O RAPTO DO PAPAI NOEL
adaptação: Marcondys França
PERSONAGENS:
PAPAI NOEL:
MAMÃE NOELY: (Mamãe Noel)
CHARLOTTE: (Assistente atrapalhada da Mamãe Noel)
DAIMON: (Duende)
SAPÃO: Um sapo
DUDU: (Assistente do Papai Noel)
ECA: (Bruxa)
(Ascende-se as luzes. Ouve-se barulhos de pessoas conversando como se estivessem em grande correria e de maquinarias em trabalho constante. Daimon sai de dentro de uma gigantesca caixa de presente)
CENA I
DAIMON: -Oi!!! Sou o duende Daimon. Eu sou assistente do papai Noel . Sabe com é... Isso aqui é uma loucura. Trabalhamos o ano inteirinho, na maior correria aqui na fábrica de brinquedos do papai Noel, para que no natal, não falte o presente de ninguém. IH! Olha, que são milhares de pedidos todos os dias. E isso tudo resulta em milhões de cartas todos os meses até o natal. São cartas que chegam de todas as partes do mundo. Agora mesmo acabaram de chegar mais um montão. Então vendo? E olha que o papai Noel lê todas as cartas, uma a uma, com todo carinho e atenção pra não errar nos pedidos. Pois é... É muito trabalho. E olha que os pedidos este ano triplicaram. Que saber? A nossa satisfação é vê o sorriso de todos na noite de natal. (Pega o malote de cartas) É hora de organizar as correspondências... (Separando) Olha! Essa veio dos Estados Unidos... Essa da Alemanha... Essa da Inglaterra... Essa do Chile... Essa da China... Essa da Índia... Essa do Brasil... São cartas de todas as partes do mundo. Por acaso... Vocês conhecem a história do papai Noel? Não? Não acredito. Pois bem, então contarei a vocês. (Entra Mamãe Noel)
MAMÃE NOELY: - Duende Daimon!
DAIMON: - Mamãe Noel!
MAMÃE NOELY: - Que faz aqui? Não vai me dizer que estava fugindo do trabalho...
DAIMON: - Não. Jamais! Isso nunca, mamãe Noel.
MAMÃE NOELY: - Então o que faz aqui. Não deveria está na maravilhosa fábrica de brinquedos do papai Noel?
DAIMON: - Sabe o que é…
MAMÃE NOELY: - O que?
DAIMON: - É que eu estava aqui separando as correspondências para o papai Noel.
MAMÃE NOELY: - Menos mal!
DAIMON: - E também estava aqui conversando com meus novos amiguinhos...
MAMÃE NOELY: - Não é hora de conversa duende Daimon...
DAIMON: - É que ara uma conversa muito importante.
MAMÃE NOELY: - Dudu e os outros duendes precisam de sua ajuda. A produção na fábrica de brinquedos não pode parar.
DAIMON: - Eu sei mamãe Noel.
MAMÃE NOELY: - Temos que trabalhar dia e noite, ou o natal das crianças este ano será menos alegre. E você não que quer isso aconteça, quer?
DAIMON: - Claro que não. Seria muito triste. Nestas cartas estão depositados muitos sonhos.
MAMÃE NOELY: - E por falar em cartas, pode deixar que eu separo. Quanto a você duende Daimon, pode voltar a seu trabalho.
DAIMON: - Há mamãe Noel...
MAMÃE NOELY: - Que foi dessa vez duende Daimon?
DAIMON: - É que eu descobrir…
MAMÃE NOELY: - O que você descobriu Daimon?
DAIMON: - Que por incrível que pareça todos conhecem o papai Noel.
MAMÃE NOELY: - Mas isso já sabido.
DAIMON: - Pois é… Conhecem o papai Noel, mas desconhecem a sua história.
MAMÃE NOELY: - Isso é verdade? Mas como isso é possível? Não pode ser...
DAIMON: - Pois é… Então eu estava aqui começando a contra a estes novos amiguinhos a história do papai Noel.
MAMÃE NOELY: - Temos que dar um jeito nisso!
DAIMON: - Obá! (Mamãe Noely pega um livro dourado) Mamãe Noel é a melhor contadora de história do mundo.
