosa com o senhor.

Pe. EGÍDIO:

- O coronel não é um homem de se confessar.

GILMAR CATOLÉ:

- Pra mim padre, o senhor é um homem igual a mim, com a diferença que o senhor exerce um cargo que trata de interesse comum.

Pe. EGÍDIO:

- Não deixa de ser... Qual a diferença entre um chamado ou vocação?

GILMAR CATOLÉ:

- Pois bem padre, vocação por vocação, cada um tem a sua e a exerce dentro das suas especificardes.

Pe. EGÍDIO:

- Mas, o que o coronel deseja comigo, um servo de Deus?

GILMAR CATOLÉ:

- Eu vim para propor uma aliança com o senhor, padre.

Pe. EGÍDIO:

- Aliança?

GILMAR CATOLÉ:

- É... Sabe padre, imagino que o senhor saiba como é... Política, religião, tudo isto sempre caminharam juntas. Então padre, já que religião e política sempre estiveram entrelaçadas... E como é pelo bem comum dessa cidade, vim até aqui, propor uma aliança com o senhor.

Pe. EGÍDIO:

- Que tipo de aliança?

GILMAR CATOLÉ:

- Sabe padre, modestamente, eu sempre fui muito generoso com as minhas ofertas, minhas doações, pra esta igreja. E desde o antigo padre, o qual o senhor veio a substituir... Eu vejo que vocês tem feito um bom trabalho social com os mais necessitados de Campo Verde. 

Pe. EGÍDIO:

- Mas, o que o senhor deseja de mim ou dessa igreja, coronel?

GILMAR CATOLÉ:

- Não me chame de coronel que eu não gosto! Coisa ultrapassada!

Pe. EGÍDIO:

- Me desculpa! O senhor não disse o que deseja.

GILMAR CATOLÉ:

- Olha padre, eu o ajudo no que for preciso, desde que o senhor, me apoie nas eleições. Eu sei padre que uma palavra só do senhor aqui, vai me ajudar e muito, a vencer as eleições.

Pe. EGÍDIO:

- Não sei o tipo de acordo que o senhor teve com meu antecessor, mas, seu Gilmar, com todo respeito, não misturo política com religião. Estou aqui para guiar o povo, meu povo, ao caminho de Deus. Não para o caminho das urnas. Com todo respeito, tenho uma penitencia, com licença! (Sai).

GILMAR CATOLÉ:

- Estão todos macumunados! Se pensam que vão me vencer, estão enganados. Sou Gilmar Catolé. (Coloca o chapéu e sai).

 

Transições: Cidade de Campo verde.

Cena XCV

EXTERNA – DIA – RIO (ESTRADA DE TERRA)

SANTINHA BRASÃO:

- Sabe cumadre, entre nós, num tem segredos e nem cerimonias... 

 

FÁTIMA:

- Então a cumadre vai dizendo logoo que tá sabeno, vice?

SANTINHA BRASÃO:

- É da cumadre!

FÁTIMA:

- Dieu?

SANTINHA BRASÃO:

- Quer dizer, da família da cumadre.

FÁTIMA:

- Olhe cumadre, se tem uma coisa que me tira do prumo, é fala da minha família, vice?!

SANTINHA BRASÃO:

- Andam dizeno por ai, e eu num se se é verdade vice? Mai dizem, que a menina Nina, num é mais mulhé moça...

FÁTIMA:

- Como é que é?

SANTINHA BRASÃO:

- E que tá de bucho de Zeca.

FÁTIMA:

- Fala baixo, mulhé! Que que escutem uma derrota dessa?

SANTINHA BRASÃO:

- Então num é verdade?

FÁTIMA:

- claro que não!

 

SANTINHA BRASÃO:

- Pois diga logo, quem é essa gasguita que andou enchendo teusovidos... Ieu quero é arrancar a língua dela com minhas próprias mãos.

