fevereiro 25, 2022

WEB NOVELA - HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 23

 HOMEM DO CAMPO – CAPÍTULO 23

Web Novela de Marcondys França

Direção: Marcondys FrançaCauê BonifacilDill França e Albino Ventura

Direção Geral de Marcondys França

 

Cena 140 Continuação...

 

EXTERNA – NOITE - MATA

AMARILIS ESTÁ ANDANDO ENTRE AS ÁRVORES OUVE PASSOS, HÁ LATIDOS DE CACHORROS, PASSOS ENTRE FOLHAS SECAS, COM UMA LANTERNA AMARILES TENTA VENVER A ESCURIDÃO. NEGO BAUTEAU MOUCHE A SEGUE E A ATACA.ELA JOGA A LUZ DA LANTERNA NO ROSTO DELE.

AMARÍLES: - (Grito de pavor)

ENOQUE APARECE E ATIRA NO AGRESSOR QUE CAI DE JOELHOS AOS PÉS DE AMARILES. ELE ESTÁ NO CHAO DE BRUCHOS, ENOQUE VIRA-O RETIRA A MÁSCARA, E É REVALADO A IDENTIDADE.

ENOQUE: - Ai, ai...

AMARÍLES: - Bodoque! Mas, não pode ser.

ENOQUE: - É, é um louco. Um doente, psicopata. Se aproveitava da lenda pra atacar as mulheres desta cidade. (Enoque coloca seu terno em Amaríles). Vamos, vou tirá-la daqui. (Saem).

CENA 141

TRANSIÇÃO: ZONA RURAL CAMPO VERDE (DIAS DEPOIS)

MOSTRA CENAS DA SALA DE AULA ONDE ZECA FAZ O EJA. PADRE EGÍDIO REZANDO, FÁTIMA ALIMENTANDO AS GALINHAS, MARIQUINHA VARRENDO A CASA, SANTINHA REZANDO, JOÃO FUMANDO, MANÉ TIMBÓ PENSATIVO E COTIDIANO DO INTERIOR.

Corta para fachada da casa de Mariquinha.

 

 

 

 

CENA 142

INTERNA – DIA – CASA DE MARIQUINHA – COZINHA

(Nina está grávida de quase nove meses)

FÁTIMA:

- Escute cumadre, mais tarde, vou fazer um bolinho de milho lá em casa. Ieu quero que oscê e toda família vão lá em casa ceiá comigo, vice?

MARIQUINHA:

- Cumadre, bolo igual o seu, aqui nesssa redondeza, não tem.

NINA:

- Hum! Olha, só de pensa, me dá até água na boca.

FÁTIMA:

- Olhe fia, vá leva comida pros homem lá na roça, vá.

NINA:

- Vou sim. Licença vice? (Nina sai com as marmitas enroladas em panos de pratos).

MARIQUINHA:

- Cumadre, deixa eu por um cafezinho pra oscê. Oh cumadre! Deixa eu me sentá aqui um pouquinho pra gente fofocar... Tõ toda feliz, toda boba...

FÁTIMA:

- Ieu então? Então cumadre... Fiz o teste da moela, deu abertinha. É femea!

MARIQUINHA:

- Não, não, não cumadre. Eu fiz o teste do coração, deu fechadinho. É macho!

 

FÁTIMA:

- O da moela não faia... É  macho!

MARIQUINHA:

- É fêmea...

(as duas teimam)

CENA 143

EXTERNA – DIA – CAMPO

(NINA CHEGA COM AS MARMITAS PARA ZECA E JOÃO QUE ESTÃO TRABALHANDO NO CAMPO).

NINA:

- Seu João, zeca... Trouxe o armoço.

JOÃO:

- Vai comendo, que vou dá uma fumada.

(NINA SENTE CONTRAÇÕES)

NINA:

- A bolsa...

JOÃO:

- Que bolsa, onde?

ZECA:

- É teu filho que vai naiscê homi...

NINA:

- Ai meu deus! Estourou...

JOÃO:

- Vou buscar Fátima e Mariquinha... (Sai apressado).

ZECA:

- Calma Nina, calma... (Surper tenso).

TRANSIÇÃO: CIDADE DE CAMPO VERDE.

CENA 144

EXTERNA – DIA – PRAÇA

EGÍDIO:

- Eu estava a sua espera.