MAMÃE NOELY: - Pode deixar que eu resolvo esse probleminha... (Mamãe Noel senta-se em uma cadeira, Daimon senta-se ao chão ao seu lado direito) Daimon. (O repreende)
DAIMON: - Ah, que peninha! É tão bom ouvi-la contra histórias. Mas o trabalho me espera. Tchau! (Sai)
MAMÃE NOELY: - Esse duende! (Daimon Retorna)
DAIMON: - Ah! Antes que eu me esqueça... Nunca diga Adeus. Diga: Até logo! Fui. (Sai)
MAMÃE NOELY: - Não estou dizendo! Tem cada uma. (Rir. Tira o óculos do bolso. Abre o livro)
MAMÃE NOELY: - Então... Vamos a história. A verdadeira história do papai Noel.
- Nicolau... Este é o verdadeiro nome do papai Noel, nasceu na cidade de Patara, na Ásia Menor, ele era muito rico, filho de nobres e com coração generoso.
Um certo dia um pai que tinha três filhas, não tendo dinheiro para fazer seus casamentos resolveu mandá-las para uma casa de meninas órfãs, e Nicolau sabendo disso, ficou muito compadecido, então para salvá-las do abandono, secretamente colocou em três diferentes sacolinhas algumas moedas de ouro, e durante três noites seguidas, foi a porta da casa daquele pobre pai e lá deixou os saquinhos com as moedas de ouros, um para cada uma. E depois desse dia, este ato se tornou um gesto de bondade e sempre que alguém precisassem ele sempre estava disposto a ajudar. E assim foi por muitos anos, até os dias de hoje. E se você acreditar os seus sonhos vão se realizar. É só crer pra ver!
CENA II
(Aparece na janela Sapão)
SAPÃO: - Mamãe Noel!
MAMÃE NOELY: - Calma... Sapão... Respira.
SAPÃO: - Ufa!
MAMÃE NOELY: - Agora fale.
SAPÃO: - Saltitei tanto! Que mal consigo falar.
MAMÃE NOELY: - Que ouve Sapão.
SAPÃO: - Mamãe Noel acabaram de chegar muitas cartas, são cartas e mais cartas... Um mundo inteiro de cartas.
MAMÃE NOELY: - Que maravilha! Isso é ótimo. É um bom sinal Sapão. Isto ´pe a confirmação que muitos ainda acreditam no papai Noel.
SAPÃO: - Pois é... São muitas crianças escrevendo para o papai Noel... Veja essa carta... Diz assim no envelope... Olha! Veio de Santa Claus!
MAMÃE NOELY: - Hei, calma... Deixa eu ver. Não Sapão. Santa Claus é o endereço do papai Noel, aqui no Pólo Norte. O endereço de quem mandou esta carta está aqui atrás. Essa veio do Japão. Vocês desculpem... É que o meu amigo sapão é muito atrapalhado.
SAPÃO: - É que me confundi mamãe Noel.
MAMÃE NOELY: - Sei. Confusão é contigo mesmo. Há Sapão você não está sendo mal educado?
SAPÃO: - Eu?
MAMÃE NOELY: - É.
SAPÃO: - Por que?
MAMÃE NOELY: - Você chegou... E não disse olá a nossos pequenos amigos.
SAPÃO: - Olá! (Rápido)
MAMÃE NOELY: - Não, assim não. Sapão seja mais delicado.
SAPÃO: - É que eu to com vergonha!
MAMÃE NOELY: - Você com vergonha?
SAPÃO: - Pois é, Pois é... Sou tão tímido!
MAMÃE NOELY: - Deixa disso. Somos todos amigos. Vamos Sapão... Cumprimente.
SAPÃO: - Então está bem.
MAMÃE NOELY: - Estamos esperando.
SAPÃO: - OOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLÁAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!
MAMÃE NOELY: - Muito bem Sapão!
SAPÃO: - Ô, Ô!!!
MAMÃE NOELY: - Que foi?
SAPÃO: - Olha quem vem lá... Vou me mandar!
CENA III
(Sonoplastia. Entra Charlote toda atrapalhada carregando um monte de caixas de presentes de todo o tamanho).
MAMÃE NOELY: - Ai, ai! Charlote é muito atrapalhada. Olha só... Deixou cair todos os presentes.