FÁTIMA:

- Se acalme cumadre!(vai atrás)

SANTINHA BRASÃO:

- Que calma que nada! Quem tem boca fala o que quer...

FÁTIMA:

- e quem tem ouvido, escuta o que num quer...

Transição: Interior Campo verde

Cena XCVI

EXTERNA – DIA – CASA DE QUIRINA - QUINTAL

QUERÊNCIA:

- Everaldo...

EVERALDO:

- Pois diga minha mãe.

QUERÊNCIA:

- Cadê tua mulhé?

EVERALDO:

- Oxe! Minha mulé esta no rio se banhando.

QUERÊNCIA:

- Num acha estranho meu filho?

EVERALDO:

- Estranho o que?

QUERÊNCIA:

- Acho estranho, a pessoa ir se banhar no rio todos os dias, sendo que tem chuveiro em casa.

EVERALDO:

- Já vai começar minha mãe?

QUERÊNCIA:

- Olhe, num quero vê meu filho dando uma de tabacudo. Essa mulhé tá te enganando...

EVERALDO:

- Chega minha mãe, chega dessa história.

QUERÊNCIA:

- Olha! Do que tem medo? É vero que estou certa. Eu quero que minhas costas estoure se eu estiver enganada. Eu juro que num toco nesse assunto se eu estiver enganada. Vá lá e veja com seus próprios olhos. Essazinha tá é te colocando uma peruca de touro.

EVERALDO:

- (Bravo) agora chega minha mãe, chega!(sai). (Quirina vai atrás convencida que conseguiu envenenar Everaldo contra Malva)

Corta para continuação da Cena anterior (XCV).

CENA XCVII

EXTERNA – DIA – ESTRADA DE BARRO

FÁTIMA:

- Escute aqui cumadre... Nina, é uma moça de bem e merece respeito, vice? O que tão inventano, falano mal, é um falso testemunho sobre a honra dela, vice?

SANTINHA BRASÃO:

- Calma cumadre... Num afomine não! Eu só tô contando pra senhora, pra a cumadre num fique de inocente enquanto todos falam em suas costas, num sabe? Se eu soubesse que a senhora ia ficar assim, tão aperriada, num tinha dito nada, no mais, num gosto de chafurdo!

FÁTIMA:

- Poi foi mió sabe pela senhora do que essas línguas felinas... (Sai) Imagina se gostasse de chafurdo!

SANTINHA BRASÃO:

- Oxe! Que bicho mordeu ela? Credo em cruz na missa! (Se benze e sai)

Corta para beira do rio onde Malva se banha e Francisco chega e a pega a força. De longe Everaldo vê e tem a impressão que a moça esta de chamego com Francisco.

 

CENA XCVIII

EXTERNA – DIA – RIO

QUERÊNCIA:

- Vamos Everaldo... venha, coragem homem...

EVERALDO:

- Pra onde minha mãe?

QUERÊNCIA:

- Pra vê com seus próprios olhos...

 

EVERALDO:

- Vê o que? A senhora tá ficando doida?

QUERÊNCIA:

- Te acalme homi... Veja. (Aponta)

(Malva se banha, Francisco se aproxima, ao perceber que Everaldo e Querência se aproximam, agarra Malva a força. Do alto Everaldo presencia a cena e acredita que Malva o trai. Feliz Querência conclui seu plano de separar o filho de malva).

EVERALDO:

- Num pode ser... (Tentar ir até Malva. Querência o impede).

QUERÊNCIA:

- sossegue! Num vale apena. (Everaldo si nervoso). (Querência se dá por satisfeita). (Francisco dá um riso maquiavélico enquanto a mulher corre desesperada, satisfeito por consegui concluir o plano).

Transições:

CENA 100

INTERNA – NOITE – PARÓQUIA – QUARTO

(Egídio tem sonhos eróticos com Dona Menininha. Acorda incomodado). (Dá um sobre salto quando vai beijar em sonhos Menininha). Imagem congela nele. A seguir.

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