MENININHA:

- mai foi muito difícil pra mim, vir até aqui, num sabe?

EGÍDIO:

- Eu sei.

MENININHA:

- Já num sei como esconder isso que tô sentindo. Mas, ieu num podia tá guardando esse sentimento dentro mim.

EGÍDIO:

- É uma confissão?

MENININHA:

- Não. É uma declaração! Eu vou queimar no fogo do inferno por isso, mas, não mais que tô queimando aqui dentro... Entende?

EGÍDIO:

- É tão difícil negar sentimentos, Deus é testemunha, eu fiz de tudo... Larguei minha vida, a batina, por você, Menininha. 

MENININHA:

- Eu não quero mais ficar longe de você, a muito tempo não sinto algo assim, estou completamente apaixonada por você.

EGÍDIO:

- E eu por você. Eu te amo menininha, te amo. (A beija).

 

EGÍDIO:

- Vamos embora...

MENININHA:

- Não está certo. Não posso fazer isso. Mas, e a igreja, sua batina? Não pode abandonar tudo.

EGÍDIO:

- Com a igreja e com Deus, eu me entendo. Vamos embora agora.

MENININHA:

- Agora?

EGÍDIO:

- Sim, agora. (Beijam-se)

 

Transição: Campo Verde Cidade.

CENA 145

EXTERNA – DIA – CASA DE QUERÊNCIA

(Querência anda de um lado para o outro, está nervosa).

ENOQUE:

- Dona Querência?

QUERÊNCIA:

- Pois não?

ENOQUE:

- A senhora está presa.

QUERÊNCIA:

- Sobre que acusação?

ENOQUE:

- Assassinato. O assassinato de Francisco Silva.

QUERÊNCIA:

- E como que o senhor descobriu?

ENOQUE:

- Não existe crime perfeito, sempre fica rastro.

QUERÊNCIA:

- Morreu por merecer, aquele cão do cabrunco. Não valia um tostão, ruim feito cão.

ENOQUE:

- A senhora destruiu a sua vida.

QUERÊNCIA:

- Fiz e faria tudo de novo se preciso fosse.

(Everaldo chega e presencia a conversa)

ENOQUE:

- A senhora terá muito tempo pra se arrepender.

QUERÊNCIA:

- Eu contratei um pistoleiro para dá cabo daquele cabra safado. Fiz tudo isso pela felicidade de meu filho.

EVERALDO:

- Como assim, a senhora minha mãe?

QUERÊNCIA:

- Fiz sim. E ainda paguei a Francisco para lhe separar daquela uma.

EVERALDO:

- Como foi capaz?

 

QUERÊNCIA:

- Faria tudo de novo. Faço qualquer coisa pela felicidade de minha família, sou capaz disso e muito mais.

EVERALDO:

- Não entendo, minha própria mãe.

ENOQUE:

- Vamos...

QUERÊNCIA:

- Vamos sim. (Eles saem Everaldo fica desolado).

EVERALDO:

- A minha mãe. Uma assassina!

CORTA PARA O CAMPO NINA ENTRA EM TRABALHO DE PARTO.

CENA 146

EXTERNA – DIA – CAMPO

ZECA DEITA NINA PARA QUE FIQUE CONFORTÁVEL.

NINA:

- Cadê mainha?

ZECA:

- Calma Nina, calma!

NINA:

- Pelo amor de Deus Zeca! Tá doendo Zeca... Mainha! (Grita)

ZECA:

- Calma mulher, calma. Tá chegando.

NINA:

- (Muita dor) Ah! Zeca ajude, acuda!

 

ZECA:

- Paciência, calme, mainha tá chegando... Vai dá tudo certo vice? Eu tô aqui com oscê.

MARIQUINHA:

- Oh meu pai! Chegou a hora...

FÁTIMA:

- Minha Nossa Senhora! Segure ela Zeca, opoie em teu colo.

MARIQUINHA:

- Vamos Nina respire fundo e faça força.

FÁTIMA:

- Vamos Nina, força...

MARIQUINHA:

- Teu fio vai nascer, Nina. Força fia, força.

NINA FAZ FORÇA, GRITA BASTANTE. O BEBÊ NASCE. OUVE-SE UM CHORO, IMAGEM CONGELA EM NINA CHORANDO EMOCIONADA.

A SEGUIR...

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