CHARLOTE: - Deixa que eu arrumo. (Bagunça mais ainda)
MAMÃE NOELY: - Desse jeito não vai sobrar um só presente. Deixa que eu arrumo.
(Charlote coloca um walkman no ouvido e ouve uma música estridente, dança sozinha. O telefone toca. Mamãe Noel tira o fone do ouvido dela)
MAMÃE NOELY: - Atende o telefone (Fala alto)
CHARLOTE: - Hein?!
MAMÃE NOELY: - O telefone...
CHARLOTE: - Ah! Charlote... O telefone! (Vai até o telefone) Arô... O que? Comigo ô... (Passa o telefone no rosto) Viu? Sou euzinha, nem tão linda, nem tão loira... Mas completamente absoluta! Há... Não é comigo que quer falar? Magôo! Ai... Perai... Deixa eu tirar os óculos escuros que se não, não consigo te ouvir direito. Prontinho! Fala de novo. Sou toda ouvidos. Adorável como nunca! Ah, sou tão maravilhosa... Mamãe sempre dizia. Ah, desculpe... Me empolguei. Também não precisa ficar brava. Que falar com quem mesmo? Com quem? Ah entendi... Você que falar com ela... Sei... Mas não serve eu? Não. Ah... Olha, não tem ninguém aqui com este nome não. Tenta de novo...
MAMÃE NOELY: - Quem era?
CHARLOTE: - Foi engano.
(Coloca o walkman no ouvido e começa a dançar)
MAMÃE NOELY: - Charlote, Charlote, charlote! (Tira o walkman no ouvido de Charlote) Quem era Charlote?
CHARLOTE: - Era uma bruxa.
MAMÃE NOELY: - Bruxa?
CHARLOTE: - Uma dessas bruxas do mundo desencantado querendo falar com uma tal de mamãe Noel, mas eu como sou muito sabida fui logo dizendo: que era engano. Aqui não tem ninguém com esse nome... Onde já se viu... Só pode ser uma dessas bruxas desmiolada com mais de trezentos anos. Ela que tente outra vez, ou pegue sua vassoura e sai voando a procura...
MAMÃE NOELY: - Charlote...
CHARLOTE: - Aqui!
MAMÃE NOELY: - O que você está vendo a sua frente?
CHARLOTE: - Peraí... Deixa eu pensar! Cadê meu óculos de grau 10, fundo de garrafa. (Pego um óculos) Deixa eu vê... (Com dificuldades) Crianças... Não soprem... Há! Já sei. Crianças. Viu como sou muito inteligente e observadora! Um monte de criancinhas
MAMÃE NOELY: - Não.
CHARLOTE: - Não?
MAMÃE NOELY: - Aqui. Na sua frente.
CHARLOTE: - Há... Bom, já sei... Está de vermelho... Branca de neve!
MAMÃE NOELY: - Charlote...
CHARLOTE: - Chapeuzinho vermelho!
MAMÃE NOELY: - Charlote.
CHARLOTE: - Hei, calma, mais não se irrite. Já sei... Já sei... Você é você. Estou vendo você. (Risos) Crianças aplausos para mim! Eu mereço.
MAMÃE NOELY: - Todo mundo sabe quem sou eu.
CHARLOTE: - Já disse que você é você.
MAMÃE NOELY: - Crianças digam pra ela quem sou eu. (T) Viu.
CHARLOTE: - Não. Ouvi!
MAMÃE NOELY: - Sou a mamãe Noel.
CHARLOTE: - Eu sei que você é a mamãe Noel. Qualquer um sabe disso. Está vestida como mamãe Noel, fala como mamãe Noel, é boazinha, e está arrumando os presentes no trenó que está lá fora pro papai Noel entregar. Então não há dúvida que você seja a mamãe Noel.
MAMÃE NOELY: - Então por que disse que era engano se o telefonema era para mim?
CHARLOTE: - Calma ai... Deixa eu pensar... É que... que... Eu não lhe conheço por mamãe Noel, te conheço por Noely... Ai... Eu... Ishi, fiz uma tremenda confusão.
MAMÃE NOELY: - Você é a confusão em pessoa.
CHARLOTE: - Ai!
MAMÃE NOELY: - Que foi?
CHARLOTE: - Essa doeu! Doeu ai, doeu ai, doeu ai, ai, ai, doeu! Afinadíssima! Pronta para o coral de natal.
(O telefone toca novamente Charlote corre para atender)
- Alô! Fabrica dos sonhos, residência oficial do Papai Noel! Aqui? É a ajudante inteligentíssima, mega, ultra esperta do papai Noel! Exatamente! Charlote... Ontem, hoje e sempre, eternamente eficiente e bonita, é claro! Diga... O que manda! Oh! Ah, sim... A bruxa... Qual sua graça? Não é graça... Sei... Desgraça. Ai credo! Manda... Sei... Foi você que ligou a pouco. Hellô! Queridinha eu sou atrapalhada, não demente. É lógico que sei. Queria falar com a mamãe Noel. O que? Quer parar de gritar que está babando no meu ouvido. Há, que nojo! (Pega um lencinho) Continue... Não! Que disse? Não... Meu Deus!! Meu Deus! Não pode ser. E as criancinhas? Não, não... Hei, moça, menina, mulher... Bruxa! Desligou.
MAMÃE NOELY: - Que foi Charlote? Está pálida feito uma cera.
CHARLOTE: - Meu Deus! Por todas as fadas do reino encantado! E agora, que vamos fazer?
MAMÃE NOELY: - Se não me disser quem estava no telefone...
CHARLOTE: - Eu, mamãe Noel.
MAMÃE NOELY: - Do outro lado.
CHARLOTE: - Você.
MAMÃE NOELY: - Da linha falando com você.
CHARLOTE: - Ah! A bruxa Eca.
MAMÃE NOELY: - Bruxa Eca?
CHARLOTE: - Pois é... Ela disse que é a mais malvada de todas. Ela seqüestrou o papai Noel.
MAMÃE NOELY: - Pelo espírito do natal! E agora o que faremos?
CHARLOTE: - Não sei! Eu estou sentindo uma falta de ar! Ai meu Deus!
MAMÃE NOELY: - É sua asma! Cadê sua bombinha? (Pega a bombinha) Está melhor?
CHARLOTE: - Agora tô! E agora mamãe Noel?
MAMÃE NOELY: - Já sei... Vou pedir ajuda para o assistente do papai Noel.
CHARLOTE: - Qual?
MAMÃE NOELY: - O duende Dudu.
CHARLOTE: - Ah!
MAMÃE NOELY: - Preciso que me ajudem com a frase mágica! Duende Dudu!... Sim eu acredito em duende. Por que sou criança, tenho esperança e sonhar me deixa contente!
CENA IV
(Dudu aparece debaixo de uma chuva de pó mágico)
DUDU: - Alguém me chamou? Aqui estou.
MAMÃE NOELY: - Que bom Dudu...
DUDU: - Só que não posso demorar. Tenho que meu trabalho terminar.
CHARLOTE: - Que duende mais apressado!
DUDU: - Sabe o que é?
CHARLOTE: - Como fossemos adivinhas!
DUDU: - É que o papai Noel me pediu pra fazer um brinquedo novo, e está dando um trabalho.
MAMÃE NOELY: - Temos um grande problema para resolver, e precisamos da sua ajuda.
DUDU: - O que foi mamãe Noel? A senhora parece tão triste.
MAMÃE NOELY: - E estou.
DUDU: - Que aconteceu?
CHARLOTE: - Algo terrível!
DUDU: - Então é grave...
MAMÃE NOELY: -
CHARLOTE: - Gravíssimo! Tipo assim...
MAMÃE NOELY: - Deixa que eu explico.
CHARLOTE: - Tudo bem.
DUDU: - Estou curioso!
MAMÃE NOELY: - A bruxa Eca raptou o papai Noel.
DUDU: - Eca?
CHARLOTE: - É ECA!
DUDU: - E agora mamãe Noel o que faremos?
MAMÃE NOELY: - Precisamos de um plano.
CHARLOTE: - Plano é comigo mesmo! Com sua força e minha inteligência, resgataremos o papai Noel.
DUDU: - Agora seja!
MAMÃE NOELY: -
CHARLOTE: - Eu sou muito esperta.
DUDU: -
MAMÃE NOELY: - Chega Charlote. O caso é sério, Seríssimo!
DUDU: - Temos que pensar em algo...
(Todos andam de um lado pro outro pensativos)
DUDU: - Ah! (Grita)
MAMÃE NOELY: - Que foi Dudu? Alguma idéia?
DUDU: - Não... É minha unha encravada que está doendo!
CHARLOTE: - Ih! (Exageradamente)
MAMÃE NOELY: - Tem um plano?
CHARLOTE: - Calma... Vou lembrar. É que penso tão rápido! Xiiiiiiiiiii... Esqueci.
MAMÃE NOELY: - Temos que pensar em algo... Disso depende o natal de todas as crianças do mundo. Temos que salvar o papai Noel das garras da temível Bruxa ECA!
DUDU: - Ah! (Grita) (Balança a cabeça) Acho que não dará certo! (Andam de um lado pro outro) Ah! Já sei... Agora sim. Isso que é plano.
MAMÃE NOELY: - Então diga Dudu.
DUDU: - Cheguem mais perto.
CHARLOTE: - Por que todo esse mistério por causa de um planinho...
DUDU: - Do jeito que a bruxa é maquiavélica, pode ter instalado escuta pela casa.
MAMÃE NOELY: - Tem razão Dudu. É bom não facilitar.
(Se juntam e cochicham)
MAMÃE NOELY: - E você acha que consegue fazer isso sozinho Dudu?
DUDU: - Sozinho não, temos que convencer ao Sapão a nos ajudar.
MAMÃE NOELY: - Eu adoraria ajudar... Mas tenho que ir a incrível fábrica de brinquedos ajudar ao duende Daimon e os outros duentes a terminarem os brinquedos. Eles não podem desconfiarem de nada. Já pensou se todos sabem do que está acontecendo? Vão ficar apavorados.
CHARLOTE: - Também com uma bruxa rondando o pólo Norte! A terra do natal jamais seria a mesma.
DUDU: - Por isso temos que expulsar essa bruxa pra bem longe daqui.
CHARLOTE: - Eu posso ajudar...
MAMÃE NOELY: - Você vai me ajudar na fabricar.
CHARLOTE: - Mais eu queria tanto participar desse plano.
MAMÃE NOELY: - Deixa que o duende Dudu sabe muito bem que está fazendo. Agora vamos.
CHARLOTE: - Peraí... Já que não posso ajudar... E se as crianças ajudarem?
MAMÃE NOELY: - Muito bem... É uma boa idéia. Mas isso agora é com o duende Dudu. Vamos. Ah! Vocês me prometem que vão ajudar o Dudu? Então fico mais tranqüila. Agora vamos Charlote.
CHARLOTE: - Vamos. (Saem. Fica Dudu)
DUDU: - Então está bem... Confio em vocês. Mas primeiro vamos chamar o nosso amigo Sapão! E pra chamá-lo basta apenas repetir: SAPÃO SEI QUE VOCÊ TEM UM BOCÃO, MAS MESMO ASSIM GOSTO DE VOCÊ, POIS É MEU AMIGÃO! Agora repitam comigo... (Repete a frase. Aparece Sapão)
CENA V
(SONOPLÁSTIA)
SAPÃO: - EIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÉ!
DUDU: - EIIIIIIIIIIIIIIÉ! Que bom vê-lo meu amigo Sapão. Precisamos da sua ajuda.
SAPÃO: - Em que posso ser útil?
DUDU: - Amiguinhos contem a ele o que aconteceu... (T) Ouviu?
SAPÃO: - Ouvi e entendi. Mas como posso ser útil?
DUDU: - Você melhor que ninguém conhece a bruxa ECA sabe como atraí-la até aqui.
SAPÃO: - E como conheço. Afinal foi ela que me transformou num sapo. Com um feitiço. Mas um dia vou ganhar um beijo bem carinhoso e voltarei a ser um belo príncipe.
DUDU: - Mas isso é uma outra história. Nossa prioridade agora é salvar o papai Noel das garras da bruxa ECA e garantir o natal de todas as crianças do mundo.
SAPÃO: - Bem pessoal... Vou explicar o plano. Aqui todo mundo sabe que a bruxa ECA detesta crianças... Então, vocês vão nos ajudar a atrair a bruxa ECA, até aqui, certo? (T) Quando ela chegar. Vocês gritam. Está bem? (T) Então vou ensinar a música para atrair a bruxa... Mas quando ela aparecer vocês gritam... Olha vou confiar em lá hein vou confiar em vocês.
DUDU: - Está bom Sapão. Eles já entenderam. Vão gritar. Ensina a música.
SAPÃO: - É assim: Bonita, não é não... Tem cara de sabão! Bruxa feia, aparece que dou um besliscão! Ai, ela aparece. E vocês...
DUDU: - Gritam!
SAPÃO: - Espera ai... Vou me esconder.
DUDU: - Agora todos juntos: Bonita, não é não... Tem cara de sabão! Bruxa feia, aparece que dou um besliscão!
CENA VI
(SONOSPLASTIA. A BRUXA RODOPIA E APARECE VOANDO NA VASSOURA)
BRUXA: - O que é isso? Por que me chamaram? Quem é você?
DUDU: - Sou o duende Dudu.
BRUXA: - Nunca o vi nem mais gordo ou magro! In-si-gni-fi-can-te ser!
DUDU: - Sou assistente do papai Noel.
BRUXA: - Assistente? (Risos de Bruxa)
DUDU: - Quero saber onde prendeu o papai Noel.
BRUXA: - Vai ficar querendo... Nunca vou dizer! Nunca... (Risos) Só saberá no dia de São Nunca! (Risos)
DUDU: - Sua bruxa horrorosa!
BRUXA: - Obrigada pela parte que me toca.
DUDU: - Você vai vê.
BRUXA: - Claro! Não sou cega! (Riso) Mas você pode ficar. (Dudu corre e sai de cena) Covarde! Ninguém pode comigo! (Risos)
SAPÃO: - Ele não é covarde. Isso posso garantir.
BRUXA: - Olha se não o engolidor de moscas! Cuidado rapazinho posso lhe transformar numa largatixa!
SAPÃO: - Por que não tenta?
BRUXA: - Não me desafie seu sapo asqueroso...
SAPÃO: - Duvido muito que consiga.
BRUXA: - Nunca desafie uma bruxa! (Pega a varinha e aponta para o sapo) Scrim, escrablim, blim,blim, blum! Transforme-se em... (Nesse momento Dudu entra com Daimon e joga uma rede em cima da bruxa)
DAIMON: - Tome isso!
DUDU: - Peguei a varinha.
SAPÃO: - Conheceu papuda!
BRUXA: - Me solte... Seus paspalhões, atrapalhados e bobões!
DAIMON: - Não soltaremos enquanto não disser onde se encontra o papai Noel.
BRUXA: - Nunca vou dizer. Nunca!
DUDU: - Então ficará presa.
BRUXA: - Tudo bem. Também não terá natal. (Risos)
DUDU: - Mas por que você esta fazendo isto?
SAPÃO: - Só por maldade.
DAIMON: - Não pode ser. Tem que haver uma explicação.
BRUXA: - Eu odeio o natal. Odeio crianças! Odeio festas! Tenho horror por músicas natalinas. Detesto duentes... Não suporto mamãe Noel, e sinto repulsa por papai Noel. Me dá enjôo vê tanta bondade.
DAIMON: - Mas por que? Nós nunca fizemos nada contra você.
BRUXA: - Não? Pois vou contar uma história... Quando eu era pequena, bem pequenina... O papai Noel esqueceu de levar o meu presente...
DUDU: - E o que você pediu?
BRUXA: - Isso não vem ao caso. Só sei que ele me esqueceu. Então prometi me vingar.
SAPÃO: - São tantos pedidos! Pode ter ocorrido um acidente de percurso.
DUDU: - É verdade. Papai Noel nunca esquece ninguém.
BRUXA: - De mim esqueceu. Fiquei tão irritada que não quis mais saber de natal.
DAIMON: - Não entendo por que você não gosta da mamãe Noel, dos duendes e de crianças...
BRUXA: - Por que são todos insuportáveis. E as crianças são chatas, feias, barulhentas, remelentas e vivem fazendo travessuras. Elas gritam e correm por todo o lado. Por isso adoro quando caem e se machucam, abre o maior berreiro... Sabiam que lágrimas de crianças,é um dos melhores ingredientes para meu caldeirão de maldades? Então eu decidi... De hoje em diante não mais haverá natal.
SAPÃO: - Isso não pode acontecer.
DAIMON: - Você não pode fazer isso.
DUDU: - Não vamos permitir.
BRUXA: - Tolinhos! Acha mesmo que essa rede pode me segurar? (Risos)
SAPÃO: - Quebra a varinha mágica dela.
BRUXA: - Nãaaaaaaaaooooooooo! (Desespero) Isso não. Não faça isso!
DAIMON: - Então diga onde prendeu o papai Noel.
BRUXA: - Faço qualquer coisa. Mas não quebre minha varinha mágica. Recebi quando me formei na escola de bruxas.
DUDU: - Se não disser vai ficar sem ela.
BRUXA: - Tudo. Menos isso.
DUDU: - Dou-lhe uma... Dou-lhe duas...
BRUXA: - Eu levo vocês até ele.
DAIMON: - Como saberemos que está dizendo a verdade?
BRUXA: - Lhe dou minha palavra de bruxa.
SAPÃO: - Sabemos que não se pode confiar em uma bruxa.
DUDU: - Então prove. Faça o Sapão voltar ao normal. Quebre o feitiço.
BRUXA: - Pra isso vou precisar da minha varinha.
DAIMON: - Acha mesmo que somos idiotas?
SAPÃO: - Mesmo por que não tem como quebrar o feitiço. Só um beijo bem carinhoso de uma criança poderá quebrar o feitiço.
DUDU: - Então faremos assim... Você nos leva até o papai Noel e nós lhe devolvemos a varinha.
BRUXA: - Combinado. Mas vou assim?
DAIMON: - Claro! Agora vamos. (Saem)
CENA VII
SAPÃO: - Mamãe Noel, mamãe Noel...
MAMÃE NOELY: - Que foi Sapão?
SAPÃO: - Tenho duas notícias... Uma boa e outra ruim.
MAMÃE NOELY: - Há! Então diga. Mas espera ai. Vamos chamar a charlote? (T) Charlote...
CHARLOTE: - Que foi?
MAMÃE NOELY: - O Sapão tem novidades.
CHARLOTE: - É?
MAMÃE NOELY: - Diga Sapão.
SAPÃO: - Qual prefere primeiro? A boa ou a ruim?
CHARLOTE: - A boa é claro!
SAPÃO: - Prendemos a bruxa ECA!
CHARLOTE: - Que bom!
MAMÃE NOELY: - Que maravilha Sapão!
CHARLOTE: - Mas qual é a ruim?
SAPÃO: - É que ela não quer dizer onde se encontra o papai Noel.
CHARLOTE: - Já sei... Ela esqueceu. Está vendo, não só sou eu que sou esquecida, não.
SAPÃO: - Ela disse que o papai Noel esqueceu o presente dela. E por isso ela quer se vingar.
MAMÃE NOELY: - Acho que sei como resolver isso.
SAPÃO: - Como?
MAMÃE NOELY: - Se papai Noel esqueceu. Que acho impossível... É por que a carta se extraviou antes de chegar aqui no Pólo Norte.
SAPÃO: -
CHARLOTE: - Se... Se extraviou, como saberemos o que ela pediu?
MAMÃE NOELY: - É simples. Basta apenas viajarmos pelo portal encantado e voltar ao tempo quando a bruxa ECA era pequena.
SAPÃO: - Assim saberemos qual era seu pedido.
CHARLOTE: - E isso é possível.
MAMÃE NOELY: - Só em casos extremos.
SAPÃO: - Uma vez recebendo seu presente a bruxa desiste da vingança.
CHARLOTE: - Ah! Bravo! Como você é inteligente mamãe Noel. Puxou a mim!
MAMÃE NOELY: - Vamos Charlote.
CENA VIII
DAIMON: - Bruxa mentirosa! Nos enganou.
DUDU: - Não devíamos ter facilitado.
DAIMON: - Que poderíamos fazer. Ela usou a magia negra.
DUDU: - E agora o que faremos? Desse jeito não haverá natal.
MAMÃE NOELY: - Engano seu meu caro Dudu.
DAIMON: - Mamãe Noel!
MAMÃE NOELY: - Sei como libertar o papai Noel. Só que pra isso preciso da ajuda de vocês para atraí-la até aqui. Vocês me ajudam? (T) Ótimo!
CHARLOTE: - Vocês lembram da música para atrair a bruxa ECA? (T) Ih, eu esqueci...
DUDU: - Vamos pedir ajuda ao nosso grande amigo Sapão. Vamos Chamar por ele? (T) Sapão...
SAPÃO: - Chamou, chamou... Aqui estou.
DAIMON: - Temos que atrair a bruxa Eca...
SAPÃO: - É pra já...Então vamos lá. A música é assim: É assim: Bonita, não é não... Tem cara de sabão! Bruxa feia, aparece que dou um besliscão! (T) Entenderam. Então: é um, dois, três... (Cantam e a bruxa aparece)
BRUXA: - Quem ousa pertubar meu sono de beleza?
MAMÃE NOELY: - Eca... Papai Noel nunca esqueceu de você.
BRUXA: - Como não? Eu nunca vi a cor...
MAMÃE NOELY: - Da boneca que pediu?
BRUXA: - Como sabe?
MAMÃE NOELY: - A culpa do correio.
BRUXA: - Do correio?
MAMÃE NOELY: - Por isso você não recebeu seu presente.
BRUXA: - Não acredito em você.
MAMÃE NOELY: - Se estivesse mentindo como saberia? Aqui está seu presente.
BRUXA: - É tarde.
MAMÃE NOELY: - Sabe que não. Tome... É seu. Ou melhor, é sua.
BRUXA: - Ah, minha bonequinha de pano!
MAMÃE NOELY: - Agora solte o papai Noel.
BRUXA: - Por que demorou tanto?
MAMÃE NOELY: - Por que um dia você deixou de sonhar. Perdeu a esperança...
CHARLOTE: - Agora tem uma chance de fazer diferente.
DUDU: - Mudar essa história.
SAPÃO: - Ser feliz.
DAIMON: - Só depende de você.
BRUXA: - Não sei...
MAMÃE NOELY: - Poderá trabalhar na maravilhosa fábrica de brinquedos do papai Noel.
BRUXA: - Mas eu não sei fazer brinquedos...
DUDU: - Eu posso lhe ensinar.
BRUXA: - Faria isso? Mas sou má.
DAIMON: - Você não é má. Apenas nunca teve uma chance pra demonstrar o seu lado bom.
CHARLOTE: - Agora está tendo uma grande oportunidade.
MAMÃE NOELY: - Só depende você.
SAPÃO: - Solte o papai Noel e comemore o natal conosco.
BRUXA: - Eu... eu... (Com dúvida)
MAMÃE NOELY: - Faça a coisa certa. Tente!
(Eca puxa a varinha aponta para o fundo do palco)
BRUXA: - Scrim, escrablim, blim,blim, blum! Que o papai Noel apareça aqui.
CHARLOTE: - È o papai Noel!
SAPÃO: - Viva!
DAIMON: - O natal esta salvo!
DUDU: - A festa vai começar...
MAMÃE NOELY: - Você fez a escolha certa. É seu primeiro ato de bondade. Por isso lhe nomeio minha assistente. A partir de hoje você deixará de se chamar Eca e passará a se chamar Safira.
PAPAI NOEL: - Seja bem vinda a família Noel, Safira... Duendes preparem as renas, carreguem o trenó, que temos muito trabalho pela frente. Não podemos nos atrasar, milhares de crianças no mundo inteiro estão a minha espera. Que a magia do natal renasça nos corações de todos e que a paz, a esperança e a solidariedade sejam o presente mais valioso que todos possam receber. Vamos pessoal.. Que estão esperando? A todos um feliz natal. (Saem fica o Sapão)
CENA IX
SAPÃO: - Buaaaaaaaaaaaá!
(Dudu volta)
DUDU: - Que foi Sapão? Por que está chorando?
SAPÃO: - Ninguém gosta de mim. Só por que sou feio.
DUDU: - Mas você é um príncipe.
SAPÃO: - Príncipe sapo. Que chegou o fim da história e ninguém me beijou.
DUDU: - Já sei! Quem quer dá um beijo no sapo e quebrar o feitiço? (T) Vem você. (Espera o beijo). Ué? Por que você não se transformou num belo príncipe?
SAPÃO: - Ah! Eu só que ria ganhar um beijo!
DUDU: - Espertinho! (Saem. Sonoplastia)
F I M